WELLINGTON BALBO
wellington_plasvipel@terra.com.br
Bauru, São Paulo (Brasil)
Paternidade
eficaz
Antigamente,
dentro da
sociedade
patriarcal, o
papel do pai na
família era
apenas o de
provedor, que,
diga-se de
passagem, não
refletia com
exatidão a
enorme
responsabilidade
da paternidade.
Receber nos
braços para a
arte da educação
Espíritos
milenares requer
muito mais do
que polpuda
conta bancária.
É preciso para
uma paternidade
eficaz reunir
amor, coragem,
renúncia,
desprendimento e
equilíbrio.
Entretanto, os
tempos vão
viajando e as
culturas sofrem
significativas
transformações.
Se as mulheres
deixaram apenas
o papel de mãe
para
conquistarem
espaço no
mercado de
trabalho
tornando-se
executivas,
políticas,
economistas,
médicas,
secretárias, é
verdade que os
homens também
avançaram no
quesito família
e hoje, com
mérito, ocupam
espaço cada vez
maior na
educação da
prole. Fruto da
evolução humana.
Os pais modernos
sabem cozinhar,
fazer lição de
casa, lavar a
louça, beijar os
filhos...
Não que os de
antigamente não
soubessem, mas
hoje é mais
comum do que
ontem os pais
vivenciarem um
contato mais
estreito com
seus filhos.
A sociedade vem
ao longo dos
anos
acostumando-se a
enxergar pais
mais doces.
Menos sisudos,
mais amigos.
Enfim, adocicar
as atitudes sem
perder a firmeza
é um dos grandes
desafios dos
homens. Forçoso
admitir que
alguns exageram
na dose da
doçura e melecam
a vida dos
filhos. Dizem
sim sempre,
invariavelmente,
sim. Levam a
vida no polo
perigoso da não
imposição de
limites.
Se antes a
figura paterna
era sinônima de
“Não posso fazer
aquilo e é
proibido fazer
isso”, hoje o
“Sim” ganhou
espaço. Sim,
filho, você pode
fazer isso. Sim,
filho, você pode
dirigir. Sim,
filho, você pode
bebericar goles
de cerveja.
Talvez porque
trabalhem demais
para dar o BOM E
MELHOR AOS
FILHOS, os pais
modernos
sintam-se
inclinados a
satisfazer todos
os desejos de
seus rebentos,
por mais
estranhos possam
parecer.
São os polos
perigosos. Por
isso foi dito
que é importante
adocicar as
atitudes, mas
sem perder a
firmeza. Se
antes os pais
eram zangados e
balançavam
rotineiramente a
cabeça com sinal
negativo, hoje
são bonzinhos
demais e dizem
Sim para tudo.
Aqueles que
conseguem
equilibrar o Sim
e o Não estão,
efetivamente,
praticando a
paternidade
eficaz.
Você poderá
estranhar, caro
leitor, um texto
crítico em
épocas de
comemoração ao
dia dos pais.
Entretanto, a
ideia é mostrar
a importância da
educação e do
equilíbrio no
processo de
educação dos
filhos que,
naturalmente,
são Espíritos em
viagem por esse
planeta.
Necessitam,
pois, de um
orientador
seguro, que não
descambe para os
extremos, que
saiba ouvir,
orientar, dizer
Sim, falar Não,
enfim, amar...
Assim sendo,
julguei mais
oportuno
oferecer ensejo
à reflexão do
que apenas e
tão-somente
homenagear os
pais com
elogios.
E a melhor
homenagem que um
pai pode receber
em qualquer
época é, sem
dúvida, saber
que a educação
ministrada por
ele foi
fundamental para
o processo de
amadurecimento
de seu filho.
Não há nada mais
gratificante
para um pai do
que acompanhar
seu filho
trilhando o
caminho do BEM,
porquanto a
paternidade é
uma das mais
preciosas
tarefas. Aliás,
os sábios da
espiritualidade
asseveram que a
grande missão
dos pais – aqui
incluindo pai e
mãe – é
desenvolver os
filhos pela
educação.
Eis, portanto,
escrita de forma
clara a
importância da
tarefa dos pais.
Que todos os
pais possam, na
data que o mundo
transformou em
seu dia,
refletir na
grandiosidade da
tarefa da
educação, pois a
construção de um
mundo melhor
dependerá,
obviamente, da
educação
transmitida
pelos pais aos
seus filhos.
A chave para a
paternidade
eficaz está,
portanto, no
equilíbrio:
dizer Sim
quando
necessário e
falar Não
se for preciso,
acrescentando
naturalmente o
amor, porque ele
– o amor – dará
o retoque final
e imprescindível
a todo processo
educativo. A
você, caro pai,
votos de muita
reflexão e
sucesso nesta
sublime tarefa
da paternidade.