ANGÉLICA
REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
O Porquê da Vida
Léon Denis
(9ª Parte)
Damos prosseguimento ao
estudo do clássico O
Porquê da Vida,
focalizando ainda nesta
edição a parte III da
obra referida, que
contém considerações de
Léon Denis sobre o tema
“A Reencarnação e a
Igreja Católica”. A
fonte deste estudo é a
14ª edição do livro,
publicada pela Federação
Espírita Brasileira.
Questões preliminares
A. Como a Igreja explica
as calamidades que
ocorrem no mundo?
R.: Ela não explica, uma
vez que, diante dessa
questão, a Igreja
Católica só tem
respostas vagas e
confusas. O motivo é
simples: o ensino da
Igreja, com sua doutrina
de uma existência única,
é impotente para
explicar os dramas que
só podem ser
compreendidos à luz da
reencarnação.
(O Porquê da Vida, pp.
108 a 110.)
B. Que Espíritos compõem
a Humanidade terrena?
R.: A Humanidade terrena
compõe-se, na sua grande
maioria, das mesmas
almas que voltam, de
vida em vida, a
prosseguir neste mundo a
sua educação, o seu
aperfeiçoamento
individual, contribuindo
para o progresso comum.
Elas renascem, então, no
meio terreno até que
hajam adquirido as
qualidades morais
necessárias para subirem
mais alto.
(Obra citada, pág. 111.)
C. O que é preciso para
compreendermos o que se
passa no mundo?
R.: Para compreendermos
o que se passa em torno
de nós, é preciso que
reunamos numa mesma
concepção a lei de
evolução e a das
responsabilidades – a
lei de causa e efeito –,
que faz com que a
consequência dos atos
recaia sobre aqueles que
os praticam. A
ignorância dessas leis,
dos deveres e das
sanções que elas
acarretam, entra por
muito nas desgraças e
sofrimentos da hora
presente. Se a Igreja os
houvesse ensinado
sempre, provavelmente
não veríamos
abrir-se-lhe sob os
passos tão profundo
abismo.
(Obra citada, pág. 113.)
|
Texto para leitura
109. A Filosofia também
colheu da palingenesia
as mais belas
inspirações. (P. 107)
110. Pitágoras, que a
ensinou, foi considerado
um gênio por toda a
Antiguidade. Platão
recebeu o cognome de
“divino”, até mesmo dos
Pais da Igreja do
Oriente. A Escola de
Alexandria, com a sua
plêiade de escritores -
Fílon, Plotino etc. -,
lhe deve suas obras mais
brilhantes. Kant,
Spinoza a entreviram e,
mais recentemente, a
lista dos homens
ilustres que a adotaram,
desde Victor Hugo a
Mazzini, ocuparia uma
página inteira. (P. 107)
111. No tocante à moral,
esta só tem que se
beneficiar da doutrina
das vidas sucessivas. A
convicção de que o homem
é o artífice de seus
destinos, de que tudo o
que fizer recairá sobre
a sua cabeça, serve a
ele de estímulo para a
sua marcha ascendente e
o obriga a vigiar
escrupulosamente os seus
atos. (P. 107)
112. O princípio das
reencarnações tudo
aclara. Os problemas se
resolvem. A ordem e a
justiça surgem no
Universo. A vida toma um
caráter mais nobre, mais
elevado. (P. 108)
113. Em meio da
tormenta, da imensa
tragédia que abala o
mundo, a criatura muitas
vezes pergunta: Por que
permite Deus tantas
calamidades? Para essa
dúvida, a Igreja
Católica só tem
respostas vagas e
confusas. É que o ensino
da Igreja, com sua
doutrina de uma
existência única, é
impotente para explicar
os dramas que só podem
ser compreendidos com a
reencarnação. (P. 110)
114. A Humanidade se
compõe, na sua grande
maioria, das mesmas
almas que voltam, de
vida em vida, a
prosseguir neste mundo a
sua educação, o seu
aperfeiçoamento
individual, contribuindo
para o progresso comum.
Elas renascem no meio
terreno até que hajam
adquirido as qualidades
morais necessárias para
subirem mais alto. (P.
111)
115. No curso das
primeiras existências
terrestres, a alma tem
antes de tudo que
construir a sua
personalidade,
desenvolver a sua
consciência. É o período
do egoísmo, em que o ser
tudo atrai a si, tirando
do domínio comum as
forças e os elementos
necessários a constituir
o seu eu, a sua
originalidade própria.
(P. 111)
116. No período
seguinte, restituirá,
irradiará, distribuindo
com todos o que houver
adquirido, sem se
empobrecer, pois que,
nesta ordem de coisas,
aquele que dá aumenta o
que possui, aquele que
se sacrifica entesoura.
(P. 111)
117. A Humanidade, como
já foi dito, chegou, na
sua marcha, ao ponto de
transição entre dois
estados. Diante dela se
ergue o seu passado
cheio de faltas, de
erros, de crimes, de
traições, de perfídias,
de espoliações, que lhe
cumpre expiar pela dor e
pelas lágrimas. Daí a
crise atual. (P. 112)
118. Para compreendermos
o que se passa em torno
de nós, é preciso, pois,
que reunamos numa mesma
concepção a lei de
evolução e a das
responsabilidades - a
lei de causa e efeito -
que faz com que a
consequência dos atos
recaia sobre aqueles que
os praticam. (P. 113)
119. A ignorância dessas
leis, dos deveres e das
sanções que elas
acarretam, entra por
muito nas desgraças e
sofrimentos da hora
presente. Se a Igreja os
houvesse ensinado
sempre, provavelmente
não veríamos
abrir-se-lhe sob os
passos tão profundo
abismo. (P. 113)
120. Pois bem; o que a
Igreja não quer ou não
pode fazer, o
Espiritismo o fará. Ele
abriu de par em par as
portas do mundo
invisível que a Igreja
fechara há séculos, e,
por elas, ondas de luz,
tesouros de consolação e
de esperança jorrarão
cada vez mais sobre as
aflições humanas. (P.
113)
(Continua no próximo
número.)