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Correio Mediúnico
Ano 3 - N° 117 – 26 de Julho de 2009
 

 

Questão de comida

 Cornélio Pires

 
 

 
Você procura saber,

Meu caro Afrânio Caçula,

O que sucede no Além

Com quem se estraga na gula.

 

Parece problema simples

A questão que você traz

E nela há muita questão

De vida, saúde e paz.

 

Você sabe, caro irmão,

Viver de fome é impossível.

Tudo o que anda e trabalha

Precisa de combustível.

 

Note a lição do automóvel:

O carro, seja qual for,

Se move é com gasolina

Dosada para o motor.

 

A roseira por mais linda

Acaba mofina e tonta,

Quando sente na raiz

Adubo acima da conta.

Assim também a pessoa

Por mais robusta e mais forte,

Se come quanto não deve

Procura doença e morte.

 

A gula sempre estrangula

A paz de qualquer irmão,

Conversando, além de tudo,

À sombra da obsessão.

 

Recorde: comia tanto

O nosso Quinquim Peixoto

Que acordou no próprio enterro,

Buscando restos de esgoto.

 

Tanto abusava de peixe

O amigo Teotônio Pio,

Que vive depois de morto

Lançando rede no rio.

 

Andava de prato grande

Nhô Juca do Alagadiço,

Agora desencarnado

Tornou-se papa-chouriço.

 

Aquela morte esquisita

De Dona Rita da Estaca?

Foi gula... Morreu comendo

Veneno de jararaca.

 

Outra morte... a de Antonico

Na Fazenda Nazaré

Foi pesada indigestão

Com carne de jacaré.

 

Morreu comendo bichinhos

Nhô Nico Boaventura,

Sem corpo vive caçando

Farofa de tanajura.

 

Nhô Silvino, de repente,

Morreu no Sítio da Sobra,

Comera de siriema

Que havia comido cobra.

 

Comia tanto, mas tanto,

Juquinha Paraguassu,

Que hoje desencarnado

Só pensa em frango e tutu.

 

Nem gordura nem magreza

Turvam a vida no Além,

Cada qual anda na Terra

Conforme o corpo que tem...

 

Mas a comida em excesso

Por hábito inveterado

É tormento doloroso

Que dá problema e cuidado.

 

Viva muito e coma pouco

Na paz que nos endireite,

Nem na montanha do açúcar,

Nem na cisterna do azeite.

 

Há muita gente na Terra

De prato pesado e fundo

Que acampa no necrotério

E volta aos pratos do mundo.

 

Não se alarme no que digo,

Por estas linhas gerais,

Coma sempre o que precise

É só não comer demais.


 

 

Do cap. 6 do livro Retratos da Vida, de Cornélio Pires, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier. 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita