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Estudando as obras de Kardec
Ano 3 - N° 135 - 29 de Novembro de 2009

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Revue Spirite de 1864

Allan Kardec 

(Parte 24)

 
Damos prosseguimento nesta edição ao estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1864. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 26 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. A que se deve a ilusão que tantos Espíritos conservam de estarem ainda encarnados?

O assunto foi tratado pelo Espírito de Santo Agostinho, na Sociedade Espírita de Paris em 21-7-1864. Segundo esse Espírito: I) Nem tudo é provação na existência humana. II) A vida do Espírito continua desde o nascimento até o infinito: a morte nada mais é que um acidente, que em nada influi no destino do que morre. III) A morte separa o Espírito do seu invólucro material, mas o envoltório perispiritual conserva, pelo menos em parte, as propriedades do corpo morto. IV) A ilusão mencionada para alguns dura muito tempo; tal estado é uma continuidade da vida terrena, um estado misto entre a vida corporal e a vida espiritual. V) Por que - se o indivíduo foi simples e prudente - sentiria o frio do túmulo? por que passaria bruscamente da vida à morte, da claridade do dia à noite? VI) Deus não é injusto e deixa aos pobres de espírito esse prazer, esperando que vejam o seu estado pelo desenvolvimento das próprias faculdades e passem, calmos, da vida material à vida real do Espírito. (Revue Spirite de 1864, pág. 343.)

B. Essa ilusão de que continua encarnado pode ser também para o Espírito uma provação?

Sim. E penosa é ela para aqueles que passam por semelhante provação. Julgando-se vivos e bem vivos, creem eles possuir um corpo capaz de sentir e saborear os prazeres terrenos, mas, quando suas mãos os querem tocar, as mãos se dissolvem; quando querem aproximar os lábios de uma taça ou de uma fruta, os lábios se aniquilam; veem, querem tocar e nem podem sentir nem tocar. O paganismo apresenta-nos uma imagem desse suplício em Tântalo, que sente fome e sede e jamais pode tocar os lábios na fonte de água, que sussurra ao seu ouvido, ou no fruto, que amadurece para ele! Que fizeram esses infelizes para suportarem tais sofrimentos? Perguntai a Deus: é a lei, que foi escrita por ele. Quem mata à espada morrerá pela espada; quem profanou o próximo, por sua vez será profanado. (Obra citada, pp. 343 e 344.) 

C. Que nos ensina Cárita com respeito aos infortúnios alheios?

O Espírito de Cárita lembra, numa mensagem, como é importante a ajuda que prestamos aos deserdados do bem-estar social. “Os pobres, amigos, são os enviados de Deus”, afirma Cárita. “Sorride ao infortúnio, ó vós que sois ricamente dotados de todas as qualidades de coração; ajudai-me em minha tarefa; não deixeis fechar-se esse santuário de vossa alma, onde mergulhou o olhar de Deus; e um dia, quando entrardes na mãe-pátria, quando, com o olhar incerto e o passo inseguro, buscardes o vosso caminho através da imensidade, eu vos abrirei de par em par a porta do templo onde tudo é amor e caridade e vos direi: Entrai, meus amados; eu vos conheço!” (Obra citada, pp. 346 e 347.)

Texto para leitura

282. Outro fenômeno que parece ainda mais original e faz sorrir os incrédulos é o dos objetos materiais que o Espírito julga possuir. Como pode o Sr. Pierre imaginar ter dinheiro e haver pago a passagem do trem que tomou para fazer uma viagem? O fenômeno - explica Kardec - encontra solução nas propriedades do fluido perispiritual, que não passa de uma concentração do fluido cósmico ou elemento universal, uma transformação parcial, que produz o objeto que se deseja. Tal objeto para nós é uma aparência, mas para o Espírito é uma realidade. (P. 341)

283. Tudo deve estar em harmonia no mundo espiritual, como no mundo material. Aos homens são necessários objetos materiais; aos Espíritos, cujo corpo é fluídico, são necessários objetos fluídicos. Querendo fumar, o Espírito criaria um cachimbo que para ele tem a realidade de um cachimbo terrestre. É assim que se explicam as vestimentas dos Espíritos, as insígnias e as várias aparências que podem tomar os desencarnados. (PP. 341 e 342)

284. A que se deve essa ilusão que tantos Espíritos conservam, crendo-se vivos? O assunto foi tratado pelo Espírito de Santo Agostinho, na Sociedade Espírita de Paris, em 21-7-1864, o qual disse, em síntese, o seguinte: I) Nem tudo é provação na existência humana. II) A vida do Espírito continua desde o nascimento até o infinito: a morte nada mais é que um acidente, que em nada influi no destino do que morre. III) A morte separa o Espírito do seu invólucro material, mas o envoltório perispiritual conserva, pelo menos em parte, as propriedades do corpo morto. IV) A ilusão mencionada para alguns dura muito tempo; tal estado é uma continuidade da vida terrena, um estado misto entre a vida corporal e a vida espiritual. V) Por que - se o indivíduo foi simples e prudente - sentiria o frio do túmulo? por que passaria bruscamente da vida à morte, da claridade do dia à noite? VI) Deus não é injusto e deixa aos pobres de espírito esse prazer, esperando que vejam o seu estado pelo desenvolvimento das próprias faculdades e passem, calmos, da vida material à vida real do Espírito. (P. 343)

