ANGÉLICA
REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
A Evolução Anímica
Gabriel
Delanne
(Parte
2)
Damos continuidade nesta edição
ao
estudo do clássico A
Evolução Anímica,
que será aqui estudado
em 17 partes.
A fonte do estudo é a
8ª edição do livro,
baseada em tradução de
Manoel Quintão publicada pela Federação
Espírita Brasileira.
Questões preliminares
A. Há diferença entre as
manifestações da alma
quando encarnada e as
que ela produz depois da
desencarnação?
Sim. Existe uma
diferença essencial
entre essas
manifestações da alma,
embora as faculdades do
Espírito sejam sempre as
mesmas. É que, na Terra,
o exercício dessas
faculdades se subordina
a condições orgânicas
ligadas ao meio exterior
e dele dependentes, ao
passo que, no plano
etéreo, nenhum entrave
lhe restringe o jogo das
faculdades psíquicas.
(A Evolução Anímica,
pp. 23 e 24.)
B. Que propriedades
distinguem os seres
vivos dos corpos
inorgânicos?
As propriedades dos
seres vivos, que os
distinguem da matéria
bruta dos corpos
inorgânicos, são quatro:
organização,
geração, nutrição
e evolução.
Dessas quatro
propriedades
fundamentais a Ciência
não explica claramente
senão uma: a nutrição,
se bem que, ainda aqui,
o fenômeno pelo qual as
células selecionam no
sangue os materiais que
lhes são úteis não está
bem estudado.
(Obra citada, pág. 27.)
C. Que é um organismo
vivo?
A Ciência denomina
organismo vivo
tanto à célula que
compõe os tecidos
vegetais e animais, como
a esses mesmos vegetais
e animais. A célula, com
efeito, é um ser vivo:
organiza-se,
reproduz-se, alimenta-se
e evolui, tal como o
animal superior. Os
corpos vivos não passam
de associações de
células, que gozam,
porém, de propriedades
diferentes, conforme o
lugar ocupado no
organismo.
(Obra citada, pág. 29.)
Texto para leitura
12. Esta obra tem um
duplo objetivo. Em
primeiro lugar, visa
demonstrar que a
doutrina está concorde
com as modernas teorias
científicas; e, em
segundo lugar, objetiva
tornar conhecido o papel
físico de um órgão
essencial à vida do
corpo e da alma. Não
existe incompatibilidade
entre as novas
descobertas e a
realidade dos Espíritos,
ou seja, a existência de
criaturas revestidas de
um invólucro material
pode conceber-se
naturalmente. Esperamos
que deste trabalho
ressalte a convicção de
que o Espiritismo é uma
verdade que nos faculta
a chave daquilo que a
ciência humana é
impotente, por si só,
para descobrir. (PP.
19 a 21)
13. A
vida
– Existe uma diferença
essencial entre as
manifestações da alma
quando encarnada e as
que ela prodigaliza na
sua existência
incorpórea, embora as
faculdades do Espírito
sejam sempre as mesmas.
É que, na Terra, o
exercício dessas
faculdades se subordina
a condições orgânicas
ligadas ao meio exterior
e dele dependentes, ao
passo que, no plano
etéreo, nenhum entrave
lhe restringe o jogo das
faculdades psíquicas.
(Págs. 23 e 24)
14. A
vida será, para nós, a
característica dos seres
organizados que nascem,
vivem e morrem.
Atribuímo-la a uma
modificação especial da
energia: a força vital,
cuja presença haveremos
de reconhecer, com os
fisiologistas, sempre
que verificarmos num ser
o movimento reativo de
excitação externa, isto
é, o fato de que esse
ser é irritável.
Segundo a nossa forma de
ver, a vida só existe em
função da matéria
organizada, e impossível
fora descobri-la
alhures. (Pág. 24)
15. Podemos dizer, pois,
sem paradoxo, que a alma
não é vivente porque
seja mais e melhor: é
que ela tem “existência
integral”, visto que,
não sendo organizada,
não se submete à morte.
(Pág. 24)
16. De acordo com os
trabalhos mais recentes
sobre o assunto, a vida
de todos os seres
resulta das relações
existentes entre a sua
constituição física e o
mundo exterior. O
organismo é
preestabelecido, pois
que provém dos
ancestrais, por
filiação. A ação das
leis físico-químicas, ao
contrário, varia segundo
as circunstâncias. A
essa oposição de forças
Claude Bernard denomina
conflito vital.
(Págs. 24 e 25)
17. Não é, diz Claude
Bernard, por uma luta
contra as condições
cósmicas que o organismo
se mantém e se
desenvolve, mas – ao
contrário – por uma
“adaptação”, um
“acordo”. Esse conflito
vital dá origem a duas
espécies de fenômenos: 1a.
- Fenômenos de
destruição orgânica,
isto é, de
desorganização ou
desassimilação; 2a.
- Fenômenos de
criação orgânica,
indiferentemente
chamados organização,
síntese orgânica ou
assimilação. (Pág.
25)
18. A
destruição orgânica é
determinada pela função
do ser vivente. Quando,
no homem ou no animal,
sobrevém um movimento,
parte da substância
ativa do músculo se
destrói ou se queima.
Pode-se dizer, então,
que jamais a mesma
matéria serve duas vezes
à vida. Essas combustões
engendram o calor
animal, produzem o ácido
carbônico que se exala
pelos pulmões, além de
outros produtos
eliminados por
diferentes glândulas. O
corpo gasta-se e sofre
perda de peso. Essa
destruição é sempre
devida a uma combustão
ou a uma fermentação.
(Págs. 25 e 26)
19. Os fenômenos de
criação orgânica são
atos plásticos, que se
completam nos órgãos em
repouso e os regeneram.
A reparação de nossos
órgãos e tecidos
opera-se íntima,
silenciosamente, fora de
nossas vistas, enquanto
os fenômenos de
destruição ou de morte
vital saltam-nos aos
olhos. Em todo o curso
da existência, essas
destruições e criações
são simultâneas,
conexas, inseparáveis.
(Págs. 26 e 27)
20. As propriedades
gerais dos seres vivos,
que os distinguem da
matéria bruta dos corpos
inorgânicos, são quatro:
organização,
geração, nutrição
e evolução.
Dessas quatro
propriedades
fundamentais a Ciência
não explica claramente
senão uma: a nutrição,
se bem que, ainda aqui,
o fenômeno pelo qual as
células selecionam no
sangue os materiais que
lhes são úteis não está
bem estudado. A
organização e a evolução
não podem, contudo, ser
compreendidas só pelo
jogo das leis
físico-químicas. Quanto
à reprodução, sua causa
continua sendo um
mistério. (Pág. 27)
21. Todos os seres vivos
têm necessidade, para
manter-se, das mesmas
condições exteriores:
umidade, calor, ar e uma
determinada composição
química do ambiente. A
água, indispensável na
constituição do meio em
que evolui o ser
vivente, entra na
composição dos tecidos.
No homem, o coeficiente
de água contida no corpo
é de 90%. O ar, ou
melhor, o oxigênio que
lhe compõe a parte
respirável, é necessário
à maioria dos seres
vivos, mesmo aos
inferiores. O calor é o
terceiro elemento que
entretém os corpos
vivos. Não pode a
temperatura interna do
organismo descer abaixo
de 20 graus nem
elevar-se acima de 45,
para os humanos, e de
50, para as aves.
(Págs. 28 e 39)
22. A
Ciência denomina
organismo vivo
tanto à célula que
compõe os tecidos
vegetais e animais, como
a esses mesmos vegetais
e animais. A célula, com
efeito, é um ser vivo:
organiza-se,
reproduz-se, alimenta-se
e evolui, tal como o
animal superior. Os
corpos vivos não passam
de associações de
células, idênticas em
natureza e composição,
que gozam, porém, de
propriedades diferentes,
conforme o lugar ocupado
no organismo. (Pág.
29)
(Continua no próximo
número.)