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Estudando as obras de Kardec
Ano 3 - N° 129 – 18 de Outubro de 2009

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Revue Spirite de 1864

Allan Kardec 

(Parte 18)

Damos prosseguimento nesta edição ao estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1864. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 26 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. Os bons Espíritos vieram até nós com o objetivo de destruir o Cristianismo?

Não. Deus enviou os bons Espíritos para lembrar o sentido verdadeiro de sua lei. “Eles não vêm - adverte o Codificador - para destruir o Cristianismo, mas desligá-lo das falsas interpretações e dos abusos que nele introduziram os homens.” (Revue Spirite de 1864, pág. 275.) 

B. Nos mundos superiores ao nosso, os princípios espíritas constituem crença geral?

Sim. Segundo uma comunicação dada em Múrcia, Espanha, nos mundos superiores ao nosso, a crença em Deus, na imortalidade e na reencarnação é admitida por todos os que ali vivem, e a comunicação com os Espíritos é, por isso mesmo, muito fácil. Ali não existem barreiras a separar os povos, nem guerras, pois todos vivem em paz praticando entre si a caridade e a verdadeira fraternidade. (Obra citada, pp. 278 e 279.) 

C. A ignorância a respeito da própria desencarnação pode se dar com uma espírita fervorosa?

Claro. Foi o que ocorreu com a Sra. Gaspard, amiga da Sra. Delanne e fervorosa espírita. Vítima de uma morte súbita, acreditou por algum tempo que continuava a viver. Como podia agora ver os Espíritos que lhe eram caros, julgou ter desenvolvido a vidência. A ilusão foi, porém, de curta duração. No dia seguinte, completamente desprendida, a Sra. Gaspard ditou uma mensagem dirigida ao marido e aos amigos, felicitando-se por haver conhecido em vida o Espiritismo. (Obra citada, pp. 280 e 281.) 

Texto para leitura

210. Após escrever essas palavras, o Codificador reitera que a manifestação dos Espíritos não é apenas uma crença, mas um fato. Diante de um fato a negação não tem valor. Uma crença só é ridícula quando falsa; desde que repouse sobre uma coisa positiva, não o é mais. “O ridículo - afirma Kardec - é para o que se obstina em negar a evidência.” (P. 268)

211. O Espiritismo também diz que aos Espíritos não é dado revelar o futuro, e condena formalmente o emprego de comunicações de além-túmulo como meio de adivinhação. Os Espíritos vêm para nos instruir e nos melhorar, e não para nos ler a buena-dicha. Dito isto, acrescenta Kardec: “É desnaturar maldosamente o seu objetivo pretender que ele faça a necromancia”. (P. 269)

212. A nova ordenação do Monsenhor Pantaleón culmina, no seu último parágrafo, por condenar a leitura e a posse de “O Livro dos Espíritos”, ordenando aos seus diocesanos, sem exceção, que entreguem a seus Curas os exemplares que lhes caírem nas mãos. (P. 273)

213. Transcrito o documento inteiro, Kardec observa, de forma um tanto jocosa: “Toda a argumentação do Sr. bispo de Barcelona assim se resume: As manifestações dos Espíritos são fábulas, imaginadas pelos incrédulos para destruir a religião. Só se deve crer no que dizemos, porque somente nós estamos de posse da verdade. Não examineis nada além, receando não serdes seduzidos”. (P. 273)

214. Complementando o assunto, Kardec observa que é de admirar ver que a Igreja ainda utiliza certos costumes próprios da Idade Média no combate às ideias espíritas. E cita como exemplo esta fórmula canônica publicada pela Correspondência de Madri em junho de 1864: “Maldito seja Auguste Vincent; malditas as roupas que o cobrem, a terra em que pisa, a cama onde dorme, a mesa em que come; malditos sejam o pão e todos os outros alimentos de que se nutre, a fonte onde bebe e todos os líquidos que toma. Que a terra se abra e ele seja enterrado nesse momento; que Lúcifer esteja à sua direita”. É possível - indaga Kardec - que isso tenha sido pronunciado dentro de uma igreja cristã? Foi um ministro do Evangelho quem a pronunciou? Ora, Jesus jamais usou de semelhante linguagem e mandou até que perdoássemos aos nossos inimigos e orássemos por eles. (PP. 274 e 275)

215. À vista de tais absurdos, não admira que a incredulidade haja crescido tanto no mundo. Se aqueles que estão encarregados de ensinar a religião do Cristo agem dessa forma, não existe nenhuma surpresa no fato de haver Deus enviado os bons Espíritos para lembrar o sentido verdadeiro de sua lei. “Eles não vêm - adverte o Codificador - para destruir o cristianismo, mas desligá-lo das falsas interpretações e dos abusos que nele introduziram os homens.” (P. 275)

216. Reportando-se a uma comunicação obtida em Barcelona e assinada por Júlio, o mesmo Espírito que perseguira a jovem obsidiada de Marmande, Kardec rememora aquele episódio e lembra que, graças à ação dos espíritas, a jovem foi curada e o Espírito conduzido ao bem. Indaga então o Codificador: - Que há nisso de ridículo e de imundo? (P. 277)

217. Com a certeza de que o Monsenhor Pantaleón, quando morrer, verá as coisas de outro modo, Kardec reproduz a primeira comunicação dada à Sociedade Espírita de Paris pelo bispo que determinou em 1861 o chamado auto-de-fé de Barcelona. (N.R.: A comunicação já havia sido publicada pela Revue em agosto de 1862.) (P. 278)

218. Em Múrcia, Espanha, um Espírito protetor dissertou sobre o estado das almas encarnadas em mundos superiores ao nosso. Eis, em síntese, o que o Espírito revelou: I) Em tais mundos, a crença em Deus, na imortalidade e na reencarnação é admitida por todos os que ali vivem, e a comunicação com os Espíritos é, por isso mesmo, muito fácil. II) Menos materiais do que os que vivem na Terra, eles não estão sujeitos a todas as necessidades que nos pesam. III) Não existem ali barreiras a separar os povos, nem guerras, pois todos vivem em paz praticando entre si a caridade e a verdadeira fraternidade. IV) Muito mais adiantados do que os terrenos, eles estão, todavia, longe ainda da perfeição. V) Nossos maiores sábios ali seriam os últimos ignorantes. VI) As produções da natureza nada têm ali em comum com as da Terra. Não é pelo suor do rosto e pelo trabalho material que tiram o alimento: o solo produz naturalmente o que lhes é necessário. VII) A morte é considerada ali um benefício: o dia em que a alma deixa o seu invólucro é um dia feliz. (PP. 278 e 279)

219. Amiga da Sra. Delanne e fervorosa espírita, nem por isso a Sra. Gaspard, vítima de uma morte súbita, livrou-se da ilusão de que continuava a viver. Como podia agora ver os Espíritos que lhe eram caros, ela julgou ter desenvolvido a vidência. A ilusão foi, porém, de curta duração. No dia seguinte, completamente desprendida, a Sra. Gaspard ditou uma mensagem dirigida ao marido e aos amigos, felicitando-se por haver conhecido em vida o Espiritismo. (PP. 280 e 281)

220. O jornal Pays publicou uma notícia que chocou seus leitores: uma camponesa dos arredores de Lutter tinha acabado de dar à luz uma criança com todas as aparências de um macaco. Casada há doze anos, ela não tivera até então um só filho que não fosse atingido por enfermidades mais ou menos horríveis: a filha mais velha era completamente corcunda; o segundo filho, aleijado; o terceiro, surdo-mudo e idiota; o quarto, cego. (PP. 281 e 282)

221. Explicando o fato, Kardec assevera que duas forças partilham o mundo: o espírito e a matéria, cada um com leis próprias. As monstruosidades têm, sem dúvida, uma causa fisiológica, que pertence ao campo da ciência material. Mas sua causa primária e a conciliação do fato com a justiça divina fogem à competência dessa ciência e, para a religião, constituem um mistério impenetrável. (PP. 282 e 283) (Continua no próximo número.)


 


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