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Estudando a série André Luiz
Ano 3 - N° 130 – 25 de Outubro de 2009

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  
 

Entre a Terra e o Céu

André Luiz

(Parte 7)

Continuamos a apresentar o estudo da obra Entre a Terra e o Céu, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Que acontece com os que não se acautelam contra os desvarios da inteligência?

Os que assim procedem e fazem da astúcia e da vai­dade o clima em que respiram, insistindo na inércia do coração, abominando o sentimento elevado que interpretam por pieguismo e transformando a ca­beça num laboratório de perversão dos valores da vida, caem sob o guante da morte com grande alívio dos contemporâneos e passam a receber-lhes as vibrações de repulsa. Tais criaturas são geralmente vítimas de si mesmas e sofrem os mais complicados desequilí­brios mentais. Depois de períodos mais ou menos longos de purgação, após a transição da morte, voltam à carne, necessitados de silêncio e solidão para se desvencilharem dos envoltórios inferiores em que se enredaram. (Entre a Terra e o Céu, cap. X, pp. 61 e 62.) 

B. Uma criança pode desencarnar antes do dia indicado para sua libertação?

Segundo Clarêncio, sim. Diz ele que, em regra geral, multidões de criaturas cedo se afastam do veículo carnal, atendendo a serviços de socorro e sublimação, mas, em numerosas circunstâncias, a negligência e a irreflexão dos pais são responsáveis pelo fracasso dos filhos. Muitas solicitações de assistência, a benefício de pequeninos ameaçados de frustração, chegam com frequência aos protetores espirituais. Há mães que, por nutrirem pen­samentos infelizes, envenenam o leite materno, comprometendo a estabi­lidade orgânica dos recém-natos; existem casais que, através de rixas incessantes, projetam raios magnéticos de natureza mortal sobre os filhinhos tenros, arruinando-lhes a saúde, e não é pequeno o número de mulheres in­vigilantes que confiam o lar a pessoas ainda animalizadas que, à cata de satisfações doentias, não se envergonham de ministrar hipnóticos a entezinhos frágeis, que reclamam desvelado carinho. (Obra citada, cap. X, pp. 62 a 64.) 

C. A criança desencarnada retoma de ime­diato sua personalidade de adulto?

Em muitas ocasiões, é o que acontece. Segundo Blandina, quando o Espírito já alcançou elevada classe evolutiva, assumindo o comando mental de si mesmo, adquire o poder de facilmente desprender-se das imposições da forma, superando as dificuldades da desencarnação prematura. Diz ela que muitos renascem na Terra por brevíssimo prazo, simplesmente com o objetivo de acordar corações queridos para a aquisição de valores morais, reco­brando, logo após a desencarnação, a apresentação que lhes é costu­meira. Para a grande maioria das crianças desencarnadas o caminho não é, contudo, o mesmo. Almas ainda encarceradas no automatismo incons­ciente, acham-se relativamente longe do autogoverno e são conduzidas pela Natureza, à maneira das criancinhas no colo materno. Não sabendo desatar os laços que as aprisionam aos rígidos princípios que orientam o mundo das formas, exigem tempo para se renovarem no justo desenvol­vimento. É por isso que não podemos prescindir dos períodos de recu­peração para quem se afasta do corpo denso, na fase infantil, uma vez que, depois do conflito biológico da reencarnação ou da desencarnação, para quantos se acham nos primeiros degraus da conquista de poder men­tal, o tempo deve funcionar como elemento indispensável de restaura­ção. E a variação desse tempo dependerá da aplicação pessoal do apren­diz à aquisição de luz interior, através do próprio aprimoramento mo­ral. (Obra citada, cap. X, pp. 64 e 65.)

Texto para leitura

25. "Megalomania intelectual" - A irmã Blandina, que parecia bastante versada nas questões da infância, aproveitou o ensejo para dizer que "a criança desencarnada muitas vezes é problema aflitivo". "Quase sem­pre dispõe de afeiçoados que a seguem, de perto, amparando-lhe o des­tino, entretanto – afirmou ela – tenho observado milhares de meninos que, pela natureza das provações em que se envolveram, sofrem muitís­simo, à espera de oportunidades favoráveis para a aquisição dos valo­res de que necessitam". O caso de Júlio não era, no seu modo de ver, dos mais dolorosos, pois conhecia casos de irmãos "arrancados à carne, violentamente, como frutos verdes da árvore em que se desenvolvem... Processos de mente enfermiça que só abençoadas estações regenerativas na carne conseguem curar..." Hilário, curioso, pediu-lhe desse alguns exemplos objetivos desses casos, e ela aquiesceu, gentilmente, alu­dindo, inicialmente, aos casos que ela chamou de "megalomania inte­lectual". "Há pessoas na Terra – contou Blandina – que não se acau­telam contra os desvarios da inteligência e fazem da astúcia e da vai­dade o clima em que respiram. Insistem na inércia do coração, abominam o sentimento elevado que interpretam por pieguismo e transformam a ca­beça num laboratório de perversão dos valores da vida. Não cuidam se­não dos próprios interesses, não amam senão a si mesmos. Não perce­bem, contudo, que se ressecam interiormente nem imaginam os resulta­dos cruéis da cerebração para o mal". E a jovem irmã continuou: "Frequentemente, na luta mundana, avultam na condição de dominadores poderosos, com vastíssimo potencial de influência sobre amigos e ad­versários, conhecidos e desconhecidos. Mas esse êxito é ilusório. Caem sob o guante da morte com grande alívio dos contemporâneos e passam a receber-lhes as vibrações de repulsa. Semelhantes criaturas natural­mente são vítimas de si mesmas e sofrem os mais complicados desequilí­brios mentais. Depois de períodos mais ou menos longos de purgação, após a transição da morte, voltam à carne, necessitados de silêncio e solidão para se desvencilharem dos envoltórios inferiores em que se enredaram, assim como a semente precisa do isolamento na cova escura para desintegrar os elementos pesados que a constringem, para novo de­sabrochar". (Cap. X, págs. 61 e 62) 

26. Reencarnações frustradas - Blandina tocou, na sequência, num ponto capital no pro­cesso de regeneração através da reencarnação: o papel das mães. Em verdade – disse ela – a maioria das mães constitui-se por sublime falange de almas nas mais belas experiências de amor e sa­crifício, ca­rinho e renúncia, dispostas a sofrer e a morrer pelos re­bentos que a Providência Divina lhes confiou, mas, nesse meio, existem mulheres cujo coração se encontra em plena sombra. "Mais fêmeas que mães, jazem obcecadas pela ideia do prazer e da posse e, despreocu­pando-se dos filhinhos, lhes favorecem a morte", asseverou Blandina. "O infanticídio inconsciente e indireto é largamente praticado no mundo. E como o débito reclama resgate, as delongas na solução dos compromissos assumidos acarretam enormes padecimentos nas criaturas que se submetem aos choques biológicos da reencarnação e veem prejudi­cadas as suas esperanças de quitação com a Lei." Feita ligeira pausa, André indagou: "Pretenderá a irmã dizer que uma criança pode desencar­nar, fora do dia indicado para a sua libertação?" Clarêncio interveio na conversa e afirmou: "Sim, sem dúvida, há um programa estruturado na Espiritualidade para as nossas tarefas humanas, entretanto, pertence-nos a condução dos próprios impulsos dentro delas. Em regra geral, multidões de criaturas cedo se afastam do veículo carnal, atendendo a serviços de socorro e sublimação, mas, em numerosas circunstâncias, a negligência e a irreflexão dos pais são responsáveis pelo fracasso dos filhinhos". Blandina explicou, então, dando sequência à sua narrativa: "Aqui, recebemos muitas solicitações de assistência, a benefício de pequeninos ameaçados de frustração. Temos irmãs que por nutrirem pen­samentos infelizes envenenam o leite materno, comprometendo a estabi­lidade orgânica dos recém-natos; vemos casais que, através de rixas incessantes, projetam raios magnéticos de natureza mortal sobre os filhinhos tenros, arruinando-lhes a saúde, e encontramos mulheres in­vigilantes que confiam o lar a pessoas ainda animalizadas, que, à cata de satisfações doentias, não se envergonham de ministrar hipnóticos a entezinhos frágeis, que reclamam desvelado carinho... Em algumas oca­siões, conseguimos restabelecer a harmonia, com a recuperação desejá­vel, no entanto, muitas vezes somos constrangidas a assistir ao malo­gro de nossos melhores propósitos". (Cap. X, págs. 62 a 64) 

27. Crianças desencarnadas - Blandina deixou claro em sua explanação que aquilo que não se realiza num século, pode realizar-se em outro. A Lei se cumpre sempre. As provas e tarefas sofrem dilação no tempo, mas serão cumpridas, afinal. "Quem persiste na direção do bem, mais cedo atinge a vitória. Não vale fugir às responsabilidades, porque o tempo é inflexível e porque o trabalho que nos compete não será transferido a ninguém", informou a educadora. Hilário, muito interessado na con­versação, lembrou a tese do limbo, destinado aos inocentes segundo a teologia clássica, e referiu que, em face das novas concepções do Es­piritualismo, pensava-se que a criança desencarnada retomasse, de ime­diato, a sua personalidade de adulto... "Em muitas ocasiões, é o que acontece – esclareceu Blandina –; quando o Espírito já alcançou ele­vada classe evolutiva, assumindo o comando mental de si mesmo, adquire o poder de facilmente desprender-se das imposições da forma, superando as dificuldades da desencarnação prematura". E ela disse que muitos renascem na Terra por brevíssimo prazo, simplesmente com o objetivo de acordar corações queridos para a aquisição de valores morais, reco­brando, logo após a desencarnação, a apresentação que lhes é costu­meira. Para a grande maioria das crianças desencarnadas o caminho não é, contudo, o mesmo. Almas ainda encarceradas no automatismo incons­ciente, acham-se relativamente longe do autogoverno e são conduzidas pela Natureza, à maneira das criancinhas no colo materno. Não sabendo desatar os laços que as aprisionam aos rígidos princípios que orientam o mundo das formas, exigem tempo para se renovarem no justo desenvol­vimento. É por isso que não podemos prescindir dos períodos de recu­peração para quem se afasta do corpo denso, na fase infantil, de vez que, depois do conflito biológico da reencarnação ou da desencarnação, para quantos se acham nos primeiros degraus da conquista de poder men­tal, o tempo deve funcionar como elemento indispensável de restaura­ção. E a variação desse tempo dependerá da aplicação pessoal do apren­diz à aquisição de luz interior, através do próprio aprimoramento mo­ral. (Cap. X, págs. 64 e 65) (Continua no próximo número.)
 


 


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