285. Nem todos que morrem subitamente caem nesse estado - lembra Santo Agostinho. Mas não há um só cuja matéria não tenha de lutar com o Espírito que se encontra. (P. 343)

286. Diferentemente - ensina o iluminado Espírito - ocorre com aqueles para os quais a ilusão quanto ao seu estado é uma provação. Oh! como ela é penosa! Julgando-se vivos e bem vivos, creem possuir um corpo capaz de sentir e saborear os prazeres terrenos, mas, quando suas mãos os querem tocar, as mãos se dissolvem; quando querem aproximar os lábios de uma taça ou de uma fruta, os lábios se aniquilam; veem, querem tocar e nem podem sentir nem tocar. Como o paganismo apresenta uma bela imagem deste suplício em Tântalo, sentindo fome e sede e jamais podendo tocar os lábios na fonte de água, que sussurra ao seu ouvido, ou no fruto, que amadurece para ele! Que fizeram esses infelizes para suportarem tais sofrimentos? Perguntai a Deus: é a lei, que foi escrita por ele. Quem mata à espada morrerá pela espada; quem profanou o próximo, por sua vez será profanado. (PP. 343 e 344)

287. Um novo suicídio atribuído às ideias espíritas pelos jornais de Marselha foi, logo em seguida, esclarecido pelo Sr. Chavaux, doutor em Medicina, que contou a Kardec, em carta transcrita pela Revue, ter sido conhecido do infeliz e seu colega de loja maçônica. Segundo o dr. Chavaux, o industrial - que se matou motivado por dificuldades financeiras -  jamais se ocupara de Espiritismo e não tinha lido nenhuma publicação sobre esta matéria. (PP. 344 e 345)

288. Em Lyon, a faculdade auditiva do capitão B... evitou que uma pessoa que ele mal conhecia se suicidasse. Foi o seu próprio filho desencarnado, do qual ele recebia frequentes comunicações, quem lhe murmurou no ouvido que determinado homem decidira suicidar-se. Arrastando-o para fora do estabelecimento onde se encontravam, o capitão revelou ao homem que sabia do seu intento e procurou, com as ideias espíritas, demovê-lo desse propósito. (PP. 345 e 346)

289. O infeliz, que fora ortopedista, agora com 76 anos de idade, tinha sido arruinado por um sócio, após o que caíra doente. Uma vez curado, ele se viu sem nenhum recurso, quando foi recolhido por uma operária pobre, criatura sublime que durante meses o alimentou. (P. 346)

290. Após fazer um resumo pungente do caso, o Espírito de Cárita mostra como é importante a ajuda que prestamos aos deserdados do bem-estar social. “Os pobres, amigos, são os enviados de Deus”, afirma Cárita. “Sorride ao infortúnio, ó vós que sois ricamente dotados de todas as qualidades de coração; ajudai-me em minha tarefa; não deixeis fechar-se esse santuário de vossa alma, onde mergulhou o olhar de Deus; e um dia, quando entrardes na mãe-pátria, quando, com o olhar incerto e o passo inseguro, buscardes o vosso caminho através da imensidade, eu vos abrirei de par em par a porta do templo onde tudo é amor e caridade e vos direi: Entrai, meus amados; eu vos conheço!” (PP. 346 e 347)

291. Kardec comenta o episódio e a mensagem, e indaga: “A quem fariam crer seja esta a linguagem do diabo?” Foi a voz do diabo que se fez ouvir ao ouvido do capitão, sob o nome de seu filho, para o advertir que o velho ia suicidar-se? (P. 347)

292. Publicada a história da pobre operária e do médico arruinado pelo sócio, vários donativos foram encaminhados a eles, através da Revue. Um deles foi enviado por um padre, que pediu ocultasse seu nome. Com o donativo, o padre enviou a Kardec uma carta. Eis um trecho desta: “À sua pergunta se nele eu reconhecia a linguagem do demônio, respondi que os nossos melhores santos não falam melhor”. “Senhor, sou um pobre padre, mas vos envio o óbolo da viúva, em nome de Jesus-Cristo, para essa brava e digna mulher.” (P. 348)

293. Kardec expõe, em um artigo especial, por que razão a Revue não assumia a periodicidade quinzenal ou mesmo semanal, como muitos lhe haviam proposto. O primeiro motivo era a multiplicidade dos trabalhos desenvolvidos pelo Codificador, cuja extensão era difícil de imaginar. O segundo motivo estava ligado à própria natureza da publicação, que era menos um jornal do que o complemento e o desenvolvimento de suas obras doutrinárias. Sendo a Revue uma obra pessoal, cuja responsabilidade ele assumira inteiramente, Kardec não desejava ser entravado por nenhuma vontade estranha, fato que forçosamente ocorreria se a periodicidade fosse alterada. (PP. 348 a 350) (Continua no próximo número.)



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita