WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual
Capa desta edição
Edições Anteriores
Adicionar
aos Favoritos
Defina como sua Página Inicial
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco
 
Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 132 - 8 de Novembro de 2009

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, Minas Gerais (Brasil)


Os pratos da balança divina

"Verdadeiramente caridoso só o é o homem que pensa nos outros
antes de pensar em si" Allan Kardec (1)


É bastante significativo o flagrante testemunhado por Jesus quando uma pobre viúva colocou o seu pequeno e insignificante óbolo no gazofilácio do Templo de Jerusalém; óbolo esse que espiritualmente valeu mais do que as fortunas ali colocadas pelos ricos, vez que estes ofereciam do que lhes abundava, enquanto que ela abria mão do recurso com o qual proveria o seu próprio sustento naquela ocasião. 

A caridade que é o único caminho que podemos tomar na direção de nossa alforria espiritual é democraticamente acessível a todos, e os “considerandos” divinos não levam em conta em suas apreciações a questão quantitativa do desempenho, mas tão-somente a qualitativa e sacrificial.  Com isso entendemos que mais expressivo e valioso é o óbolo de quem se sacrifica para oferecê-lo do que o de a quem nada custou oferecê-lo, já que se constituiu das sobras que abundavam. 

A Parábola dos Talentos é também bastante elucidativa ao nos mostrar que mais em conta é levado o empenho em multiplicá-los do que propriamente a quantidade dos talentos que dispomos para o trabalho da caridade.  Não existe equanimidade maior na distribuição das possibilidades de ascensão e alforria espirituais. Todos nós, sem exceção, podemos lograr o desiderato maior assinado por Deus para as Suas criaturas, desde que cada um de nós nos empenhemos para tal. 

Ensina o Mestre Lionês (1): 

(...) Aqueles cuja intenção está isenta de qualquer ideia pessoal, devem consolar-se da impossibilidade em que se veem de fazer todo o bem que desejariam, lembrando-se de que o óbolo do pobre, do que dá privando-se do necessário, pesa mais na balança de Deus do que o ouro do rico que dá sem se privar de coisa alguma. 

Grande seria realmente a satisfação do primeiro, se pudesse socorrer, em larga escala, a indigência; mas, se essa satisfação lhe é negada, submeta-se e se limite a fazer o que possa. Aliás, será só com o dinheiro que se podem secar lágrimas, e dever-se-á ficar inativo, desde que se não tenha dinheiro? Todo aquele que sinceramente deseja ser útil a seus irmãos, mil ocasiões encontrará de realizar o seu desejo. Procure-as e elas se lhe depararão; se não for de um modo, será de outro, porque ninguém há que, no pleno gozo de suas faculdades, não possa prestar um serviço qualquer, prodigalizar um consolo, minorar um sofrimento físico ou moral, fazer um esforço útil. Não dispõem todos, à falta de dinheiro, do seu trabalho, do seu tempo, do seu repouso, para de tudo isso dar uma parte ao próximo? Também aí está a dádiva do pobre, o óbolo da viúva. 

Um Espírito Protetor conta (2) uma interessante história do outro mundo, que elucida de maneira magistral toda esta questão: 

“Dois homens acabavam de morrer... Dissera Deus:   

“Enquanto esses dois homens viverem, deitar-se-ão em sacos diferentes as boas ações de cada um deles, para que por ocasião de sua morte sejam pesadas”.  

Quando ambos chegaram aos últimos momentos, mandou Deus que lhe trouxessem os dois sacos. Um estava cheio, volumoso, atochado, e nele ressoava o metal que o enchia; o outro era pequenino e tão vazio que se podiam contar as moedas que continha. Este o meu, disse um, reconheço-o; fui rico e dei muito. Este o meu, disse o outro, sempre fui pobre, oh! Quase nada tinha para repartir. Mas, para surpresa geral, postos na balança os dois sacos, o mais volumoso se revelou leve, mostrando-se pesado o outro, tanto que fez se elevasse muito o primeiro no prato da balança. Deus, então, disse ao rico:  

“Deste muito, é certo, mas deste por ostentação e para que o teu nome figurasse em todos os templos do orgulho e, ao demais, dando, de nada te privaste. Vai para a esquerda e fica satisfeito com o te serem as tuas esmolas contadas por qualquer coisa”. 

Depois, disse ao pobre: “Tu deste pouco, meu filho; mas cada uma das moedas que estão nesta balança representa uma privação que te impuseste; não deste esmolas, entretanto, praticaste a caridade, e, o que vale muito mais: fizeste a caridade naturalmente, sem cogitar de que te fosse levada em conta; foste indulgente; não te constituíste juiz do teu semelhante; ao contrário, todas as suas ações lhe relevaste: passa à direita e vai receber a tua recompensa”. 

Aí temos um riquíssimo material para profundas e adequadas reflexões!...

 

Referências:             

(1) KARDEC, Allan. O Evangelho seg. o Espiritismo. 125. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2006, cap. XIII, item 6.

(2) KARDEC, Allan. O Evangelho seg. o Espiritismo. 125. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2006, cap. XIII, item 15.


 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita