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Estudando a série André Luiz
Ano 3 - N° 116 – 19 de Julho de 2009

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  
 

Libertação

André Luiz

(Parte 27)

 
Damos continuidade ao estudo da obra
Libertação, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1949 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Qual era, no caso da médium Isaura, a estratégia dos obsessores?

R.: A estratégia deles era visível: primeiro, perturbavam-lhe os sentimentos de mulher, para, em seguida, lhe aniquilarem as possibilidades de missionária. "O ciúme e o egoísmo constituem portas fáceis de acesso à obsessão arrasadora do bem. Pelo exclusivismo afetivo, a médium, nesta conversação, já se ligou mentalmente aos ardilosos adversários de seus compromissos sublimes", informou Sidônio. André viu então que um dos obsessores abraçou a médium e falou-lhe, com o propósito de semear dúvida em sua mente com respeito à sua condição de médium. Ele disse-lhe então que as mensagens que ela recebia não passavam de influências de Espíritos perturbados e produções de seu próprio cérebro. E finalizou: "Não creia em possibilidades que não possui. Trate de preservar a dignidade de sua casa, mesmo porque seu esposo não tem outro objetivo senão o de utilizar-lhe a credulidade excessiva, lançando-a a triste aventura do ridículo". (Libertação, cap. XVI, pp. 208 e 209.)

B. No caso de Isaura, não seria conveniente afastar os obsessores?

R.: Respondendo a pergunta semelhante feita por André Luiz, Sidônio disse que, sem dúvida, em toda parte existe contenção e panaceia, remediando situações pela violência ou pelo engodo, mas, na tarefa espírita, o que será mais aconselhável: espantar as moscas ou curar a ferida? Tais dificuldades são lições va­liosas que os médiuns devem aproveitar. Ora, enquanto o medianeiro em­presta ouvidos a histórias que lhe lisonjeiem a esfera pessoal, fazendo disso condição para cooperar na obra do bem, quer dizer que ainda estima o personalismo inferior e o fenômeno, acima do serviço que lhe compete no plano divino. Nessa posição, demorar-se-á longo tempo entre desencarnados ociosos, anulando valiosas ocasiões de ele­var-se, porque, depois de certo tempo de auxílio não aproveitado, perde provisoriamente a companhia edificante de irmãos mais evoluídos que tudo fizeram por reerguê-lo no caminho. (Obra citada, cap. XVI, pp. 210 e 211.)

C. Que providência foi, então, tomada por Sidônio?

R.: Sidônio, em volitação rápida, buscou o esposo da médium e recomendou-lhe tomar o corpo físico sem perda de tempo, a fim de ajudar a esposa em dificuldade. O esposo não hesitou. Reapossando-se do veículo denso, e dócil à influenciação de Sidônio, buscou despertar a esposa, que arfava ao lado dele em reiteradas contorções. Isaura, chorando muito, abriu os olhos assustadiços, bradando, angustiada: "Oh! como sou infeliz! estou sozinha! sozinha!" Silva, influenciado por Sidônio, falou-lhe construtivamente: "Lembra-te, querida, de nossa fé e de quanto temos recebido de nossos amados benfeitores espiri­tuais!" Ela retrucou, irritada: "Nada disso!" E acrescentou: "tudo é uma farsa. As mensagens que recebo são pura atividade de minha imagi­nação. Tudo é expressão de mim mesma". (Obra citada, cap. XVI, PP. 211 a 213.)

Texto para leitura

110. O artifício da dúvida - A estratégia dos perseguidores era visível: primeiro, perturbavam-lhe os sentimentos de mulher, para, em seguida, lhe aniquilarem as possibilidades de missionária. "O ciúme e o egoísmo constituem portas fáceis de acesso à obsessão arrasadora do bem. Pelo exclusivismo afetivo, a médium, nesta conversação, já se li­gou mentalmente aos ardilosos adversários de seus compromissos subli­mes", informou Sidônio. André viu então que um dos obsessores abraçou a médium e falou-lhe: "Dona Isaura, acredite que somos seus leais ami­gos. E os protetores verdadeiros são aqueles que, como nós, lhe conhe­cem os padecimentos ocultos. Não é justo que se submeta às arbitrarie­dades do marido infiel. Abstenha-se de receber-lhe o séquito de com­panheiros hipócritas, interessados em orações coletivas, que mais se assemelham a palhaçadas inúteis. É um perigo entregar-se a práticas mediúnicas, qual vem fazendo em companhia de gente dessa espécie... Tome cuidado!..." Isaura, arregalou os olhos e gritou, pedindo o con­selho daquele Espírito que lhe parecia tão generoso e amigo. A enti­dade então lhe falou abertamente: "A senhora não nasceu com a vocação de picadeiro. Não permita a transformação de sua casa em sala de espe­táculo. Seu marido e suas relações sociais exageram-lhe as faculdades. Precisa ainda de longo tempo para desenvolver-se suficientemente". E envolvendo-a nos pesados véus da dúvida que anulam tantos trabalhado­res bem intencionados, aduziu: "Já meditou bastante na mistificação inconsciente? Está convencida de que não engana os outros? É indis­pensável acautelar-se". Disse-lhe então que as mensagens que ela rece­bia não passavam de influências de Espíritos perturbados e produções de seu próprio cérebro. E finalizou: "Não creia em possibilidades que não possui. Trate de preservar a dignidade de sua casa, mesmo porque seu esposo não tem outro objetivo senão o de utilizar-lhe a creduli­dade excessiva, lançando-a a triste aventura do ridículo". Isaura re­gistrava com grande terror aquela conceituação do assunto e Sidônio a tudo assistia com passividade impressionante, que incomodava a André. (Cap. XVI, pp. 208 e 209) 

111. É preciso curar a ferida, não apenas remediar - Não seria razoá­vel defendê-la? -- perguntou-lhe André. Sidônio sorriu e respondeu: "...que fizemos, há poucas horas, no culto da prece e do socorro fra­ternal, senão prepará-la à própria defensiva?" Ela trabalhara mediuni­camente com eles, ouvira formosa e comovedora preleção evangélica con­tra os perigos do egoísmo enfermiço, cooperou decidida para que o bem se concretizasse e ela mesma emprestou-lhe os lábios para a mensagem final, em nome do Cristo, a quem deveria confiar-se. E aduziu: "Entretanto, apenas porque o esposo se dispôs a justa gentileza com as damas que lhe buscaram a companhia esclarecedora e fraterna, obscure­ceu o pensamento no ciúme destruidor e perdeu o equilíbrio íntimo, en­tregando-se, inerme, a entidades que lhe exploram o sentimentalismo". Muitos missionários, acrescentou Sidônio, se deixam seduzir com a falsa argumentação que haviam acabado de ouvir, menosprezando, assim, as sublimes oportunidades de estender o bem, enriquecendo o seu pró­prio futuro. André tornou a perguntar se não haveria recurso para afas­tar os malfeitores. Sidônio disse que, sem dúvida, em toda parte existe contenção e panaceia, remediando situações pela violência ou pelo engodo, mas, na tarefa espírita, o que será mais aconselhável: espantar as moscas ou curar a ferida? Tais dificuldades são lições va­liosas que os médiuns devem aproveitar. Ora, enquanto o medianeiro em­presta ouvidos a histórias que lhe lisonjeiem a esfera pessoal, fa­zendo disso condição para cooperar na obra do bem, quer dizer que ainda estima o personalismo inferior e o fenômeno, acima do serviço que lhe compete no plano divino. Nessa posição, demorar-se-á longo tempo entre desencarnados ociosos, anulando valiosas ocasiões de ele­var-se, porque, depois de certo tempo de auxílio não aproveitado, perde provisoriamente a companhia edificante de irmãos mais evoluídos que tudo fizeram por reerguê-lo no caminho. O medianeiro cai, assim, vibratoriamente no nível moral a que se ajusta, convive com as entida­des cujo contacto prefere, e só mais tarde acorda, verificando as ho­ras preciosas que desprezou. (Cap. XVI, pp. 210 e 211) 

112. O milagroso concurso das horas - Enquanto o obsessor de Isaura lhe sugeria consultar cientistas competentes e ler as últimas novidades em psicanálise, acentuando, sacrílego, que lhe falava em nome das Esferas Superiores, Sidônio abeirou-se do grupo e tornou-se visível para Isaura, que, registrando-lhe a presença, excla­mou, surpresa: "Vejo Si­dônio, nosso devotado amigo espiritual!" O verboso obsessor, que não percebia o que estava acontecendo, em virtude do baixo padrão emocio­nal em que se mantinha, zombou: "Nada disso. A senhora nada vê. É pura ilusão. Abandone o vício mental para furtar-se a maiores desequi­líbrios". Sidônio voltou algo triste e informou que, desde o instante em que Isaura se projetou na zona sombria do ciúme, não se achava em condições de compreendê-lo. Haveria, contudo, possibilidades de socor­rê-la de outro modo. Em volitação rápida, buscou o esposo da médium e recomendou-lhe tomar o corpo físico sem perda de tempo, a fim de aju­dar a esposa em dificuldade. O irmão Silva não hesitou. Reapossando-se do veículo denso, e dócil à influenciação de Sidônio, buscou despertar a esposa, que arfava ao lado dele em reiteradas contorções. Isaura, chorando muito, abriu os olhos assustadiços, bradando, angustiada: "Oh! como sou infeliz! estou sozinha! sozinha!" Silva, influenciado por Sidônio, falou-lhe construtivamente: "Lembra-te, querida, de nossa fé e de quanto temos recebido de nossos amados benfeitores espiri­tuais!" Ela retrucou, irritada: "Nada disso!" E acrescentou: "tudo é uma farsa. As mensagens que recebo são pura atividade de minha imagi­nação. Tudo é expressão de mim mesma". O esposo compreendeu a situação e lhe disse: "Já sei. Caíste nas malhas dos nossos infelizes irmãos que te conduzem ao purgatório do ciúme terrível, mas Jesus nos auxi­liará no oportuno reajustamento". Nesse ponto, Sidônio voltou-se para André e lembrou: "Penso, André, que já assististe à fase culminante da lição. E esta conversa agora seguirá até muito longe. Com o milagroso concurso das horas, pacificaremos a mente da servidora respeitável, mas exclusivista e invigilante. Volta ao teu círculo de trabalho e guarda o ensinamento desta noite". (Cap. XVI, pp. 211 a 213) 

113. Saldanha não permite a entrada dos partidários de Gregório - No segundo dia de atendimento espiritual a Margarida, a casa transformou-se. Saldanha e Leôncio eram os primeiros a pedir Instruções de tra­balho. Gúbio, prevenindo problemas, começou por traçar expressivas fronteiras, ao redor da casa, mantidas dali por diante sob a responsa­bilidade dos colaboradores cedidos por Sidônio. Margarida sentia-se leve, bem disposta, e rendia graças ao Pai pelo "milagre" com que fora contemplada. O esposo formulava mil promessas de trabalho espiritual. As responsabilidades do grupo passaram, todavia, a crescer. Por deter­minação de Gúbio, velha serva encarnada foi ao quarto e abriu as jane­las, dando passagem a vastas correntes de ar fresco. O prédio reconci­liava-se com a harmonia. Aconteceu então o que se temia. Elementos da falange de Gregório, gritando por Saldanha, se fizeram ouvir na via pública. Saldanha estava aflito, mas Gúbio lhe recomendou, paternal­mente: "Vai, meu amigo, e mostra-lhes o novo rumo. Tem coragem e re­siste ao venenoso fluido da cólera. Usa a serenidade e a delicadeza". Saldanha avançou na direção dos recém-chegados, que lhe perguntaram se ele estava traindo o comando. O interpelado respondeu humilde, mas firme: "Meus compromissos foram assumidos com a própria consciência e acredito dispor do direito de escolher a minha rota". O visitante fez ironia e tentou entrar na casa. Saldanha o impediu, dizendo que a casa seguia outra direção. O interlocutor lançou-lhe um olhar de revolta insofreável e perguntou, estentórico: "Onde tens a cabeça?" E lhe disse, com extrema irritação, que Gregório seria avisado. (Cap. XVII, pp. 214 a 216) (Continua no próximo número.)   
 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita