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Estudando as obras de Kardec
Ano 3 - N° 125 – 20 de Setembro de 2009

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Revue Spirite de 1864

Allan Kardec 

(Parte 14)

Damos prosseguimento nesta edição ao estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1864. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 26 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. Que adjetivo Kardec usou numa referência direta ao Cristianismo?

Comentando um texto publicado pelo padre Marin de Boylesve, da Companhia de Jesus, no qual é dito que as questões do milagre e do diabo são essenciais para a sobrevivência futura do Cristianismo, Kardec disse que é muito frágil a religião que teme o avanço das ideias e as descobertas científicas; contudo, ao contrário do que afirmou o padre Boylesve, o Cristianismo, tal qual saiu da boca de Jesus, mas apenas tal qual saiu, é invulnerável, porque ele é a lei de Deus. (Revue Spirite de 1864, pág. 202.)

B. É possível a aliança entre a ciência e a religião?

Sim. “Se fosse impossível o acordo entre a ciência e a religião, não haveria religião possível”, asseverou o Codificador, acrescentando que a ciência e a religião são irmãs para a maior glória de Deus e se devem completar reciprocamente, ao invés de se desmentirem. (Obra citada, pp. 203 e 204.)

C. Pode um Espírito ser mergulhado nas trevas?

Sim. Comentando uma comunicação espontânea obtida na Sociedade Espírita de Paris, por meio da Sra. Costel, Kardec disse que, enquanto uns Espíritos são mergulhados nas trevas, outros são imersos em ondas de luz, que os ofuscam e penetram, como setas agudas.  Precipitar um homem nas trevas ou em ondas de luz pode trazer, portanto, o mesmo resultado. É que, diversamente do que ocorre com a justiça humana, a justiça divina determina que as punições devem corresponder ao grau de adiantamento dos seres aos quais são aplicadas. Igualdade de crime não constitui igualdade de pena entre eles. Dois homens culpados no mesmo grau podem ser separados pela distância das provações, que mergulham um na opacidade intelectual, ao passo que o outro conserva a lucidez. Então, não são mais as trevas que castigam, mas a acuidade da luz. (Obra citada, pp. 218 a 220.)

Texto para leitura

162. O perigo que uma transformação desse porte pode trazer à Igreja é formulado na seguinte passagem de uma brochura publicada pelo padre Marin de Boylesve, da Companhia de Jesus: “Há, entre outras, uma questão que, para a religião cristã, é de vida ou de morte: a questão do milagre. A do diabo não o é menos. Tirai o diabo, e o cristianismo desaparece. Se o diabo não passar de um mito, a queda de Adão e o pecado original entrarão nas regiões da fábula. Por conseguinte a redenção, o batismo, a Igreja, o cristianismo, numa palavra, não têm mais razão de ser”. (P. 202)

163. Ora - diz Kardec -, é muito frágil a religião que teme o avanço das ideias e as descobertas científicas; contudo, ao contrário do que afirma o padre Boylesve, o cristianismo, tal qual saiu da boca de Jesus, mas apenas tal qual saiu, é invulnerável, porque ele é a lei de Deus. (P. 202)

164. As religiões sofrem, mau grado seu, a influência do movimento progressivo das ideias e uma necessidade fatal as obriga a se manterem no nível do movimento ascensional, sob pena de submergirem. “Se fosse impossível o acordo entre a ciência e a religião, não haveria religião possível”, assevera o Codificador, acrescentando que a ciência e a religião são irmãs para a maior glória de Deus e se devem completar reciprocamente, ao invés de se desmentirem. (PP. 203 e 204)

165. Havendo o jornal de Constantinopla publicado três extensos artigos contra o Magnetismo e o Espiritismo, os espíritas daquela cidade se encarregaram de responder aos ataques, em dois artigos publicados pelo mesmo jornal. Em carta dirigida a Kardec, o advogado B. Repos Filho resumiu o clima adverso existente na citada cidade. “Aqui começou - disse ele - a perseguição surda que anunciastes. Um dos nossos irmãos deveu à sua qualidade de espírita a perda do emprego, outros são atacados, ameaçados em seus mais caros interesses de família ou nos meios de subsistência, pelas tenebrosas manobras dos eternos inimigos da luz, que ousam dizer que o Espiritismo é obra do anjo das trevas! Se é assim que julgam extingui-lo, enganam-se.”  “Teria a ideia cristã sido abafada no sangue dos mártires?” (PP. 204 a 210)

166. A Revue transcreve uma crônica favorável ao Espiritismo publicada no Jornal do Comércio do Rio de Janeiro, em 23-9-1863. Comentando o assunto, Kardec escreveu: “Constatamos com satisfação que a ideia espírita faz sensíveis progressos no Rio de Janeiro, onde conta numerosos representantes fervorosos e devotados”. E acrescentou: “A pequena brochura O Espiritismo em sua expressão mais simples, publicada em português, não contribuiu pouco para ali espalhar os verdadeiros princípios da doutrina”. (P. 212)

167. Reportando-se a uma carta que um confrade de Port-Louis, de Ilha Maurícia, publicou no jornal Progrés Colonial, tendo o Pe. de Régnon por destinatário, Kardec observa: “Se o Espiritismo tem detratores, também tem defensores por toda a parte, mesmo nas regiões mais afastadas”. (PP. 213 e 214)

168. Do número de junho de 1863 da Revue Spirite d’Anvers, a Revue  transcreve uma matéria em que se comenta o forte movimento que então se fazia no seio da Igreja contra o Espiritismo. (PP. 215 e 216)

169. A propósito de uma comunicação espontânea obtida na Sociedade Espírita de Paris, sendo médium a Sra. Costel, informa Kardec que, enquanto uns Espíritos são mergulhados nas trevas, outros são imersos em ondas de luz, que os ofuscam e penetram, como setas agudas. (P. 218)

170. Em nota posta depois de uma mensagem do Espírito de Lamennais, Kardec explica que expiação é o sofrimento que purifica e lava as manchas do passado. Depois da expiação, o Espírito está reabilitado. Há, contudo, sofrimentos que podem não ter proveito para aquele que os suporta, se tais sofrimentos não o tornarem melhor, se não o elevarem acima da matéria, se ele não vir neles a mão de Deus, se não o fizerem dar um passo à frente. (P. 219)

171. Precipitar um homem nas trevas ou em ondas de luz pode trazer, portanto, o mesmo resultado. É que, diversamente do que ocorre com a justiça humana, a justiça divina determina que as punições devem corresponder ao grau de adiantamento dos seres aos quais são aplicadas. Igualdade de crime não constitui igualdade de pena entre eles. Dois homens culpados no mesmo grau podem ser separados pela distância das provações, que mergulham um na opacidade intelectual, ao passo que o outro conserva a lucidez. Então, não são mais as trevas que castigam, mas a acuidade da luz. (P. 220)

172. Na seção de livros, a Revue noticia a publicação do livro A Educação Materna (Conselhos às Mães de Família), psicografado pela Sra. Collignon, de Bordeaux, de autoria de Étienne (Espírito).(P. 221)

173. Kardec noticia também a edição em língua russa de seu livro O Espiritismo na sua expressão mais simples, impresso em Leipzig por Baer & Hermann. (P. 223) (Continua no próximo número.)



 


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