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Joias da poesia contemporânea
Ano 3 - N° 123 - 6 de Setembro de 2009
 

 

Sim

Eugênio Júlio Savard de Saint-Brisson

 

Singram mares do Cosmo as barcaças airosas...

Eis a frota do Sol a vogar pelo espaço...

Os tufões siderais marcam vivo compasso,

Sinfonia de luz a envolver nebulosas...

 

Mostra a Terra à distância o perfil rude e baço

Da mantilha sutil de cortinas gasosas...

E na altura onde estou sinto ânsias saudosas,

Tristes dardos lembrando a amargura e o cansaço.

 

A beleza do anil a exornar cada canto

É qual prece de amor que se eleva e se espalma

Pelo empíreo estrelado em fulgor sacrossanto.

 

Não duvido, meu Deus, na certeza de agora!

Sim! Meu corpo vivia inundado de alma

Como o dia de névoa esmaltado de aurora!...

 

 

 

Poeta, músico e compositor, Eugênio Savard nasceu no Rio de Janeiro em 13 de novembro de 1865 e desencarnou em Niterói em 1º de dezembro de 1899. O soneto acima integra o livro Antologia dos Imortais, obra psicografada pelos médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.




 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita