AMÉRICO DOMINGOS
NUNES FILHO
americonunes@terra.com.br
Rio de Janeiro,
RJ (Brasil)
Síndrome de Down
e Espiritismo
A síndrome de
Down corresponde
a uma alteração
cromossômica
relativamente
frequente,
verificada em
uma para cada
500 crianças
nascidas (cerca
de 0,2%),
acarretando
deficiência
mental e
anomalias no
desenvolvimento
ósseo e de
vários órgãos
internos.
A ciência
explica que a
síndrome é
devida à
presença de um
cromossomo 21 a
mais nas células
(95% dos casos).
Assim, os
indivíduos
comprometidos
apresentam três
cromossomos 21,
em vez de apenas
um par desses
elementos. Pode,
também, a
anomalia, em 4%
dos casos, ser
decorrente de
uma translocação
do braço longo
do cromossomo 21
para um do grupo
D ou do próprio
G. Finalmente,
em 1% dos
pacientes, os
denominados
mosaicos, com a
mistura de
células com 46 e
47 cromossomos,
revelando melhor
prognóstico,
apresentando-se
com poucos
estigmas e maior
inteligência.
Em verdade,
sabemos que o
acaso não
existe. A
própria harmonia
que a natureza
revela é prova
redundante que
fatores casuais
não têm
expressão. O
comprometimento
cromossômico é
resultante da
presença do
Espírito,
irradiando um
campo energético
próprio, agindo,
não somente na
atração dos
gametas sexuais,
como também na
intimidade do
zigoto, em plena
elaboração do
ser
embrionário.
Como todo efeito
inteligente tem
sempre uma causa
também
inteligente,
pode-se deduzir
a presença,
durante a
fecundação, do
Espírito
reencarnante,
ligado
vibratoriamente
à sua futura
mãe, exercendo
ação sobre o
óvulo, atraindo
depois o
espermatozóide
que lhe é afim,
isto é, aquele
que está
sintonizado com
suas expressões
energéticas,
dentro da faixa
evolutiva em que
se encontra.
Cientistas da
Universidade do
Texas e do
Instituto
Weizmann de
Israel também
proclamam que
óvulos se
comunicam com
espermatozóides,
enviando-lhes
sinais para
guiá-los até as
trompas de
Falópio,
tornando
possível a
fecundação,
acreditando os
pesquisadores
que o sinal
emitido pelo
óvulo é um
componente do
líquido
que o circunda,
talvez uma
reação química.
A fecundação,
encontro de duas
células
germinativas,
proporciona a
formação de um
ser humano,
constituído por
cem trilhões de
células que
funcionam
harmonicamente,
sendo que
diferentes
grupos celulares
estão
especializados
no desempenho de
diferentes
funções,
responsáveis por
fenômenos
bioquímicos
precisos. É
claro que toda
essa
complexidade não
pode ser fruto
do acaso,
existindo um
substrato
energético,
agente causal da
divisão,
organização e
metabolismo
celular, que
preexiste ao
corpo físico e
lhe serve de
campo modelador
ou orientador.
A energia
espiritual,
controladora por
excelência,
funciona como um
campo
organizador
biológico,
atuando sobre os
genes e,
consequentemente,
na dinâmica
celular. Todas
as
transformações
físicas,
químicas,
orgânicas,
biológicas de
todas as células
são orientadas e
dirigidas pelo
Espírito que
preside a tudo,
funcionando o
corpo humano
como um grande
computador
biológico.
Assim como
qualquer obra
humana exige uma
planta de
construção, o
corpo humano é
formado, nas
maravilhosas
fases da
embriologia,
seguindo as
determinações do
molde espiritual
ali presente. O
corpo
extrafísico é,
por conseguinte,
o responsável
pela formação de
seu envoltório
somático que,
situado num meio
vibratório mais
denso,
proporciona,
pela sua
resistência
própria, as
experiências
necessárias e o
despertamento de
potencialidades.
A partir desse
conceito, passa
a ter explicação
plausível a
ocorrência de
malformações
embrionárias e
de afecções
congênitas
complexas, de
acordo com o
compromisso
assumido pelo
ser espiritual
ali presente.
Na síndrome de
Down, tanto na
trissomia do
cromossomo 21,
quanto em sua
translocação e
no mosaico, a
gênese do
processo
biológico
encontra-se no
fator
espiritual, já
que a entidade
em vias de
reencarnar-se
necessita dessa
experiência no
campo físico.
A Doutrina
Espírita é rica
em ensinamentos
a respeito do
objetivo da
reencarnação.
Para uns, é
expiação; para
outros é missão.
Mesmo quando a
reencarnação é
expiatória, o
Espírito tem
sempre a
oportunidade da
missão,
executada no
meio familiar ou
até mesmo, de
forma mais
abrangente, no
plano social,
ajudando-os a
progredir.
A reencarnação
se constitui em
um distinto
instituto
pedagógico, em
que o ser recebe
a oportunidade
do crescimento
evolutivo. Como
diz o Espírito
André Luiz: “A
reencarnação é o
meio, a educação
divina é o fim”.
Através das
vidas
sucessivas, o
homem é
outorgado pelo
merecimento de
seus atos, como
tem deles a
responsabilidade.
A Lei é uma só
para todos, a
qual é refletida
na consciência
de cada um,
estando todos
subordinados à
justiça de Deus.
Na dimensão
espiritual,
quando
atormentado
pelas torturas
morais que
o afligem,
decorrentes do
abuso que fizera
de certas
faculdades, o
ser anseia por
uma reencarnação
expiatória,
onde, ligado à
faixa vibratória
densa da
matéria, terá a
possibilidade do
esquecimento e,
consequentemente,
do resgate da
falta cometida
em pretérita
vivência na
carne. Vitorioso
diante da
expiação
retornará à
verdadeira
pátria, agora
não mais como
algoz, mas sim
como vítima, não
sendo mais
assediado e
enredado pelo
remorso anterior
que parecia não
ter fim, quando,
envolvido pelo
sofrimento,
ansiava por uma
oportunidade
reencarnatória.
O Espírito que
renasce, no meio
físico,
ostentando um
comprometimento
físico e mental,
como o da
síndrome de
Down, está tendo
uma oportunidade
ímpar de
crescimento
evolutivo.
Embora as
cadeias
temporárias da
carne lhe
impeçam o voo, o
Espírito,
durante o
repouso do sono,
compreende a
importância
dessa
experiência e
necessita de
muita
compreensão,
extrema atenção
e incomensurável
amor de todos os
circunstantes,
principalmente
dos seus
familiares e
amigos.
A Doutrina
Espírita, como o
“Consolador
Prometido”, vem
reafirmar a
existência da
presença
reconfortante e
amorosa da
reencarnação,
explicando a
problemática das
crianças com
deficiências
mentais,
decifrando
enigmas de
difícil
compreensão e
interpretação, à
luz do
conhecimento
materialista e
religioso
dogmático.
Acima de tudo a
certeza de que
“DEUS É AMOR”.