Uma leitora do Rio de
Janeiro, reportando-se ao
que Kardec escreveu em O
Livro dos Médiuns,
pergunta se a maleabilidade
que caracteriza os chamados
médiuns maleáveis se
deve ao Espírito ou ao
próprio médium. E pergunta
também, no tocante aos
médiuns exclusivos,
se Divaldo Franco poderia
ser assim classificado.
Allan Kardec escreveu no
cap. XVI, item 192, da obra
citada, o seguinte:
Médiuns maleáveis:
aqueles cuja faculdade se
presta mais facilmente aos
diversos gêneros de
comunicações e pelos quais
todos os Espíritos, ou quase
todos, podem manifestar-se,
espontaneamente, ou por
evocação. "Esta espécie de
médiuns se aproxima muito da
dos médiuns sensitivos."
Médiuns exclusivos:
aqueles pelos quais se
manifesta de preferência um
Espírito, até com exclusão
de todos os demais, o qual
responde pelos outros que
são chamados. "Isto resulta
sempre de falta de
maleabilidade. Quando o
Espírito é bom, pode
ligar-se ao médium, por
simpatia, ou com um intento
louvável; quando mau, é
sempre objetivando pôr o
médium na sua dependência. É
mais um defeito do que uma
qualidade e muito próximo da
obsessão."
Em face do texto acima,
nota-se que a facilidade
apresentada pelos médiuns
maleáveis diz respeito a
eles mesmos. Trata-se de uma
característica de sua
faculdade mediúnica.
Quanto aos médiuns
exclusivos, ou seja,
aqueles que têm dificuldade
em servir de intermediário a
vários Espíritos, eles assim
o são por falta da
maleabilidade citada na
definição precedente.
Trata-se mais de um defeito
do que uma qualidade.
Evidentemente, tal
conceituação não pode ser
aplicada a médiuns como
Divaldo Franco, objeto nesta
mesma revista de diversos
estudos feitos pelo confrade
Washington Luiz N.
Fernandes, nos quais se
mostra que diversos estilos
literários e temas, tanto
quanto a diversidade de
Espíritos, têm marcado suas
produções psicográficas.
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