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Clássicos do Espiritismo
Ano 3 - N° 134 – 22 de Novembro de 2009

ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
 

A Evolução Anímica

  Gabriel Delanne

 (Parte 13)

Damos continuidade nesta edição ao estudo do clássico A Evolução Anímica, que será aqui estudado em 17 partes. A fonte do estudo é a 8ª edição do livro, baseada em tradução de Manoel Quintão publicada pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. De onde vem a força vital que se contém no gérmen?

No gérmen que deve constituir mais tarde o indivíduo – gérmen formado pelo ovo fecundado – reside uma potência inicial que é resultante da soma das potências vitais dos genitores no instante da procriação. Empregando a linguagem da Mecânica, podemos dizer que o gérmen encerra uma energia potencial que se transforma em energia atual para o curso todo da existência. A força vital é, portanto, uma energia de capacidade variável, conforme a sua intensidade primitiva e as circunstâncias em que se desenvolve. (A Evolução Anímica, pág. 188.) 

B. O perispírito exerce algum papel nas modificações por que passa o embrião na fase gestatória?

Sim. No ser humano, o embrião reproduz, mediante rápida evolução, todos os seres pelos quais passou a raça. Todos nós fomos, portanto, no ventre materno, monera, molusco, peixe, réptil, quadrúpede, homem, enfim. Deve-se à influência do perispírito, atuando na matéria, a rapidez dessa evolução embrionária. A força vital contida no gérmen anima o perispírito e este desenvolve as leis que nele estão gravadas. A força vital foi, porém, mais ou menos modificada pelos genitores e são essas modificações parciais que se vão reproduzir no novo ser, uma vez que a matéria física tem de ser organizada pelo perispírito, segundo a influência da força vital. (Obra citada, pág. 191.) 

C. Em que momento se inicia a união de alma e corpo?

Essa união – como se vê em “O Livro dos Espíritos”, Parte 2a, cap. VII – começa na concepção, mas só se completa no instante do nascimento. O invólucro fluídico é que liga o Espírito ao gérmen e essa ligação vai-se adensando e torna-se mais íntima a pouco e pouco, até que se completa quando a criança vem à luz. No período intercorrente, desde a concepção até o nascimento, o movimento vibratório do perispírito vai-se diminuindo pouco a pouco, até que, não atingido o mínimo perceptível, o Espírito fica quase totalmente inconsciente. Dessa diminuição de amplitude do movimento fluídico é que resulta o esquecimento. (Obra citada, pág. 192.) 

Texto para leitura 

133. Após tecer comentários em torno do caso, Delanne assevera: “Há muito que os desencarnados nos revelaram estas leis, e só hoje podemos delas facultar a prova material. Pois bem: a prova aí está feita, agora, mais uma vez, para que se reconheça que os ensinos espíritas estão de acordo com a ciência”. (Pág. 180)  

134. Encerrando o cap. IV da obra em apreço, Delanne diz: I – O Espírito está, durante a encarnação, tão intimamente ligado ao corpo por meio do perispírito, que toda e qualquer modificação mórbida, na célula nervosa do cérebro, equivale a uma alteração das faculdades espirituais. II – No estado normal, as sensações alteram a natureza do movimento vibratório da força psíquica, e se essa modificação for acentuada, isto é, se os mínimos de intensidade e duração forem ultrapassados, a sensação registra-se no perispírito de maneira consciente e haverá percepção, o que vale dizer que o Espírito tomará conhecimento do que se passa. III – É assim que se gravam em nós os estados da consciência: é a memória de fixação. Mas todas as sensações, como todas as recordações, não podem existir simultaneamente, por causa do enfraquecimento do seu próprio ritmo, que as faz descer abaixo do mínimo de perceptibilidade e, assim, entrar pouco a pouco no inconsciente. IV – Os atos da vida vegetativa e orgânica hão sido conservados no perispírito por essa maneira, durante a evolução da alma através da série de formas inferiores. Em cada encarnação adquirimos hábitos que acabam tornando-se semi-intelectuais, semiorgânicos, como escrever, esgrimir, nadar, falar. V – Esses movimentos foram originariamente conscientes, desejados. Depois, a repetição constante criou um hábito. Formaram-se associações dinâmicas estáveis no perispírito com os movimentos fundamentais e que, à força de repetição, acabaram tornando-se inconscientes. VI – O estudo do Espírito tem de ser feito, portanto, abrangendo seus dois aspectos: um, ativo, que é o da alma propriamente dita; outro, passivo, o do perispírito, inconsciente, almoxarifado espiritual, guardião inalterável de todos os conhecimentos intelectuais e das leis orgânicas que regem o corpo físico. VII – A memória evocativa, que nos permite recordar os conhecimentos anteriores, realiza-se por meio dos pontos de referência, cuja localização no passado seja bem conhecida. Essa revivescência efetua-se pela vontade auxiliada pela atenção, que tem por objeto aumentar o movimento perispiritual e imprimir a essas imagens um mínimo de movimento vibratório, suficiente para elas se tornem conscientes. VIII – Quando as relações de corpo e alma se alteram, produz-se um novo movimento vibratório, mais rápido; a alma tem consciência das duas vidas, dos dois estados, sua memória é integral. Reaparecendo o estado primário, as sensações do secundário voltam ao inconsciente, visto já não ter a relação normal um período vibratório capaz de as fazer renascer. IX – Conclui-se, portanto, que há no perispírito zonas vibratórias de movimentos variados, a cada uma das quais correspondendo um mínimo de intensidade, que aumenta à proporção que o sono se aprofunda, isto é, à medida que a alma se desprende do corpo, do que resulta que o movimento vibratório seria máximo se completa a separação, ou seja, na morte.  (Págs. 181 a 183)  

135. A força vital – Nossa concepção sobre a força vital difere dos velhos animistas e vitalistas, por não conceituarmos o princípio vital uma entidade distinta das forças naturais, e sim, apenas, uma forma de energia que até agora não se conseguiu isolar. A Natureza opera sempre em continuidade nas manifestações sucessivas que perfazem o conjunto dos fenômenos terrestres. Já no reino mineral se torna possível encontrar o traço de uma futura vida orgânica. O cristal é quase um ser vivente, visto que difere completamente da matéria amorfa, tendo as moléculas orientadas por uma ordem geométrica, fixa. Existem nele os primeiros lineamentos da reprodução, uma vez que, mergulhando um cristal fraturado numa solução idêntica, a avaria será reparada. Delanne relata, na sequência, experiência feita pelo sr. Loir. (Págs. 185 e 186)  

136. A mais ínfima das células, lembra Delanne, contém, não diferenciados, os caracteres todos da vida: o movimento espontâneo, que o cristal jamais teve; a faculdade de assimilar a matéria e desenvolver-se; a reprodução, que se opera de moto próprio e lhe permite formar uma segunda célula; e, por fim, a evolução celular, característica essa que traça a linha divisória, absoluta, entre a matéria organizada e a matéria bruta. (Pág. 187)  

137. O corpo humano, longe de ser fixo e imutável em sua composição, varia constantemente e renova-se integralmente, mas essa renovação decresce à proporção que a idade aumenta. Ora, tendo sido constatado que as variações não poderiam provir do perispírito, por ser este inalterável, nem da matéria, por ser inerte, é lógico que só ao desaparecimento da força vital podemos atribuir a morte.  (Págs. 187 e 188)  

138. No gérmen que deve constituir mais tarde o indivíduo – gérmen formado pelo ovo fecundado – reside uma potência inicial, resultante da soma das potências vitais dos genitores no instante da procriação. Empregando a linguagem da Mecânica, podemos dizer que o gérmen encerra uma energia potencial que se transforma em energia atual para o curso todo da existência. É uma força assaz variável, segundo a natureza dos seus componentes. A força vital é, portanto, uma energia de capacidade variável, conforme a sua intensidade primitiva e as circunstâncias em que se desenvolve. (Pág. 188)  

139. A vida resulta, porém, não só de considerações semelhantes, mas também de misturas, de combinações chamadas catalíticas, em química, que são de ordem físico-química e que escapam a toda e qualquer determinação rigorosa. É que na Química, diferentemente do que se dá na Física, a combinação de duas substâncias produz uma terceira com propriedades inteiramente diferentes das duas outras, quer as tomemos separadamente, quer em conjunto. A razão disso vem do fato de que as propriedades dos corpos dependem dos movimentos atômicos de cada uma das substâncias em jogo, mas quando a combinação é perfeita o corpo dela resultante toma um movimento atômico inteiramente diverso do peculiar aos seus componentes. (Pág. 189)  

140. Nos fenômenos vitais, a complexidade é ainda maior do que nos fatos químicos propriamente ditos. Eis por que existe aí, muitas vezes, tão grande desproporção entre a causa e o efeito. O ser vivo, afirma o ilustre Baer, provém de uma célula primitivamente idêntica: o ovo primordial. Este se edifica por formação progressiva ou epigênese, consequente à proliferação da célula inicial, que forma novas células que, diferenciando-se cada vez mais, se associam em cordões, tubos, lâminas, até constituírem os diferentes órgãos. (Págs. 189 e 190)  

141. Essa estrutura vai-se complicando sucessivamente. No homem, o embrião reproduz, mediante rápida evolução, todos os seres pelos quais passou a raça. Todos nós fomos, portanto, no ventre materno, monera, molusco, peixe, réptil, quadrúpede, homem, enfim. Deve-se à influência do perispírito, atuando na matéria, a rapidez dessa evolução embrionária. A força vital contida no gérmen anima o perispírito e este desenvolve as leis que nele estão gravadas. A força vital foi, porém, mais ou menos modificada pelos genitores e são essas modificações parciais que se vão reproduzir no novo ser, uma vez que a matéria física tem de ser organizada pelo perispírito, segundo a influência da força vital. (Pág. 191)  

142. A união de alma e corpo  – como se vê em “O Livro dos Espíritos”, Parte 2a, cap. VII – começa na concepção, mas só se completa no instante do nascimento. O invólucro fluídico é que liga o Espírito ao gérmen e essa união vai-se adensando e torna-se mais íntima a pouco e pouco, até que se completa quando a criança vem à luz. No período intercorrente, desde a concepção até o nascimento, o movimento vibratório do perispírito vai-se diminuindo pouco a pouco, até que, não atingido o mínimo perceptível, o Espírito fica quase totalmente inconsciente. Dessa diminuição de amplitude do movimento fluídico é que resulta o esquecimento. (Pág. 192)  

143. O estado do princípio inteligente, nos primeiros tempos, é comparável ao do Espírito encarnado, durante o sono corporal; à medida que se aproxima o nascimento, suas ideias se obumbram, vai-se-lhe a noção do passado, do que não mais tem consciência desde que nasce na Terra. Voltando o Espírito ao espaço, a operação se verifica em sentido inverso: retomando o Espírito o seu dinamismo vibratório anterior, explícita se nos depara a restauração da sua memória. (Pág. 192) (Continua no próximo número.)


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita