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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 116 – 19 de Julho de 2009

FRANCISCO REBOUÇAS
costareboucas@ig.com.br
Niterói, Rio de Janeiro (Brasil)
 

O trabalho em equipe
na casa espírita


Não existe casa espírita, ou instituição qualquer, que possa dispensar a presença de pessoas para fazê-la funcionar a contento em atendimento aos seus objetivos anteriormente traçados, mesmo quando a atividade de determinada instituição seja em sua grande parte executada por máquinas, ainda assim, os objetivos são obviamente planejados por alguém e pedem, como consequência, a vigilância e a manutenção do homem. 

Especialmente na casa espírita, em virtude das nobres atividades a que se propõe, muito mais dependente se faz da união e da cooperação de seus tarefeiros em todas as atividades que nela se realizarem, onde o entrosamento e o bom relacionamento dos seus membros são fatores determinantes do bom êxito nos cometimentos espirituais a que se destina. 

No trabalho em grupo da casa espírita, o individualismo deve ceder lugar ao espírito de equipe para que possa lograr sucesso nas atividades em desenvolvimento. Para tanto é imprescindível que algumas medidas sejam antecipadamente estabelecidas para que o personalismo exacerbado não prejudique o conjunto que deve buscar a cada dia o aprimoramento de todos e das atividades da casa. 

Antes do começo da tarefa a que se destina o grupo, é preciso que se reúnam para que possam juntos participar da elaboração das propostas e definirem as responsabilidades de cada membro do grupo

Após esse acordo definido, é necessário que todos se entreguem ao trabalho com boa vontade e comprometimento com as metas a alcançar, elaboradas quando do planejamento, e cada tarefeiro se esmere na parte da tarefa que lhe está determinada. 

Preciso se faz que a tarefa de responsabilidade do grupo seja constantemente avaliada por todos os seus participantes para que sejam feitas as adaptações, as mudanças ou as possíveis modificações que se fizerem necessárias nas partes que não estiverem alcançando os resultados almejados, sem que isso seja motivo de constrangimento para quem quer que seja; e, ouvindo-se e analisando-se com equilíbrio as críticas e as sugestões de todos, se possam encontrar as soluções mais adequadas para a melhora da situação, proporcionando a integração e a harmonia da equipe, facilitando um relacionamento sincero e fraterno entre os indivíduos envolvidos no trabalho. 

É necessário que todos entendam que não existe o grupo perfeito e que, por essa razão, é importante trabalhar as diferenças existentes entre cada membro da equipe, que podem ter causas diversas, entre outras as diferenças sociais, culturais etc., e que os possíveis conflitos que surgirem devem ser administrados com equilíbrio, paciência, compreensão e muita conversa, para que sejam evitadas de todas as formas possíveis as pequeninas querelas, que, se não forem bem administradas, podem se tornar sérios obstáculos ao bom desempenho do grupo na conquista do objetivo planejado. 

Importante ressaltar que o grupo disposto ao trabalho com Jesus não prescinde do espírito de equipe, onde “Deus é por todos e cada criatura pelos seus irmãos”. Nesse diapasão, cada qual possa se transformar em braço do Cristo a serviço da paz e do bem, em constante progresso, em direção à pureza espiritual que estamos destinados.  

A benfeitora Joanna de Ângelis nos esclarece: “Estamos no lugar certo, ao lado das pessoas corretas, vivendo com aqueles que nos são melhores elementos para a execução do programa. A pretexto de novas experiências ou fascinados pela utopia de novas emoções, não perturbemos o culto dos deveres a que nos jugulamos com fidelidade.  

“Tornemo-nos o vaso onde deve arder a flama do bem, oferecendo, também, o óleo dos nossos esforços reunidos a benefício da intensidade da luz.” ¹

 

Referências:

(1) Após a Tempestade – Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis. Capítulo 24.

(2) Grifos nossos.


 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita