WALDENIR
APARECIDO CUIN
wacuin@ig.com.br
Votuporanga, São
Paulo (Brasil)
Amor e ódio
“Sai, cada dia,
de ti mesmo, e
busca sentir a
dor do vizinho,
a necessidade do
próximo, as
angústias do teu
irmão e ajuda
quanto possas.”
- (Emmanuel,
Fonte Viva,
item 143,
psicografia de
Francisco
Cândido Xavier).
As horas de cada
dia são sempre
as mesmas,
contam com
sessenta minutos
que podemos
transformar em
notáveis
oportunidades de
serviço em favor
do próximo e da
nossa felicidade
ou
direcioná-los,
inadequadamente,
na criação de
infortúnios e
aflições. A
força que usamos
para socorrer é
a mesma que
utilizamos para
ferir,
obviamente. Tudo
vai depender da
direção que
dermos a ela.
A mão que
gentilmente
oferece uma
flor, gerando
simpatia e
gratidão,
mudando de rumo,
pode agredir,
fazendo nascer
uma situação de
sofrimento e
desagrado.
Agindo com amor,
ante os
desequilíbrios
de um familiar
que insiste em
nos causar
problemas,
amenizaremos o
conflito;
atuando com
ódio, estaremos
colocando mais
combustível na
fogueira dos
desentendimentos.
Agindo com amor,
compreenderemos
as dores que
torturam aqueles
que seguem pela
vida num clima
de insatisfação;
atuando com
ódio,
contribuiremos
para que seus
males cresçam.
Agindo com amor,
saberemos como
amparar uma
criança que
caminha dentro
da indiferença e
do abandono;
atuando com
ódio, apenas
veremos nela um
futuro
delinquente com
potencialidades
para o crime.
Agindo com amor,
observaremos o
desempregado
como alguém que
se esforça para
obter nova
ocupação;
atuando com
ódio,
identificaremos
nele um
desocupado e
vadio a pesar na
economia da
comunidade.
Agindo com amor,
teremos a
oportunidade de
reconhecer as
dificuldades da
mãe que, na
escassez de
recursos, não
consegue
alimentar
devidamente seus
filhos; atuando
com ódio, nossa
visão obscura a
identificará
como alguém a
enegrecer o
quadro social.
Agindo com amor,
reconheceremos a
necessidade de
contribuir para
a melhoria da
sociedade;
atuando com
ódio,
transferiremos a
responsabilidade
de fazer um
mundo melhor
apenas para os
que governam.
Agindo com amor,
utilizaremos
nossas horas de
folga para
servir aos
necessitados;
atuando com
ódio, gastaremos
todo o nosso
tempo criando
problemas e
aflições para
nós mesmos.
Agindo com amor,
em quaisquer
circunstâncias,
reuniremos
plenas condições
de viver em paz,
laborando para a
construção da
nossa
felicidade;
atuando com
ódio,
plantaremos as
sementes do
sofrimento,
fazendo nascerem
os espinheiros
da dor que se
responsabilizarão
pelas nossas
amarguras.
Amar ou odiar...
A deliberação
será sempre de
cada um, pois
temos total
liberdade de
escolha.
A mesma força
que utilizamos
para amar,
mudando de
direção, dentro
da nossa
preferência,
podemos usá-la
para odiar, e,
dentro da
expressão
evangélica: “é
dando que se
recebe”, não
teremos dúvida
em concluir,
conhecendo a lei
de “Ação e
reação” ou de
“causa e
efeito”, quais
serão os
reflexos que
vamos colher.
Amor e ódio
caminham muito
próximos. O
primeiro nos
colocará na
plenitude do
equilíbrio e do
bem-estar, o
segundo nos
situará na
plataforma dos
desajustes e da
dor. Obviamente,
a decisão é
nossa.