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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 135 - 29 de Novembro de 2009

WELLINGTON BALBO
wellington_plasvipel@terra.com.br
Bauru, São Paulo (Brasil)
 

 

Paternidade eficaz

 


Antigamente, dentro da sociedade patriarcal, o papel do pai na família era apenas o de provedor, que, diga-se de passagem, não refletia com exatidão a enorme responsabilidade da paternidade.

 

Receber nos braços para a arte da educação Espíritos milenares requer muito mais do que polpuda conta bancária. É preciso para uma paternidade eficaz reunir amor, coragem, renúncia, desprendimento e equilíbrio.

 

Entretanto, os tempos vão viajando e as culturas sofrem significativas transformações.

 

Se as mulheres deixaram apenas o papel de mãe para conquistarem espaço no mercado de trabalho tornando-se executivas, políticas, economistas, médicas, secretárias, é verdade que os homens também avançaram no quesito família e hoje, com mérito, ocupam espaço cada vez maior na educação da prole. Fruto da evolução humana. Os pais modernos sabem cozinhar, fazer lição de casa, lavar a louça, beijar os filhos...

 

Não que os de antigamente não soubessem, mas hoje é mais comum do que ontem os pais vivenciarem um contato mais estreito com seus filhos.

 

A sociedade vem ao longo dos anos acostumando-se a enxergar pais mais doces. Menos sisudos, mais amigos.

 

Enfim, adocicar as atitudes sem perder a firmeza é um dos grandes desafios dos homens. Forçoso admitir que alguns exageram na dose da doçura e melecam a vida dos filhos. Dizem sim sempre, invariavelmente, sim. Levam a vida no polo perigoso da não imposição de limites.

Se antes a figura paterna era sinônima de “Não posso fazer aquilo e é proibido fazer isso”, hoje o “Sim” ganhou espaço. Sim, filho, você pode fazer isso. Sim, filho, você pode dirigir. Sim, filho, você pode bebericar goles de cerveja.

 

Talvez porque trabalhem demais para dar o BOM E MELHOR AOS FILHOS, os pais modernos sintam-se inclinados a satisfazer todos os desejos de seus rebentos, por mais estranhos possam parecer.

 

São os polos perigosos. Por isso foi dito que é importante adocicar as atitudes, mas sem perder a firmeza. Se antes os pais eram zangados e balançavam rotineiramente a cabeça com sinal negativo, hoje são bonzinhos demais e dizem Sim para tudo.

 

Aqueles que conseguem equilibrar o Sim e o Não estão, efetivamente, praticando a paternidade eficaz.

 

Você poderá estranhar, caro leitor, um texto crítico em épocas de comemoração ao dia dos pais.

 

Entretanto, a ideia é mostrar a importância da educação e do equilíbrio no processo de educação dos filhos que, naturalmente, são Espíritos em viagem por esse planeta. Necessitam, pois, de um orientador seguro, que não descambe para os extremos, que saiba ouvir, orientar, dizer Sim, falar Não, enfim, amar...

 

Assim sendo, julguei mais oportuno oferecer ensejo à reflexão do que apenas e tão-somente homenagear os pais com elogios.

 

E a melhor homenagem que um pai pode receber em qualquer época é, sem dúvida, saber que a educação ministrada por ele foi fundamental para o processo de amadurecimento de seu filho.

 

Não há nada mais gratificante para um pai do que acompanhar seu filho trilhando o caminho do BEM, porquanto a paternidade é uma das mais preciosas tarefas. Aliás, os sábios da espiritualidade asseveram que a grande missão dos pais – aqui incluindo pai e mãe – é desenvolver os filhos pela educação.

 

Eis, portanto, escrita de forma clara a importância da tarefa dos pais. Que todos os pais possam, na data que o mundo transformou em seu dia, refletir na grandiosidade da tarefa da educação, pois a construção de um mundo melhor dependerá, obviamente, da educação transmitida pelos pais aos seus filhos.

 

A chave para a paternidade eficaz está, portanto, no equilíbrio: dizer Sim quando necessário e falar Não se for preciso, acrescentando naturalmente o amor, porque ele – o amor – dará o retoque final e imprescindível a todo processo educativo. A você, caro pai, votos de muita reflexão e sucesso nesta sublime tarefa da paternidade.


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita