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Estudando a série André Luiz
Ano 3 - N° 132 - 8 de Novembro de 2009

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  
 

Entre a Terra e o Céu

André Luiz

(Parte 9)

Continuamos a apresentar o estudo da obra Entre a Terra e o Céu, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Por que nem sempre recordamos o que se passa conosco durante o sono?

Segundo explicação de Clarêncio, raros Espíritos estão habilitados a viver na Terra com as visões da vida eterna. Eis por que dizem eles que nem sempre sonham. A penumbra interior é o clima que lhes é necessário. A exata lembrança pode redundar, em certos casos, em saudade mortal. (Entre a Terra e o Céu, cap. XII, pp. 75 a 77.)

B. Que nos diz o Espiritismo a respeito da lei da hereditariedade?

No círculo de matéria densa sofre a alma encarnada os efeitos da herança recolhida dos pais, entretanto, na essência, a lei da herança funciona invariavelmente do indivíduo para ele mesmo. “Detemos tão somente o que seja exclusivamente nosso ou aquilo que buscamos", diz Clarêncio. Renascemos na Terra, junto daqueles que se afinam com o nosso modo de ser. O dipsômano não ad­quire o hábito desregrado dos pais, mas sim, quase sempre, ele mesmo já se confiava ao vício do álcool, antes de renascer. Em seguida, Clarêncio fez as seguintes ponderações: "A hereditariedade é dirigida por princípios de natureza espiritual. Se os filhos encontram os pais de que precisam, os pais recebem da vida os filhos que procuram". "Nossas obras ficam conosco. Somos herdeiros de nós mesmos", asseverou o Ministro. (Obra citada, cap. XII, pp. 77 a 80.)

C. Pode o retrocesso das recordações verificar-se de improviso?

"Sem dúvida”, diz Clarêncio. A memória pode ser comparada a placa sensível que, ao influxo da luz, guarda para sempre as imagens recolhidas pelo Espírito, no curso de seus inumeráveis aprendizados dentro da vida. Cada existência de nossa alma, em determinada expressão da forma, é uma adição de experiência, conservada em prodigioso arquivo de imagens que, em se superpondo umas às outras, jamais se confundem. (Obra citada, cap. XIII, pp. 81 a 83.) 

Texto para leitura

32. De novo na Crosta terrestre - Finda a excursão ao Lar da Bênção, o grupo tornou à Crosta. Da faixa de luz solar, voltou-se, pois, à imer­são na sombra da noite, mas as primeiras cores da alvorada tingiam o distanciado horizonte. Em casa de Antonina, Clarêncio fê-la deitar-se e aplicou-lhe recursos magnéticos sobre os centros corticais. Ela de­monstrou experimentar leve e doce vertigem. Parecia que Antonina tinha sido sugada pelo corpo denso, à maneira de formosa mulher, de forma sutil e semilúcida, repentinamente engolida por bainha de sombra. Em se justapondo ao cérebro físico, perdera a acuidade mental que apre­sentara antes, mas, tendo a fisionomia calma e feliz, despertou no veículo pesado... Suas lembranças do passeio eram fugazes; só a imagem do filhinho, tema central do seu amor, lhe persistia clara e movimen­tada na memória... Tudo o mais lhe parecia acessórios fantásticos... Antonina movimentou-se, fez luz e André ouviu-a pensar, vibrante: "Oh! meu Deus, que alegria! pude vê-lo perfeitamente! quero guardar a re­cordação deste sonho divino!... Marcos, Marcos, que saudades, meu filho!..." O Ministro abeirou-se dela, acariciou-lhe a cabeça e a se­nhora restabeleceu a sombra no recinto e dormiu. Clarêncio explicou que ela não poderia guardar positivas recordações do que acontecera e, ante a surpresa de Hilário, ajuntou: "Raros Espíritos estão habilita­dos a viver na Terra, com as visões da vida eterna. A penumbra inte­rior é o clima que lhes é necessário. A exata lembrança para ela re­dundaria em saudade mortal". (Cap. XII, págs. 75 a 77) 

33. O perispírito - Clarêncio, aludindo ao caso Antonina, explicou que cada estágio na vida se caracteriza por finalidades especiais. O mel, por exemplo, é saboroso néctar para a criança, mas se ministrado com exagero torna-se importuno laxativo. "O contacto com o reino espi­ritual" – esclareceu o mentor –, "enquanto nos demoramos no envoltó­rio terrestre, não pode ser dilatado em toda a extensão, para que nossa alma não afrouxe o interesse de lutar dignamente, até o fim do corpo. Antonina lembrar-se-á de nossa excursão, mas de modo vago, como quem traz no campo vivo da alma um belo quadro de esbatidos contor­nos". Do filho desencarnado ela guardaria lembrança mais viva, para sentir-se confortada e convicta de que ele a esperava na vida maior. "Semelhante certeza ser-lhe-á doce alimento ao coração", acrescentou o Ministro que, em seguida, convidou os amigos a socorrer o ancião que os aguardava. Leonardo Pires dormia numa velha cadeira. Na fase em que se encontrava, o mentor informou que ele se subordinava a todos os fe­nômenos da existência vulgar. O repouso lhe era, pois, necessário para refazer-se. André examinou o velhinho detidamente. Seu corpo espiri­tual era semelhante ao dos outros Espíritos, mas mostrava-se tão pe­sado e tão denso como se ainda envergasse uma túnica de carne, e seu aspecto era desagradável. Clarêncio elucidou: "O psicossoma ou o pe­rispírito da definição espírita não é idêntico de maneira absoluta em todos nós, assim como, na realidade, não existem dois corpos físicos totalmente iguais. Cada criatura vive num carro celular diferente, apesar das peças semelhantes, impostas pela lei das formas. No círculo de matéria densa, sofre a alma encarnada os efeitos da herança reco­lhida dos pais, entretanto, na essência, a lei da herança funciona in­variavelmente do indivíduo para ele mesmo. Detemos tão somente o que seja exclusivamente nosso ou aquilo que buscamos". (Cap. XII, págs. 77 e 78) 

34. Somos herdeiros de nós mesmos - Clarêncio prosseguiu explicando: "Renascemos na Terra, junto daqueles que se afinam com o nosso modo de ser. O dipsômano não ad­quire o hábito desregrado dos pais, mas sim, quase sempre, ele mesmo já se confiava ao vício do álcool, antes de renascer. E há beberrões desencarnados que se aderem àqueles que se fazem instrumentos deles próprios". Depois, imprimindo grave entono à voz, ponderou: "A hereditariedade é dirigida por princípios de natu­reza espiritual. Se os filhos encontram os pais de que precisam, os pais recebem da vida os filhos que procuram". Ao ou­vir isso, André lembrou-se de alguns gênios da Humanidade que tiveram filhos monstruo­sos ou medíocres, ao que Clarêncio ajuntou: "No campo das grandes vir­tudes, os pais usam, por vezes, a compaixão reedificante, empenhando-se em tarefas de sacrifício. Temos no mundo mulheres e homens admirá­veis que, consolidando qualidades superiores na própria alma, se dispõem a buscar afetos que permanecem a distância, no passado, em tentativas heroicas de auxílio e reajustamento". Em seguida, o Minis­tro comentou com Hilário o caso Leonardo Pires, mostrando que o corpo espiritual vive conforme a vida de nossa mente. Como Leonardo entre­gara-se, demasiado, às criações interiores do tédio, ódio, desen­canto e aflição, con­densou semelhantes forças em si mesmo, coagulando-as no corpo espiritual. Eis a causa do seu aspecto escuro e pastoso. "Nossas obras ficam conosco. Somos herdeiros de nós mesmos", asseverou o Mi­nistro. Outra situação se apresentaria se Le­onardo trabalhasse, pas­sando a conjugar o verbo servir, porque o trabalho renova qualquer po­sição mental. Mas, quando não nos devotamos ao trabalho, na Crosta, mais difícil se faz a superação dos obstáculos mentais, porque a indo­lência trazida do mundo é tóxico cristalizante das ideias. "Se preten­demos possuir um psicossoma sutilizado, capaz de reter a luz dos nos­sos melhores ideais, é imprescindível descondensá-lo, pela sublimação incessante de nossa mente, que preci­sará, então, centralizar-se no es­forço infatigável do bem", aditou Clarêncio. É por isso que Deus nos concedeu a dor, a luta, a provação e o sofrimento, únicos elementos reparadores capazes de produzir em nós o reajuste necessário, quando nos pomos em desacordo com a Lei. (Cap. XII, págs. 78 a 80) 

35. Chegará a época das cirurgias psíquicas - No dia seguinte, à meia-noite e 45 minutos, o grupo tornou à casa de Anto­nina. Leonardo ali estava, acocorado a um canto, pensativo. Clarêncio e seus pupilos adensaram-se e o ancião pôde vê-los, começando, no entanto, a gritar por socorro: "Ajudai-me, por amor de Deus! Estou preso! preso!..." O Ministro indu­ziu-o à prece, mas o ancião alegou haver-se esquecido das orações que formulara no mundo, acreditando que prece só vale se deco­rada. Clarêncio orou, então, e o avô de Antonina sossegou. O mentor transmitiu-lhe depois forças magnéticas no campo cerebral e o pa­ciente, muito abatido, pendeu a cabeça sobre o peito, desgovernada e sonolenta. A corrente de força dinamizada no passe magnético arrancá-lo-ia da sombra anestesiante da amnésia, permitindo que sua memória regredisse no tempo, o que, propiciando novos informes, ajudaria a aclarar seu caso. Hilário, surpreso com o fenômeno, indagou se o re­trocesso das recordações pode verificar-se de improviso. "Sem dúvida – respondeu o instrutor –, a memória pode ser comparada a placa sen­sível que, ao influxo da luz, guarda para sempre as imagens recolhidas pelo espírito, no curso de seus inumeráveis aprendizados, dentro da vida. Cada existência de nossa alma, em determinada expressão da forma, é uma adição de experiência, conservada em prodigioso arquivo de imagens que, em se superpondo umas às outras, jamais se con­fundem". Clarêncio informou então que, em trabalhos de assistência qual aquele, "é preciso recorrer aos arquivos men­tais, de modo a produzir certos tipos de vibração, não só para atrair a presença de companheiros liga­dos ao irmão sofre­dor que nos propomos socorrer, como também para des­cerrar os escaninhos da mente, nas fibras recônditas em que ela detém as suas aflições e feridas invisíveis". "A mente, tanto quanto o corpo físico, pode e deve sofrer intervenções para ree­quilibrar-se", acres­centou Clarêncio, que previu que mais tarde a Ciência evolveria em ci­rurgia psíquica, tanto quanto então já avançara em técnica operatória. "No grande futuro, o médico terrestre desentranhará um labirinto men­tal, com a mesma facilidade com que atualmente extrai um apêndice con­denado", asseverou o mentor. (Cap. XIII, págs. 81 a 83) (Continua no próximo número.)
 


 


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