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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 116 – 19 de Julho de 2009

MARIA DE LA CONCEPCIÓN AREN PARADA   

maria.parada@ig.com.br 

São Paulo, SP (Brasil)
 

 

Fendas 

 


O Espírito reside na matéria como um prisioneiro na sua cela. Os sentidos são as fendas pelas quais se comunica com o mundo exterior. Enquanto a matéria declina, cedo ou tarde, enfraquece e se desagrega. O Espírito aumenta em poder e se fortalece pela educação e pela experiência. Suas aspirações engrandecem, e sua necessidade de saber, de conhecer, de viver é sem limites. Tudo isso mostra que o ser humano só, temporariamente, pertence à matéria e que o corpo não passa de um vestuário, de um empréstimo, de uma forma passageira, de um instrumento por meio do qual a alma prossegue, neste mundo, a sua obra de depuração e progresso.

 

A lei superior do Universo é o progresso incessante, a ascensão dos seres até Deus, foco das formas mais rudimentares da vida, por uma escala infinita, por meio de transformações inumeráveis. No instinto de cada alma está depositado o germe de todas as faculdades, de todas as potências, competindo-nos, portanto, o dever de fazê-las frutificar pelos nossos esforços e trabalhos. Assim entendida, a nossa obra é a do adiantamento e da felicidade futura.

 

O favoritismo não tem mais razão de ser. A injustiça irradia-se sobre o mundo, e se todos houverem lutado e sofrido, todos serão salvos.

 

Da mesma forma, revela-se aqui, em toda sua grandeza, a necessidade da dor, pois somente dela nascem as coisas belas, mormente no plano em que, temporariamente, habitamos. Quando no mundo planejamos uma grande construção, não pode faltar a dor que se manifesta. Tritura-se a pedra, transformando-a em cimento, tritura-se a pedra para que a brita apareça; trabalham as marretas e a mesma pedra torna-se o alicerce que garante o imponente edifício. A pedra se desfaz para dar lugar à expressão bela, que todos contemplarão com felicidade. O ferro, que vai se confraternizar com o cimento e com a pedra em pedaços, passou igualmente por temperaturas insuportáveis, até chegar ao estado desejado, dando sua cooperação à feitura da casa. A madeira passou por reveses indescritíveis e é nessa fileira de coisas cooperadoras que se baseia o milagre do edifício. A dor foi a luz, a dor foi o agente, a dor foi a inteligência que plasmou a beleza e a sabedoria à concretização do trabalho planejado.

 

Conhecia Jesus, como grande terapeuta, a necessidade da dor para o ser humano. Ela ajusta a alma, fazendo-a pensar com maturidade. Todo ser humano é portador de espinhos na carne, sem os quais não se educaria.

 

Todos temos problemas a resolver, e é na opressão da dor, nas lutas pela vida, entre lágrimas e provas, que a alma adquire forças e valores imortais, conquistando assim, na existência que passa, a felicidade que se espera.

 

Por mais estranho que isso possa parecer à primeira vista, a dor é apenas um meio do poder infinito para nos chamar a si e, ao mesmo tempo, nos fazer ascender, mais rapidamente, à felicidade espiritual – a única duradoura. É realmente por amor a nós que Deus nos enviou o sofrimento. Ele nos fere, nos corrige, como a mãe que corrige seu filho para educá-lo e torná-lo melhor. Ele trabalha sem parar para abrandar, purificar e embelezar nossa alma, que só pode ser verdadeira e completamente feliz na medida de suas perfeições.

 

Para isso, Deus colocou nesta terra de aprendizagem, ao lado das alegrias raras e fugidias, as dores frequentes e prolongadas, a fim de nos fazer sentir que nosso mundo é um lugar de passagem, e não o ponto de chegada com alegrias e sofrimentos, prazeres e dores.

 

Deus repartiu essas coisas na existência como um grande pintor que, em sua tela, uniu sombra e claridade para produzir uma obra de arte. Portanto, agradeçamos a Jesus pela semente que caiu em terra fértil, que germinou e que, através da nossa vontade e do conhecimento somados ao amor do Pai, um dia nos permitirá a transformação em almas plenamente iluminadas.

 

 

Referências:

 

EMMANUEL (Espírito) – Fonte Viva. [psicografia de] F.C.Xavier – 17ª ed. – FEB. Rio de Janeiro/RJ – Lição 11.
 

MIRAMÊS (Espírito) – Alguns Ângulos dos Ensinos do Mestre. [psicografia de] João Nunes Maia – 5ª ed., Editora Espírita Cristã –pág. 55.


DENIS, Léon – O Porquê da Vida. 20ª ed., FEB – Rio de Janeiro/RJ - 2002


 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita