LUIZ PESSOA
GUIMARÃES
guimaraes.pessoa.luiz@gmail.com
Piracicaba, São
Paulo (Brasil)
O Consolador
prometido
Iniciamos nosso
artigo,
relembrando a
história de
Jesus; veio ao
mundo, anunciado
pelos profetas,
várias passagens
de sua
existência
reveladas nos
Livros da Lei
foram
confirmadas na
vida real. Como
Messias, surgiu
no seio da
religião
dominante,
educado conforme
as normas
religiosas
vigentes,
participando com
seus
progenitores de
todos os eventos
religiosos que
aconteciam na
época; veio
cumprir o
programa do Pai,
cumprir a sua
missão.
Estabelecer uma
nova ordem,
estabelecer a
Lei do Amor.
Os homens sempre
pedem aos céus
os sinais, as
evidências pelas
quais possam
reconhecer
aqueles que vêm
cumprir na Terra
os desígnios do
Criador. Os
sinais são
enviados, as
evidências
ocorrem e os
missionários
enviados cumprem
a vontade do Pai
que, geralmente,
não é a vontade
dos que dominam.
Os homens se
impõem e isto é
contra as Leis
naturais que se
estabelecem
harmonizando e
equilibrando.
A história de
Jesus, não
necessitamos
relembrá-la; e
por não serem
aceitas as suas
Verdades e não
serem
convenientes as
suas propostas,
apesar de todos
os sinais e da
beleza de sua
mensagem, não
foi reconhecido
como o Messias
pelos lídimos
posseiros da
Revelação
Mosaica.
Apesar de tudo,
surgiram aqueles
que, sensíveis à
Nova Revelação,
souberam
absorver as
lições do Mestre
e, identificados
com os seus
propósitos e
princípios,
abraçaram a
missão de
propagar a Boa
Nova a todas as
criaturas,
surgindo então o
movimento
conhecido como o
Cristianismo.
Antes de seu
desencarne,
Jesus deixou
registrado entre
seus apóstolos
que, após a sua
partida, eles
não ficariam
desamparados, e
descreveu
algumas
características
daquele que
deveria dar
continuidade à
sua Missão na
Terra. Passamos
a transcrever os
registros
referentes a
este episódio,
que extraímos de
“A Bíblia
Sagrada”,
traduzida por
João Ferreira de
Almeida e
publicada pela
Imprensa Bíblica
Brasileira em
1962.
S. João, Cap.14
ver. 16, 17 e
26. – E eu
rogarei ao Pai,
e Ele vos dará
outro
Consolador, para
que fique
convosco para
sempre; O
Espírito de
Verdade,
que o mundo não
pode receber,
porque não o vê
nem o conhece;
mas vós o
conheceis,
porque habita
convosco, e
estará em vós.
Mas aquele
Consolador, o
Espírito Santo,
que o Pai
enviará em meu
nome, esse
vos ensinará
todas as coisas,
e vos fará
lembrar de tudo
o que tenho
dito.
S. João, Cap. 16
ver. 12,13 –
Ainda tenho
muito que vos
dizer, mas vós
não o podeis
suportar agora.
Mas quando vier
aquele Espírito
de Verdade,
ele vos
guiará em toda a
verdade; porque
não falará de si
mesmo, mas dirá
tudo o que tiver
ouvido, e vos
anunciará o que
há de vir.
Nosso objetivo,
neste artigo, é
demonstrar que
2000 anos depois
os fatos se
repetem com os
mesmos
componentes
demonstrados por
ocasião da vinda
do Cristo.
Manifesta-se em
Paris, em 1857,
o Espírito de
Verdade e
apresenta ao
mundo a Doutrina
dos Espíritos,
no seio das
Religiões
dominantes,
conforme
prometido pelo
Cristo.
De novo, no seio
das religiões
estabelecidas,
por meio de seus
adeptos, Deus
revela conforme
a promessa de
Jesus. Mas a
Revelação
Divina, apesar
de seu conteúdo,
não atende aos
anseios daqueles
que dominam e
não querem abrir
mão do poder
conquistado. E,
novamente,
aqueles
sensíveis a mais
esta Revelação
Divina são os
responsáveis por
trazê-la até os
dias de hoje.
Apesar de nos
dias atuais a
Doutrina dos
Espíritos ser
divulgada com
ampla liberdade
e ter a seu
dispor todos os
meios de
comunicação
disponíveis,
existem ainda
alguns
sacerdotes e
pastores que
insistem em
vinculá-la ao
demônio,
insuflando
àqueles menos
informados,
certo temor em
examinar o
conteúdo do
Espiritismo,
além daqueles
que ainda
frequentam as
Casas Espíritas
“escondidos” de
seus pares. Sem
esquecer que de
vez em quando
voltamos a
escutar aquele
velho chavão de
que “os
espíritas não
são cristãos”.
Nosso objetivo
aqui é provar
que Jesus
designou o seu
sucessor como
sendo o
Consolador
Espírito de
Verdade e, pelas
características
apontadas pelo
Cristo, o
Espiritismo é
este Consolador
Prometido.
Em Paris, 1860,
o Espírito
de Verdade
dirige-se aos
espíritas:
Espíritas!
Amai-vos, este o
primeiro
ensinamento;
Instruí-vos,
este o segundo.
No Cristianismo
se encontram
todas as
verdades; são de
origem humana os
erros que nele
se enraizaram.
Eis que do
Além-túmulo, que
julgáveis o
nada, vozes vos
clamam: Irmãos!
Nada perece.
Jesus Cristo é o
vencedor do mal,
sede os
vencedores da
impiedade.
Duas condições,
apontadas pelo
Cristo em João,
transcritas
acima, estão aí
evidenciadas: 1
– O Espírito
de Verdade;
2 – Não
falará de si
mesmo.
Enumeramos
abaixo as
condições: 3 –
Consolar e 4
– Esclarecer.
Em quais
situações o
Espiritismo
consola?
–
Perda de entes
queridos:
A morte não
existe. Como o
nascimento é a
ligação do
espírito e seu
corpo
incorruptível
(Paulo) ao corpo
físico, a morte
é o desligamento
deste espírito
do corpo
material que não
reúne mais
condições de
permitir-lhe as
manifestações,
retornando ao
Plano
Espiritual, como
Jesus,
plenamente vivo
e imortal.
–
Animais:
Não são seres à
parte da
criação, mas o
princípio
espiritual com
uma alma em sua
trajetória
evolutiva.
–
Sentimento de
Antipatia entre
alguns
familiares:
Retorno ao mesmo
palco na
condição de
familiar
daqueles que em
reencarnações
passadas viveram
situações de
conflito, com o
objetivo de
reconciliação na
vida presente.
–
Pobreza e
Riqueza:
Provas na vida
presente, que
devemos vencer
com resignação e
caridade para
aproveitarmos a
vida atual.
–
Parentes de
Criminosos:
Nosso ente
querido paga a
pena com a
sociedade e não
está condenado
ao inferno; sua
consciência
culpada o
conduzirá ao
reajuste em nova
existência com
aquele que
houver
prejudicado na
vida atual,
quando, a partir
de então, poderá
seguir livre
rumo à
perfeição.
Em quais
situações o
Espiritismo
esclarece?
–
Adão e Eva:
O ser humano,
bem como os
animais e todos
os seres vivos
são produtos do
processo
evolutivo
realizado nos
mundos criados
por Deus e que
consistem no
nosso Universo,
repleto de
mundos habitados
e onde a vida se
expressa de
diferentes modos
materiais e
imateriais,
permitindo ao
Espírito de
homens e
mulheres,
criados da mesma
forma, simples e
ignorantes,
moldar sua
perfectibilidade.
–
Mundo em seis
dias:
Condizente com
as provas
geológicas, o
Espiritismo
mostra que os
mundos foram
formados em
bilhões de anos
e que as eras
geológicas são
condizentes com
a forma poética
que a Escritura
descreve aos
habitantes
daquela época,
segundo sua
capacidade de
entendimento.
–
Nascimento e
Morte:
São processos
naturais de
preparação,
ligação,
vivência e
evolução,
desligamento e
retorno do ser
imaterial à sua
pátria de
origem, o mundo
espiritual.
–
Meu reino não é
deste Mundo:
Descrição,
amostras,
experiências e
constatações
sobre a vida
espiritual, seus
habitantes e
constituição.
–
Reencarnação:
Pluralidade das
existências,
permitindo nossa
evolução,
aprendizado,
reajuste e
justiça de Deus,
tornando-nos
artífices de
nossa
perfeição.
Ficaríamos
escrevendo
eternamente, não
fosse a
necessidade de
afirmar,
peremptoriamente:
O
Espiritismo é o
Consolador
prometido por
Jesus.
Aqueles que
enfrentaram
todas as
vicissitudes
para permitir
que esta
doutrina
chegasse até nós
de forma tão
clara e
abundante de
provas são os
verdadeiros
cristãos,
responsáveis por
identificar e
preservar o
Cristianismo
Redivivo. Pelo
exposto, de
forma
consciente,
coloquemos de
uma vez por
todas as coisas
nos seus devidos
lugares, sem
necessidade de
privarmos nossos
filhos do
convívio do
Consolador
Prometido,
obrigando-os a
cumprir rituais
e dogmas a que
fomos vinculados
no passado.
Quando ouvirmos
os velhos e
superados
chavões contra
os espíritas,
tenhamos em
mente as
palavras de
Jesus:
Conhecereis a
Verdade e a
Verdade vos
libertará.