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Clássicos do Espiritismo
Ano 3 - N° 131 - 1o de Novembro de 2009

ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 


A Evolução Anímica

  Gabriel Delanne

 (Parte 10)

Damos continuidade nesta edição ao estudo do clássico A Evolução Anímica, que será aqui estudado em 17 partes. A fonte do estudo é a 8ª edição do livro, baseada em tradução de Manoel Quintão publicada pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Há alguma prova direta do papel do perispírito na conservação das lembranças do que ocorre ao homem?

Sim. A prova disso é a manifestação da alma após a morte, a qual se nos revela dotada de todas as faculdades e lembranças, não apenas de sua última encarnação, mas abrangendo longos períodos pretéritos. (A Evolução Anímica, pp. 130 e 131.) 

B. Onde se forma a biblioteca do ser pensante, esse tesouro chamado inconsciente?

É no perispírito que se forma essa biblioteca de informações e reminiscências pertinentes às existências do ser pensante, do qual elas podem emergir em dado momento, ou seja, transitar do inconsciente para o consciente. (Obra citada, pág. 133.) 

C. Em que consiste a memória?

A memória é o fulcro, o alicerce da vida mental e compreende três coisas: a conservação de certos estados, sua reprodução e sua localização no passado. Na velha psicologia, só o terceiro termo constituía a memória, mas se comprovou indispensável admitir o inconsciente, ou seja, as lembranças não mais percebidas pelo eu normal e que, no entanto, subsistem. (Obra citada, pp. 135 e 136.)

Texto para leitura 

100. O Espírito não conhece diretamente o mundo exterior. Entaipado num corpo material, não percebe os objetos senão pelos sentidos. Ora, a luz e o som só lhe chegam sob a forma de vibrações, diferentes segundo a cor, para a vista, e segundo a intensidade, para o som. Ele dá um nome a tal ou qual natureza de vibrações, mas não conhece intrinsecamente a luz nem o som. Já houve quem comparasse a célula psíquica ao fósforo, que, depois de sofrer a ação da luz, permanece luminoso na obscuridade. Delanne prefere, no entanto, compará-la à placa sensível, que, impressionada pela luz, conserva para sempre, graças a uma reação química, fixo e indelével, o traço da excitação luminosa. (Págs. 128 e 129)  

101. Todo o mundo, diz Delanne, está de acordo em que as modificações produzidas nas células são permanentes. Delboeuf afirma: “Toda impressão deixa um traço inapagável, isto é: uma vez diversamente dispostas e forçadas a vibrar de outro modo, as moléculas jamais retornarão ao estado primitivo”. Richet assevera: “Assim como na natureza não há, jamais, perda de energia cósmica, mas, apenas, transformação incessante, assim também nada se perde do que abala o espírito humano. É a lei de conservação da energia, sob um ponto de vista diferente”. (Págs. 129 e 130)  

102. É fato averiguado que a repetição de palavras e frases de um idioma acaba por tornar-se uma operação automática para o Espírito. O que sucede com a linguagem ocorre com qualquer outra aquisição intelectual. Em todos nós, a tábua de multiplicação tornou-se automática, e, contudo, começamos por decorá-la conscientemente. Esses fatos colocam-nos em face do problema ora focalizado: a ressurreição das lembranças prístinas, a despeito da renovação integral e global das células. Se não houvesse perispírito, que é que imprimiria nas novas células o antigo movimento? É no perispírito, pois, que reside a conservação do movimento e damos como prova direta disso a manifestação da alma após a morte, a qual se nos revela dotada de todas as faculdades e lembranças, não apenas de sua última encarnação, mas abrangendo longos períodos pretéritos. (Págs. 130 e 131)  

103. Condições da percepção – Para que uma sensação seja percebida, isto é, para que se torne um estado consciencial, duas condições são indispensáveis: a intensidade e a duração. (Pág. 132)  

104. A intensidade é condição muito variável, mas faz-se preciso um mínimo de intensidade para que se verifique a percepção, porque não ouvimos, por exemplo, os sons muito brandos. É por não guardarem intensidade constante que as percepções diminuem insensivelmente, até não mais poderem ficar presentes no espírito, caindo assim “abaixo dos domínios da consciência”.  (Pág. 132)  

105. A duração, ou o tempo necessário para que uma sensação seja percebida, ou melhor, para que o Espírito tome conhecimento do movimento perispiritual, foi determinada há uma trintena de anos para as diversas percepções. Se bem que os resultados variem conforme as pessoas, as circunstâncias e a natureza dos atos psíquicos estudados, ficou pelo menos estabelecido que cada ato psíquico requer uma duração apreciável e que a pretensa velocidade infinita do pensamento não passa de metáfora. Fique claro, pois, que toda ação nervosa, cuja duração seja inferior à requerida pela ação psíquica, não pode despertar a consciência. Assim, para que uma sensação se torne consciente é imprescindível que o movimento perispiritual tenha uma certa duração; sem isso o registro se fará, sem que a alma tenha dele conhecimento. (Pág. 132)  

106. Gravam-se, pois, no perispírito as sensações com uma certa durabilidade; mas elas não permanecem no campo da consciência. Desaparecem, momentaneamente, para dar lugar a outras e tornam-se, por assim dizer, inconscientes. A mesma coisa dá-se em relação a tudo que temos visto, lido e aprendido. Por conseguinte, nossa alma cria, desde o nascimento, uma reserva imensa de sensações, volições, ideias, uma vez que o mecanismo mediante o qual a alma atua sobre a matéria é igualmente mantido no invólucro fluídico. Cada painel contemplado, cada leitura que fazemos, deixa em nós um traço. As ideias ligam-se e entrosam-se por lei de associação, que também prevalece para as sensações e percepções. O território em que se escalonam esses materiais é o perispírito. É nele que se forma a biblioteca do ser pensante, esse tesouro que denominamos o inconsciente. (Pág. 133)  

107. O eu, o único ser que pode conhecer e compreender, é sempre ativo e operante; mas tudo o que aprende e sente classifica-se mecanicamente, em virtude da diminuição de intensidade e temporariedade das impressões, sob a forma de movimentos no seu invólucro, prontas a reaparecer ao primeiro apelo da vontade. O inconsciente pode ser movido também pelo trabalho do Espírito durante o sono. Os atos psíquicos que se produzem sem a intervenção do corpo físico não têm, contudo, a intensidade suficiente para se tornarem conscientes no estado normal. (Pág. 134)  

108. Reitor do corpo e guarda dos estados conscienciais, o perispírito está, assim, em constante movimento, determinando o ritmo incessante das ações vitais da vida vegetativa e orgânica e o correspondente a outras modalidades psíquicas da alma consciente, inclusive as correspondentes aos estados passados. (Pág. 135)  

109. A memória é o fulcro, o alicerce, da vida mental e compreende três coisas: a conservação de certos estados, sua reprodução e sua localização no passado.  Na velha psicologia, só o terceiro termo constituía a memória, mas se comprovou indispensável admitir o inconsciente, ou  seja, as lembranças não mais percebidas pelo eu normal e que, no entanto, subsistem. (Págs. 135 e 136)  

110. O instinto, dizem, é ato hereditário específico, o que implica a existência de uma memória hereditária, memória orgânica, que sabemos residir no perispírito. Eis o mecanismo dessa operação: 1o. – Há na vida orgânica, primariamente, fenômenos automáticos dependentes da vida em si mesma e que começam e acabam com ela: são os movimentos do coração os respiratórios. 2o. – Em seguida temos toda uma série de ações reflexas: o melhor tipo a apresentar desses reflexos é o conjunto dos fenômenos da digestão, que são a consequência do movimento inicial da deglutição. 3o. – Uma excitação exterior provoca movimentos reflexos de reação que buscam uma melhor adaptação do ser vivente ao seu meio, seja por defender-se, fugir ou buscar. Essas ações, que eram primitivamente voluntárias, tornaram-se instintivas, por efeito de repetições inumeráveis. 4o. – Também se produzem conjuntos de movimentos musculares pela simples ação da vontade e que requerem quantidade enorme de ações reflexas apropriadas, a revelarem uma técnica inteiramente desconhecida do Espírito. (Págs. 136 e 137) (Continua no próximo número.)



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita