WALDENIR
APARECIDO CUIN
wacuin@ig.com.br
Votuporanga, São
Paulo (Brasil)
A
caridade
desinteressada
– Qual a mais
meritória de
todas as
virtudes?
"Todas as
virtudes têm o
seu mérito,
porque todas são
indícios de
progresso no
caminho do
bem.... Mas a
sublimidade da
virtude consiste
no sacrifício
pessoal para o
bem do próximo,
sem segunda
intenção. A mais
meritória das
virtudes é
aquela que se
baseia na
caridade mais
desinteressada."
(Questão 893 de
O Livro dos
Espíritos –
Allan Kardec.)
Jesus em sua
notória e
reconhecida
sabedoria
ensinou aos
homens que “a
mão esquerda não
deve saber o que
faz a direita”,
numa clara
demonstração de
que jamais
podemos contar
os possíveis
benefícios que
fazemos aos
nossos irmãos do
caminho.
O desinteresse
pessoal deve
nortear as
nossas ações no
bem, pois só
assim estaremos
agindo de acordo
com as lições
inesquecíveis do
Mestre.
Aquele que atua
na direção dos
necessitados
contabilizando
suas atividades
movimenta-se
alimentado pelos
sentimentos da
vaidade e da
presunção. A
verdadeira
caridade
reveste-se de
desprendimento e
real desejo em
servir, sem
esperar qualquer
tipo de
recompensa.
Ao nosso lado
segue um grande
cortejo de
criaturas que
sofrem
amargamente
pelos escabrosos
trilhos do
mundo. Muitas
vezes mãos
silenciosas se
estendem em
nossa direção
implorando por
socorro e
comiseração.
Precisamos ter
olhos de ver e
ouvidos de ouvir
o lamento surdo
que se expressa
no semblante
abatido daqueles
que agonizam no
desespero.
Não fiquemos
parados com os
braços inertes.
A dor do nosso
irmão, pelo
princípio da
fraternidade,
precisa nos
incomodar de tal
maneira que
sintamos a
premente
necessidade de
movimentar
recursos visando
minorar, pelo
menos um pouco,
a penosa
situação dos
menos
favorecidos.
Um pedaço de
pão, um prato de
sopa ou qualquer
refeição, além
de silenciar o
estômago do
faminto que
sofre pela
estrada, serve
também como
mensagem de
esperança para
que continue
acreditando em
dias melhores.
Uma peça de
roupa, um
agasalho ou um
pequeno cobertor
resolve o
problema do frio
que agride o
corpo, às vezes
frágil de uma
criança ou de um
idoso, além de
noticiar que a
solidariedade e
o altruísmo
imperam no
mundo, mesmo que
em doses ainda
pequenas.
Um caderno, uma
revista ou um
livro ofertado
ao estudante sem
recursos ajuda a
matar sua sede
de
conhecimentos,
enquanto
transmite a
informação de
que ele não está
isolado ou
esquecido no
seio da
multidão.
Um gesto de
carinho, uma
palavra amiga ou
instantes de
atenção
contribuem muito
para a
afetividade de
quem segue seus
passos pelas
veredas do
abandono, além
de carregar a
mensagem de que
a Providência
divina a ninguém
desampara.
Horas de
trabalhos
voluntários,
desejos de
edificar uma
sociedade mais
justa, fraterna
e humana e a
firme decisão de
amar sem pedir
nada em troca
levantam o ânimo
dos abatidos e
mostram o
prenuncio de um
nova época onde
o bem existirá
em maior
quantidade que o
mal.
A criatura que
faz o bem sem
segundas
intenções não
terá dificuldade
alguma em
trabalhar, no
limite de suas
forças, de forma
totalmente
desinteressada.
Seguidora do
Cristo,
certamente terá
compreendido a
profundidade da
mensagem cristã,
pois que Jesus
foi o modelo
maior de amor,
solidariedade,
dedicação e
desprendimento
que a Terra já
conheceu, pois
foi capaz de
afirmar, no
momento extremo
da sua vida aqui
no planeta,
quando recebia
todo tipo de
ingratidão que
os homens
puderam
apresentar:
“Pai,
perdoa-lhes,
pois não sabem o
que fazem”.
Sejamos
caridosos,
fazendo o bem da
forma mais
desinteressada
possível, essa
será, sem
dúvida, uma
virtude de
mérito.
Reflitamos.