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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 127 – 4 de Outubro de 2009

FRANCISCO REBOUÇAS
costareboucas@ig.com.br
Niterói, Rio de Janeiro (Brasil)

A língua
 

O benfeitor Emmanuel, no livro Apostilas da Vida, psicografado por Francisco Cândido Xavier, em uma de suas inúmeras páginas de advertências, endereçadas a todos nós, faz excelente           abordagem sobre a maneira de como devemos fazer uso da bênção da palavra, articulada pelo pequeno instrumento capaz de as pronunciar, alertando-nos, ainda, para a observação de que, embora seja de pequeno tamanho e bastante leve, a língua é, indubitavelmente, um dos fatores determinantes no destino das criaturas, ajudando-as a conquistarem a vitória nos embates da vida, no crescimento das virtudes do Espírito imortal, ou as arremessando de encontro ao lodaçal da delinquência e das trevas.

 

É veículo de transmissão do bem ou do mal, da vida ou da morte, dependendo da forma como é utilizada, se de maneira irresponsável produz trevas, se de maneira equilibrada, positiva, responsável, produz bons frutos, por isso mesmo, prestemos atenção às sábias recomendações do esclarecido Espírito Emmanuel sobre a melhor forma de nos utilizarmos da palavra em nosso benefício e do nosso próximo, conforme segue:

 

Ponderada, favorece o juízo;
 

Leviana, descortina a imprudência;

Alegre – espalha otimismo;

Triste – semeia desânimo;

Generosa – abre caminho à elevação;

Maledicente – cava despenhadeiros;

Gentil – provoca o reconhecimento;

Atrevida – atrai o ressentimento;

Serena – produz calma;

Fervorosa – impõe confiança;

Descrente – invoca a frieza;

Bondosa – auxilia sempre;

Descaridosa – fere sem perceber;

Sábia – ensina;

Ignorante – complica;

Nobre – cria o respeito;

Sarcástica – improvisa o desprezo;

Educada – auxilia a todos;

Inconsciente – gera desequilíbrio”.

Por isso mesmo, exortava Jesus:

“Não procures o argueiro nos olhos de teu irmão, quando trazes uma trave nos teus”.

A língua é a bússola de nossa alma, enquanto nos demoramos na Terra.

Conduzamo-la, na romagem do mundo, para a orientação do Senhor, porque, em verdade, ela é a força que abre as portas do nosso coração às fontes da vida ou às correntes da perturbação e da morte.

 

É, portanto, meus irmãos, de grande valia procurarmos utilizar de maneira sábia a bênção de ter  esse pequeno, mas valioso instrumento para o nosso progresso, que é nossa língua, utilizando-a  de maneira amorosa, compreensiva, moderada, respeitosa, e responsável, pois daremos conta  de qualquer palavra que proferirmos no desejo de ferir, caluniar, separar etc, pois, como bem nos ensina Emmanuel, “A palavra é índice de nossa posição evolutiva, é indispensável aprimorá-la, iluminá-la, enobrecê-la”.

 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita