A Associação
Espírita Cairbar
Schutel (AECS)
foi fundada em
25 de maio de
1956 por Ademar
Constant e
amigos, com o
intuito de criar
uma instituição
em que se
estudasse a
Doutrina dos
Espíritos, nos
moldes
preconizados por
Allan Kardec, o
que se faz até
hoje.
O Consolador:
A atividade
assistencial e a
atividade
doutrinária
nasceram juntas
ou uma gerou a
outra?
A atividade
doutrinária
surgiu antes, em
uma casa muito
velha na Avenida
Duque de Caxias.
Logo em seguida
os fundadores
perceberam que
não condizia com
os predicados da
Doutrina
Espírita uma
instituição só
de oração e
passes, e, sob a
batuta de Ademar
Constant,
criaram o
Ambulatório
Pedro Ernesto, o
Grupo Escolar
Abraham Lincoln
e, em 1973, a
Mansão da
Esperança, lar
para idosos
carentes. A sede
é própria e
muito espaçosa e
confortável,
construída entre
1958 e 1961,
quando se deu a
inauguração. É
bom ressaltar
que foi
construída com
recursos
auferidos da
sociedade de
Duque de Caxias.
O Consolador:
Quantos internos
são atendidos
atualmente?
A Mansão da
Esperança e o
anexo Novo Lar
atendem – no
sentido amplo da
palavra – 40
internos e tem
possibilidade de
atender 70
pessoas.
O Consolador:
Qual a fonte de
renda? A
entidade recebe
ajuda
governamental?
É uma casa para
idosos; logo,
como dita o
estatuto do
idoso, 70% da
pensão dos
internos que têm
esse benefício
ficam para o Lar
e a prefeitura
ajuda com uma
pequena quantia.
O restante
retiramos do
nosso próprio
trabalho: bazar,
rifas, almoços,
sócios
contribuintes,
anúncios e
assinantes da
revista
Aurora etc.
O Consolador:
Com que recursos
médicos e de
assistência à
saúde conta a
instituição?
O atendimento
médico é
realizado por um
médico
voluntário, uma
enfermeira
chefe, também
voluntária, e um
corpo de
funcionários na
área da saúde,
técnicos,
auxiliares e
pessoas que
cuidam de
idosos. Além
deles há dois
voluntários: um
assistente
social e um
nutricionista.
No total são 20
funcionários –
cozinheiros,
auxiliares de
serviços gerais,
motorista,
administradora,
auxiliar de
administração –
fora os
voluntários,
membros da
Associação, que
doam parte de
suas horas de
descanso para o
bem-estar dos
internos.
O Consolador:
Quais são as
maiores
dificuldades
enfrentadas e os
planos para o
futuro?
As dificuldades
são imensas,
incomensuráveis
mesmo, mas
dentro do
possível vamos
sanando-as com
muito esforço.
Plano para o
futuro é a
ocupação do
restante das
vagas, onde os
idosos ficarão
em quartos
individuais, num
prédio ainda por
acabar. Para que
isto aconteça
estamos
trabalhando
junto à
Prefeitura
Municipal para a
implantação de
projeto modelo:
"Amparo aos
Idosos
dependentes".
Referido projeto
consiste em
amparar idosos
que, dadas as
suas
deficiências, as
famílias, por
mais que
queiram, não têm
possibilidades
de cuidar no
próprio lar, o
que constitui
hoje o grande
problema dos
idosos no
Brasil.
O Consolador:
Como se
desenvolve a
atividade
doutrinária na
casa?
Só estudamos
Kardec, ou seja,
os cinco
principais
livros da
codificação, da
seguinte forma:
a) às
segundas-feiras,
estudo de O
Livro dos
Espíritos,
na forma de
Sócrates, ou
seja, debatendo
os assuntos à
exaustão; b) às
quartas-feiras,
estudo de O
Livro dos
Médiuns e
educação da
mediunidade, na
própria reunião,
pois não há nada
em separado, a
não ser o passe
desobsessivo, em
pessoas muito
necessitadas; c)
às
sextas-feiras,
estudamos um
livro da
Codificação,
sempre do começo
ao fim: O
Evangelho
segundo o
Espiritismo, O
Céu e o Inferno
e A Gênese, com
passes no
público presente
e preces pelos
desencarnados.
O Consolador:
A revista
Aurora foi
fundada quando?
Percebe-se que
ela tem um
perfil bem
integrado entre
a atividade de
divulgação e a
atividade de
assistência
mantida pela
casa.
A revista
Aurora foi
fundada em 9 de
março de 1979,
quando circulou
a primeira
edição. Este ano
estamos,
portanto,
comemorando 30
anos de
circulação da
revista. Ela é,
sem dúvida, o
retrato da AECS,
a exemplo do
nosso patrono, e
faz com muito
menos poder,
evidentemente, a
divulgação da
Doutrina
Espírita, que é
seu objetivo
principal. A
revista é
distribuída
gratuitamente
aos assistentes
e enviada a
vários lugares
do Brasil e do
mundo. São
impressos entre
1.500 a 2.000
exemplares,
trimestralmente.
O Consolador:
Esse carinho e
reverência a
Cairbar Schutel,
de onde surgiu?
Bem, este é um
capítulo
bastante
interessante.
Quando foram
escolher um nome
para a Casa
surgiu logo o
nome de Bezerra
de Menezes, mas
já existia uma
casa com esse
nome na cidade.
Então o Sr.
Romeu de
Carvalho
(primeiro
presidente)
sugeriu o nome
de Cairbar
Schutel, o que
foi motivo de
chacota. "Uma
casa com este
nome não vai
para frente",
diziam. Mas
foram pesquisar
e quando viram a
saga do nosso
mestre Cairbar
não tiveram
dúvidas. É esse
mesmo o nome.
Houve então uma
campanha enorme
da nossa
Associação na
divulgação do
nome de Cairbar
no Rio de
Janeiro, que era
então muito
desconhecido na
sua terra natal.
Vários e vários
eventos de vulto
foram realizados
com essa
finalidade.
O Consolador:
A instituição
tem um site na
internet? E se
alguém desejar
ajudar, como
deve proceder?
Temos o portal
www.mansaodaesperanca.com.br,
com links
para a
Associação e
para a revista
Aurora,
onde o leitor
pode ver a
última capa e
ler algumas
matérias da
atual e das
edições
passadas. O
e-mail para
contato é
lauzemar@yahoo.com.br.
Os números dos
telefones são
(21) 2771-7289 e
2771-2591.
O Consolador:
Suas palavras
finais.
Quando escrevia
sobre o nome
escolhido
veio-me a
emoção. Graças a
nosso Pai e a
Jesus, o nome
escolhido foi o
de Cairbar
Schutel, pois a
diretriz da
nossa casa, não
sei se por
influência ou
por inspiração,
é o que o nosso
amado patrono
pensava e
pensa... O
trabalho dele na
divulgação da
Doutrina dos
Espíritos é
inigualável, sua
força e
determinação
também; logo,
pedimos sempre a
Deus que inspire
os novos
companheiros que
estão chegando,
para preservar
esta instituição
como ela foi
fundada, com o
objetivo maior
de ensinar a
Doutrina
Espírita na sua
simplicidade,
praticar o bem e
amparar o nosso
próximo! Se
assim for feito,
ela dará belos
exemplos por
muitos e muitos
anos e quiçá
séculos.