MARCELO
DAMASCENO DO
VALE
marcellus.vale@gmail.com
Curitiba, Paraná
(Brasil)
Deus e
responsabilidade
“Se há doutrina
insensata e antissocial, é,
seguramente, o
niilismo que
rompe os
verdadeiros
laços de
solidariedade e
fraternidade, em
que se fundam as
relações
sociais.” (O
Céu e o Inferno
– Capítulo 1,
Item 2.)
“Todos somos
livres na
escolha das
nossas crenças;
podemos crer em
alguma coisa ou
em nada crer,
mas aqueles que
procuram fazer
prevalecer no
espírito das
massas, da
juventude
principalmente,
a negação do
futuro,
apoiando-se
na
autoridade do
seu saber e no
ascendente da
sua posição,
semeiam na
sociedade
germens de
perturbação e
dissolução,
incorrendo
em
grande
responsabilidade.”
(O Céu e o
Inferno –
Capítulo 1, Item
4.)
Existe uma
afirmação no
capítulo VII de
O Evangelho
segundo o
Espiritismo
que compara o
ser humano
dotado de
inteligência e
que dissemina a
descrença em
Deus com um
lavrador que
bate em seu
patrão com a
enxada a qual
este lhe
forneceu para
que aquele
executasse seu
trabalho.
Recentemente
esteve no
Brasil, na feira
literária de
Parati de 2009,
o zoólogo,
evolucionista e
badalado
escritor Richard
Dawkins, um dos
mais famosos
escritores
modernos que se
destacou ao
defender a
inexistência de
Deus em sua obra
“Deus, um
delírio”. É o
maior exemplo da
atualidade de
pregação do
ceticismo e do
niilismo,
levando
criaturas, a
partir de um
determinado grau
cultural e/ou
científico, ao
desprezo da
existência de
Deus,
passando a
viver, ou
encontrando
nesta ideia
incorreta uma
justificativa para
o vale-tudo
moderno.
Nos últimos 150
anos desde a
publicação da
obra “A Origem
das Espécies”,
por Charles
Darwin,
cientistas
apressados,
pesquisadores
levianos e
outros
descrentes por
falta de opção,
apressaram-se em
determinar que
Deus não existe
(outros, que
estava “morto”),
em virtude da
teoria da
evolução
derrubar o dogma
mitológico da
criação de
Adão.
Enquanto os
Criacionistas
modernos
elaboraram a
teoria do Design
Inteligente para
tentar responder
às lacunas do
neodarwinismo, a
Doutrina
Espírita, na
vanguarda do
conhecimento, já
havia lançado,
desde 1857, o
“Criacionismo
Evolutivo”,
admitindo que
Deus se utiliza
da Evolução para
aperfeiçoar o
princípio
inteligente, o
qual é Criação
do Ser Soberano.
Descrer de Deus
é descrer de
nossa própria
importância. É
navegar sem rumo
na regata da
vida. Enquanto
ignora, ou se
faz de forte, o
orgulhoso pode
justificar sua
descrença na
vida futura.
Se não existe um
criador, uma
inteligência
superior, a vida
é um acaso e se
extingue,
fatalmente, com
a desintegração
do corpo. Essa
conclusão gera a
busca
desenfreada das
sensações, do
gozo, a exaustão
das forças, não
importando o
preço, muito
menos suas
consequências.
Se nós cremos em
Deus, se
acreditamos em
nossa
imortalidade,
vivamos, hoje,
como criaturas
eternas, as
quais o sopro
renovador da
morte
apresentará
novas paisagens
de serviço e de
amor.
Para nós que
desejamos
tornamo-nos
instrumentos do
Alto, na
divulgação e
vivência do bem,
utilizemos com
carinho e
responsabilidade
o talento da
inteligência,
não incorrendo
em erros
infelizes por
observação
incompleta ou
conclusão
precipitada.
Vivamos a
certeza da
imortalidade.
Vivamos a nossa
eternidade
hoje.
Recebamos, com o
coração aberto,
a mensagem de
Ferdinando,
Espírito
protetor, em
O Evangelho
segundo o
Espiritismo,
capítulo VII,
item 13:
“Se Deus, em
seus desígnios,
vos fez nascer
num meio onde
pudestes
desenvolver a
vossa
inteligência, é
que quer a
utilizeis para o
bem de todos; é
uma missão que
vos dá,
pondo-vos nas
mãos o
instrumento com
que podeis
desenvolver, por
vossa vez, as
inteligências
retardatárias e
conduzi-las a
ele”.
E ainda com
Kardec,
acolhamos em
nosso coração a
observação
carinhosa feita
em comentário no
capítulo I, de
O Céu e o
Inferno:
“A morte só
destruirá o
corpo, que
deixarei como
fato usado, mas
o meu Espírito
viverá. Serei na
vida futura
aquilo que eu
próprio houver
feito de mim
nesta vida; do
que nela puder
adquirir em
qualidades
morais e
intelectuais
nada perderei,
porque será
outro tanto de
ganho para o meu
adiantamento;
toda a
imperfeição de
que me livrar
será um passo a
mais para a
felicidade. A
minha felicidade
ou infelicidade
depende da
utilidade ou
inutilidade da
presente
existência”.