“Como o
progresso
intelectual pode
conduzir ao
progresso moral?
– Dando a
compreensão do
bem e do mal,
pois então o
homem pode
escolher...”
(Questão 780-a,
de O Livro
dos Espíritos,
Allan Kardec.)
Segue o homem
pelas estradas
terrenas ávido
por modernidade,
na convicção de
que o avanço do
conhecimento
tão-somente
basta para que
encontre um
oásis de paz e
uma ilha de
felicidade, a
derramar o
bem-estar aos
seus pés.
O sonho de
comodidade e
conforto
persegue a
criatura humana
desde os
primórdios da
humanidade, no
entanto, em cada
época, ante os
saltos
intelectuais,
acreditava já
estar realizando
seus anseios,
mas a realidade
fria sempre
demonstrou o
equívoco e o
engano nesse
mister, pois que
o coração de
cada uma
continua aflito,
desesperado e
repleto de
angústias e
expectativas.
Assim, a
modernidade
tecnológica, o
progresso
intelectual por
si só não
oferecem o
resultado que
esperamos,
imprescindível,
portanto, pensar
também em
atender aos
apelos do
coração, isto é,
fazer avançar os
nossos
sentimentos, e,
nesse campo, não
será possível
seguir nossa
estrada sem
conhecer e
vivenciar as
sempre atuais e
imprescindíveis
lições de Jesus,
Aquele que
trouxe,
indiscutivelmente,
o mais moderno
conceito de como
encontrar a paz
e a felicidade.
Melhor, então,
aliar as
conquistas
intelectuais aos
avanços do
sentimento. O
intelecto e o
coração, juntos,
no tempo, darão
ao homem os
valores que
procura,
assegurando-lhe
o bem-estar
almejado.
Usemos a
tecnologia
disponível para
rasgarmos o
espaço, em
viagem
interplanetária,
à procura de
novas
descobertas, mas
não nos
esqueçamos de
aprofundar a
sonda da
investigação,
buscando
conhecer os
sofrimentos do
próximo para
minorar-lhe a
dor.
Aproveitemos o
avanço da
informática para
vislumbrar novos
horizontes de
conhecimentos,
mas jamais
olvidemos a
necessidade de
vasculharmos o
nosso íntimo à
caça dos
defeitos que nos
fazem mesquinhos
e pequenos,
agindo para
liquidá-los.
Mergulhemos no
fundo dos
oceanos
procurando por
novas fontes de
riqueza e
sustentação para
a humanidade,
mas nunca nos
esqueçamos de
direcionar
nossas
observações,
visando conhecer
onde moram os
tormentos e as
aflições que
empurram os
jovens pelos
desfiladeiros
dos tóxicos.
Cultivemos o
desejo sincero
de conhecer
novos ramos da
ciência, no
enriquecimento
das nossas
experiências,
mas em momento
algum descuremos
de aprender
a descobrir os
valores da
renúncia,
paciência e
resignação ante
os fatos e
situações que,
por agora,
não podemos
mudar.
Aproveitemos a
disponibilidade
de recursos
financeiros para
promover nosso
lazer e
entretenimento,
mas pensemos
também naqueles
que seguem pelos
dias na solidão
e no abandono,
sem perspectivas
de vida.
Avancemos com
arrojo pelos
campos da
política,
galgando
posições de
destaque e
realce, mas
nunca deixemos
de lado os reais
valores do
respeito,
dignidade,
disciplina e
consideração
pelo próximo,
uma vez que todo
o esforço humano
deve ser para
servir ao
próprio homem.
Assim, embora
ditos há quase
dois mil anos,
os ensinamentos
de Jesus:
“amai-vos uns
aos outros, como
vos amei”, “ama
ao próximo como
a ti mesmo”,
“faze aos outros
o que queres
para ti mesmo” e
“vinde a mim
todos vós que
sofreis, que vos
aliviarei” é o
que temos de
mais moderno.
Aliemos, então,
sem demora, todo
o avanço
tecnológico e
intelectual aos
valores do
sentimento, na
expressão
determinada do
Cristo e, sem
dúvida,
lograremos
encontrar os
princípios da
paz e da
felicidade.
Mente e coração,
aliados, esse é
o caminho, pois
fora dele nos
aguardarão as
tempestades de
dor e sofrimento
tão comuns e
frequentes em
nossos dias.
Reflitamos.