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Joias da poesia contemporânea
Ano 3 - N° 131 - 1o de Novembro de 2009
 

 

Pensamentos espíritas

 Casimiro Cunha

 

Dobram sinos a finados,

Com mágoa e desolação...

Porque não sabem que a morte

É a nossa libertação.

 

Toda a esperança da fé,

Que vive com a caridade,

É realizada no mundo

Da eterna felicidade.

 

A palavra que reténs

É tua serva querida,

Mas aquela que te foge

É dona da tua vida.

 

Todo suicida presume

Que a morte é o fim do amargor,

Sem saber que o desespero

É porta para outra dor.

 

Quem sofre resignado,

Após a morte descansa.

Quem luta, sem naufragar,

Verá decerto a bonança.

 

Quem tem a flor da humildade,

Medrando no coração,

Tem o jardim das virtudes

Da suprema perfeição.

 

Volve ao Céu todo piedoso,

Coração que andas ferido!.

Deus cura todas as chagas

Do mal que tens padecido.

 

 

Casimiro Cunha, poeta vassourense, nasceu em 14 de abril de 1880 e desencarnou em 1914. Pobre e espírita confesso, não teve maior projeção no cenáculo literário do seu tempo, mau grado à suavidade da sua musa e seus inatos talentos literários. Cego aos 16 anos de idade e órfão de pai aos 7, apenas frequentou escolas primárias. O poema acima integra o Parnaso de Além-Túmulo, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita