As
ideias
espíritas
As
ideias
espíritas
vêm
ratificar
as
palavras
de Jesus
e
retificar
tudo
aquilo
que o
homem
acrescentou
indevidamente
às
ideias
cristãs
"Penhor
de ordem
e
tranquilidade,
as
ideias
espíritas,
pela sua
influência,
tornam
melhores
os
homens
uns para
com os
outros,
menos
ávidos
das
coisas
materiais
e mais
resignados..."
(Allan
Kardec)
Explica
o
ínclito
Mestre
Lionês
(1):
"Fora
presumir
demais
da
natureza
humana
supor
que ela
possa
transformar-se
de
súbito,
por
efeito
das
ideias
espíritas.
A ação
que
estas
exercem
não é
certamente
idêntica,
nem do
mesmo
grau, em
todos os
que as
professam.
Mas o
resultado
dessa
ação,
qualquer
que
seja,
ainda
que
extremamente
fraco,
representa
sempre
uma
melhora.
Será,
quando
menos, o
de dar a
prova da
existência
de um
mundo
extracorpóreo,
o que
implica
a
negação
das
doutrinas
materialistas.
Isto
deriva
da só
observação
dos
fatos,
porém,
para os
que
compreendam
o
Espiritismo
filosófico
e nele
vêm
outra
coisa
que não
somente
fenômenos
mais ou
menos
curiosos,
diversos
são os
seus
efeitos:
O
primeiro
e mais
geral
consiste
em
desenvolver
o
sentimento
religioso
até
naquele
que, sem
ser
materialista,
olha com
absoluta
indiferença
para as
questões
espirituais.
Daí lhe
advém o
desprezo
pela
morte.
Não
dizemos
o desejo
de
morrer;
longe
disso,
porquanto
o
espírita
defenderá
sua vida
como
qualquer
outro,
mas uma
indiferença
que o
leva a
aceitar,
sem
queixa,
nem
pesar,
uma
morte
inevitável,
como
coisa
mais de
alegrar
do que
de
temer,
pela
certeza
que tem
no
estado
que se
lhe
segue.
O
segundo
efeito,
quase
tão
geral
quanto o
primeiro,
é a
resignação
nas
vicissitudes
da vida.
O
Espiritismo
dá a ver
as
coisas
de tão
alto
que,
perdendo
a vida
terrena
três
quartas
partes
da sua
importância,
o homem
não se
aflige
tanto
com as
tribulações
que a
acompanham.
Daí,
mais
coragem
nas
aflições,
mais
moderação
nos
desejos;
daí,
também,
o
banimento
da ideia
de
abreviar
os dias
da
existência.
Por isso
que a
ciência
Espírita
ensina
que,
pelo
suicídio,
sempre
se perde
o que se
queria
ganhar.
A
certeza
de um
futuro,
que
temos a
faculdade
de
tornar
feliz, a
possibilidade
de
estabelecermos
relações
com os
entes
que nos
são
caros
oferecem
ao
espírita
suprema
consolação.
O
horizonte
se lhe
dilata
ao
infinito,
graças
ao
espetáculo
a que
assiste
da vida
de
além-túmulo,
cujas
misteriosas
profundezas
lhe é
dado
sondar.
O
terceiro
efeito é
o de
estimular
no homem
a
indulgência
para com
os
defeitos
alheios.
Todavia,
cumpre
dizê-lo,
o
princípio
egoísta
e tudo
que dele
decorre
são o
que há
de mais
tenaz no
homem e,
por
conseguinte,
de mais
difícil
de
desarraigar.
Toda
gente
faz
voluntariamente
sacrifícios,
contanto
que nada
custem e
de nada
privem.
Para a
maioria
dos
homens,
o
dinheiro
tem
ainda
irresistível
atrativo
e bem
poucos
compreendem
a
palavra
‘supérfluo’,
quando
de sua
pessoa
se
trata.
Por isso
mesmo,
a
abnegação
da
personalidade
constitui
sinal de
grandíssimo
progresso.
Perguntam
algumas
pessoas:
Ensinam
os
Espíritos
qualquer
moral
nova,
qualquer
coisa
superior
ao que
disse o
Cristo?
Se a
moral
deles
não é
senão a
do
Evangelho,
de que
serve o
Espiritismo?
Este
raciocínio
se
assemelha
notavelmente
ao do
califa
Omar,
com
relação
à
biblioteca
de
Alexandria:
"Se
ela não
contém,
dizia
ele,
mais do
que está
no
Alcorão,
é
inútil.
Logo,
deve ser
destruída.
Se
contém
coisa
diversa,
é
nociva.
Logo,
também
deve ser
queimada".
Não,
o
Espiritismo
não traz
moral
diferente
da de
Jesus.
Mas,
perguntamos,
por
nossa
vez:
Antes
que
viesse o
Cristo,
não
tinham
os
homens a
lei dada
por Deus
a
Moisés?
A
Doutrina
do
Cristo
não se
acha
contida
no
Decálogo?
Dir-se-á,
por
isso,
que a
moral de
Jesus
era
inútil?!
Perguntaremos,
ainda,
aos que
negam
utilidade
à moral
espírita:
Por
que tão
pouco
praticada
é a do
Cristo?
E
por que,
exatamente
os que
com
justiça
lhe
proclamam
a
sublimidade,
são os
primeiros
a
violar-lhe
o
preceito
capital:
o da
caridade
universal?
Os
Espíritos
vêm não
só
confirmá-la,
mas
também
mostrar-nos
a sua
utilidade
prática.
Tornam
inteligíveis
e
patentes
verdades
que
haviam
sido
ensinadas
sob a
forma
alegórica.
E,
justamente
com a
moral,
trazem-nos
a
definição
dos mais
abstratos
problemas
de
psicologia.
“Jesus
veio
mostrar
aos
homens o
caminho
do
verdadeiro
bem”.
As
ideias
espíritas
vêm
ratificar
as
palavras
de Jesus
e
retificar
tudo
aquilo
que, por
egoísmo
e
interesses
subalternos
o homem
acrescentou
às
ideias
cristãs.
Espiritismo
é o
Cristianismo
redivivo,
puro e
cristalino
tal qual
Jesus
lecionou.
Referências:
(1)
KARDEC,
Allan.
O
Livro
dos
Espíritos.
88.
ed. Rio:
FEB,
2006,
Conclusão,
tomos
VII e
VIII.