Examinando os variados
setores de nossas
atividades e
encarecendo o valor da
contribuição dos
diversos amigos que
colaboram conosco, é
preciso salientar o
esforço dos Espíritos
Arquitetos em nossa
equipe de trabalhos
habituais. Em cada
reunião espírita,
orientada com segurança,
temo-los prestativos e
operantes, eficientes e
unidos, manipulando a
matéria mental
necessária à formação de
quadros educativos.
Simplifiquemos o
assunto, quanto seja
possível, para
compreendermos a
necessidade de nosso
auxílio a esses obreiros
silenciosos.
Aqui, como em toda parte
onde tenhamos uma
agremiação de pessoas
com fins determinados,
existe na atmosfera
ambiente um centro
mental definido, para o
qual convergem todos os
pensamentos, não somente
nossos, mas também
daqueles que nos
comungam as tarefas
gerais. Esse centro
abrange vasto
reservatório de plasma
sutilíssimo, de que se
servem os trabalhadores
a que nos referimos, na
extração dos recursos
imprescindíveis à
criação de
formas-pensamento,
constituindo entidades e
paisagens, telas e
coisas
semi-inteligentes, com
vistas à transformação
dos companheiros
dementados que
intentamos socorrer.
Uma casa como a nossa
será, inevitavelmente,
um pouso acolhedor,
abrigando, em nossos
objetivos de
confraternização, os
amigos desencarnados,
enfermos e sofredores,
a se desvairarem na
sombra. Para que se
recuperem, é
indispensável recebam o
concurso de imagens
vivas sobre as
impressões vagas e
descontínuas a que se
recolhem. E para esse
gênero de colaboração
especializada são
trazidos os arquitetos
da Vida Espiritual, que
operam com precedência
em nosso programa de
obrigações, consultando
as reminiscências dos
comunicantes que devam
ser amparados,
observando-lhes o
pretérito e
anotando-lhes os
labirintos
psicológicos, a fim de
que em nosso santuário
sejam criados,
temporariamente embora,
os painéis movimentados
e vivos, capazes de
conduzi-los à
metamorfose mental,
imprescindível à
vitória do bem.
É assim que, aqui
dentro, em nossos
horários de ação,
formam-se jardins,
templos, fontes,
hospitais, escolas,
oficinas, lares e
quadros outros em que os
nossos companheiros
desencarnados se sintam
como que tornando à
realidade pregressa,
através da qual se põem
mais facilmente ao
encontro de nossas
palavras,
sensibilizando-se nas
fibras mais íntimas e
favorecendo-nos, assim,
a interferência que
deve ser eficaz e
proveitosa.
Delitos, dificuldades,
problemas e tragédias
que ficaram a
distância, requisitam
dos nossos companheiros
da ilustração espiritual
muito trabalho para que
sejam devidamente
revisionados,
objetivando-se o amparo
a todos aqueles que nos
visitam, em obediência
aos planos traçados de
mais alto.
É assim que as forças
mentoneuropsíquicas de
nosso agrupamento são
manipuladas por nossos
desenhistas, na
organização de fenômenos
que possam revitalizar a
visão, a memória, a
audição e o tato dos
Espíritos sofredores,
ainda em trevas mentais.
Espelhos ectoplásmicos e
recursos diversos são
também por eles
improvisados, ajudando a
mente dos nossos amigos
encarnados, que operam
na fraseologia
assistencial, dentro do
Evangelho de Jesus, a
fim de que se
estabeleça perfeito
serviço de sintonia,
entre o necessitado e
nós outros.
Para isso, porém, para
que a nossa ação se
caracterize pela
eficiência, é necessário
oferecer-lhes o melhor
material de nossos
pensamentos, palavras,
atitudes e concepções.
Toda a cautela é
recomendável no esforço
preparatório da reunião
de intercâmbio com os
desencarnados menos
felizes, porque a elas
comparecemos, na
condição de enfermeiros
e instrutores, ainda
mesmo quando não
tenhamos, em nosso campo
de possibilidades
individuais, o remédio
ou o esclarecimento
indispensáveis.
Em verdade, contudo,
através da oração,
convertemo-nos em canais
do socorro divino,
apesar da precariedade
de nossos recursos, e,
em vista disso, é
preciso haja de nossa
parte muita
tranquilidade, carinho,
compreensão e amor, a
fim de que a colaboração
dos nossos companheiros
arquitetos encontre em
nós base segura para a
formação dos quadros de
que nos utilizamos na
obra assistencial.
Nossa palavra é
simplesmente a palavra
de um aprendiz.
Achamo-nos entre os mais
humildes recém-vindos à
lide espiritual, mas,
aproveitando as nossas
experiências do passado,
tomamos a liberdade de
palestrar, comentando
alguns dos aspectos de
nossa sementeira e de
nossa colheita, que
funcionam todos os dias,
conforme o ensinamento
imortal do Senhor: — «A
cada um por suas obras.»
Do cap. 44 do livro
Instruções Psicofônicas,
obra de Francisco
Cândido Xavier e
Espíritos Diversos,
publicada pela Federação
Espírita Brasileira.
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