CHRISTINA NUNES
cfqsda@yahoo.com.br
Rio de Janeiro,
RJ (Brasil)
Explicações
necessárias
sobre os médicos
do espaço
O artigo recente
no qual relatei
a vivência
maravilhosa da
intercessão da
falange médica
do Dr. Bezerra
de Menezes a
favor da
recuperação a
contento da
nossa saúde,
minha e de minha
filha no
episódio da
gripe suína,
suscitou
contatos de
leitores, em
decorrência do
que nos cabe
esclarecer
alguns pontos
talvez obscuros
num primeiro
momento aos não
familiarizados
com os assuntos
relacionados à
atuação dos
médicos do
invisível no
socorro aos
reencarnados.
Uma leitora
alegou
estranheza
quanto ao que
lhe pareceu, no
texto, uma nossa
sinalização
equivocada e
contraditória à
Doutrina
Espírita,
entendendo que
atribuíamos
erroneamente à
intercessão dos
bondosos médicos
socorristas dos
círculos do Dr.
Bezerra a nossa
cura. Argumentou
que, se ainda
não era a nossa
hora de deixar o
mundo, então a
cura se dava só
devido a isto, e
não pela
intervenção de
qualquer médico
desencarnado num
contexto de
derrogação
inadmissível das
leis da vida,
obedientes aos
programas
delineados desde
o nosso retorno
à matéria para
deixarmos o
mundo num
momento preciso,
segundo as
nossas
necessidades
evolutivas. Quis
me parecer que,
segundo este seu
entendimento, o
texto sugeria
uma presunçosa
reivindicação de
privilégios
ditados por um
tipo de
misericórdia
divina que, por
intermédio das
falanges, nos
concedia
permanecermos
indevidamente na
vida física
durante um tempo
a mais, para
além do que nos
caberia, indo
assim em
contrário aos
preceitos
kardecistas.
Vamos às
exposições de
molde a um
esclarecimento
preciso do que
se pretendeu
explicar no
aludido artigo,
não na intenção
de se
reivindicar
presunçosamente
direitos que
viessem derrogar
as leis regentes
da nossa jornada
evolutiva, mas,
ao contrário, de
se atestar e
confirmar a
magnificência
dessas mesmas
Leis, segundo a
bondade divina
identificada de
forma inequívoca
na interação
entre nós, os
reencarnados, e
as incontáveis
falanges do
invisível nos
momentos
difíceis da
nossa trajetória
em que mais
ostensivamente
se fazem
presentes,
atestando-nos as
maravilhas do
amor
incondicional
que lhes orienta
as iniciativas a
nosso favor.
Já pude
anteriormente
narrar fato
pitoresco
acontecido
dentro de um
coletivo, quando
regressava do
trabalho
profissional
diário, e num
dia
especialmente
desalentador, em
que vi minhas
iniciativas em
prol das
campanhas de
final de ano do
movimento
espírita ser
espezinhadas sem
cerimônia por
uma pessoa
confessamente
ateia.
Recordo-me de
ter dado entrada
no ônibus cheio
sem poder
reprimir no
íntimo o
desgosto franco
experimentado
pelas palavras
depreciativas
que me foram
dirigidas, ao
fazer a coleta
para o Natal das
crianças
especiais de
conceituada
Instituição
espírita,
quando, do nada,
uma senhora
idosa me
convidou a
sentar-se a seu
lado,
solicitando de
um passageiro de
pé que me
indicasse o
assento vago há
pouco.
Sentando-me,
todavia sem
nenhuma
disposição para
encetar nenhum
tipo de diálogo,
curiosamente a
senhora, ao
contrário,
iniciou uma
conversa forçosa
que acabou por
me atrair a
atenção
relutante, na
medida em que,
para minha
surpresa, se pôs
a relatar sobre
a filha
convalescente de
moléstia que
quase atingira o
estágio
terminal, não
fosse o
maravilhoso
sucedido, que
ainda uma vez
vinha para
atestar a
presença
inequívoca de
médicos a mais,
para além dos
facultativos
reencarnados ao
serviço da
medicina, na
atuação que lhe
resgatara a
saúde da filha
agora
convalescente.
Expondo
sucintamente,
para a riqueza
de detalhes com
que me descreveu
o ocorrido,
contou que a
filha vinha
sendo medicada
segundo
determinadas
diretrizes
sempre
constantes da
prancheta presa
ao seu leito,
observadas
criteriosamente
pelos serviços
de enfermagem do
hospital, sem
efeitos
significativos.
A senhora,
entusiasmada,
relatava:
- Orei a Deus
com fervor
durante muitas
noites para que
fosse a minha
filha
encaminhada a um
médico que lhe
salvasse a vida;
foi uma luta, e
já a dava por
perdida, até que
há alguns dias,
contrariando o
quadro
desanimador de
até então, ela
começou, aos
poucos, a
apresentar
melhora,
progressiva
quanto
inesperada! O
que acontecia
tomou de
surpresa até os
responsáveis
mais diretos
pelo seu
tratamento. Até
que alguém, por
acaso, se
decidiu, no
momento de sua
alta, a atentar
para o
receituário que
religiosamente
era aposto na
prancheta ao pé
da cama, pelo
médico
responsável pelo
seu
tratamento...
Fez então
pequena pausa,
olhando-me de um
modo estranho, o
que atiçou que
lhe rogasse o
desfecho do
interessante
caso, ao que
atendeu de boa
mente,
sorrindo-me, um
brilho nos olhos
maravilhado como
o do olhar de
uma criança.
- O médico,
minha querida,
como foi
constatado,
simplesmente
não existia
naquele
hospital! Nem
seu nome,
assinado na
prancheta,
jamais constou
do quadro de
médicos do
mesmo!
A conclusão era
óbvia! A filha
da senhora fora
de fato, em
atendimento aos
seus rogos
angustiados,
encaminhada ao
facultativo
competente...
do espaço!
Talvez que
camuflado dentre
tantos no
hospital imenso
sem despertar
suspeitas, de
modo a
promover-lhe a
cura física com
algum
medicamento
fluídico, aliado
ao conveniente
efeito físico de
escrita no
receituário -
mas não, e
certamente, em
derrogação de
qualquer Lei
divina, ou
roteiro
delineado antes
da reencarnação,
a que se
prendesse a
personagem pelas
malhas cármicas
do seu passado
evolutivo. E sim
por se
compatibilizar,
este mesmo
programa
cármico, com a
cura considerada
milagrosa
naquele momento.
Não seria aquela
a sua hora - ou
talvez que o
fosse, se
submetida a um
atendimento
quiçá
ineficiente, de
vez que muitos
são os casos em
que, através do
trabalho
conjunto de
Casas espíritas
respeitáveis e
suas falanges
desencarnadas,
veem-se os
recursos
materiais de
cura
robustecidos
pela intercessão
bem-vinda dos
métodos
espirituais
infinitamente
superiores aos
da ciência
médica terrena.
O fato, amigos,
é que existem
regras
perfeitas,
mas não
draconianas
, no que se
relaciona ao
delicado
pormenor da
atuação dos
médicos do
espaço em
auxílio aos
reencarnados.
Não pode haver.
E tanto fatos
como dados
existentes na
própria
literatura
espírita de
relevância o
atestam.
Compulsando
Obreiros da Vida
Eterna, de
psicografia do
incontestável
Chico Xavier
pelo espírito
André Luiz -
antes médico
terreno, e hoje
da
invisibilidade,
infinitamente
aperfeiçoado na
sua abrangência
de ação e de
conhecimentos a
que se afiniza
também a partir
das esferas
invisíveis -
temos um caso
peculiar - uma
moratória
motivada por uma
prece -, em que
a personagem
Albina é
autorizada a ter
sua
desencarnação
adiada em
atendimento a
uma prece, uma
vez que,
encarnada,
poderia ainda
beneficiar a
muitos, seareira
do bem que era:
"A prece, em
qualquer
ocasião,
melhora,
corrige, eleva e
santifica.
Mas somente
quando
estabelece
modificação de
roteiro, igual à
de hoje, é que
paira, acima das
circunstâncias
comuns, o
interesse
coletivo",
aditou o
Assistente,
referindo-se à
moratória
concedida a
Albina, que
vigoraria por
reduzido tempo,
até que
perdurasse a
causa que a
motivou. (Cap.
17, pp. 259 a
261.)
Estes casos,
pois, ilustram e
confirmam o
socorro da alma
a mim dirigido,
caros, quanto a
realidade e as
muitas nuances
da ação das
falanges
espirituais -
ratificando,
e não derrogando
as Leis divinas
pelas quais se
pauta a ação da
espiritualidade,
tanto segundo o
que nos expõe a
doutrina
espírita mais
idônea, quanto
em acordo com
Jesus nos muitos
dos seus
prodígios de
cura dos males
do corpo e da
alma,
alertando-nos,
com vistas à fé
e à esperança
dos homens de
todas as épocas,
que não
esmorecessem,
pois, através da
força
insuspeitada da
prece, “lá,
onde dois ou
mais estiverem
em meu nome,
também eu
estarei”.