O Consolador:
Onde você
nasceu?
Em Vitória,
Espírito Santo.
Sou, portanto,
capixaba.
O Consolador:
Desde quando
você reside em
Copenhague?
Saí do Brasil há
11 anos. Fixei
inicialmente
residência em
Londres, onde
morei por 5
anos, e depois
me mudei para a
Dinamarca, onde
estou desde
então. Sempre
busquei me
aperfeiçoar como
ser humano e
aprender como
viver com
diferentes
culturas.
O Consolador:
Qual é sua
formação
escolar?
Sou formado em
Administração
Financeira, com
especialidade na
área de
logística.
O Consolador:
Que cargos ou
funções você
exerce
atualmente no
Movimento
Espírita?
Aprofundei-me
mais no
Espiritismo
quando cheguei à
Europa e
trabalhei em
vários grupos e
em diferentes
funções. Hoje
sou coordenador
da Life
Spiritist
Society, que
funciona na
cidade de
Copenhague na
Dinamarca e
mantém na
internet o
website
www.lifevida.webs.com.
O Consolador:
Quando você teve
seu primeiro
contacto com o
Espiritismo?
Conheci o
Espiritismo há
muito tempo em
uma cidade do
interior do
Espírito Santo,
chamada Aracruz.
Participei então
de algumas
reuniões
públicas do
único grupo
espírita que
existe na
cidade.
O Consolador:
Houve algum fato
que haja
propiciado esse
contacto?
Não
necessariamente.
Sou de família
católica, sempre
fui muito
religioso com
bastante fé em
Deus, mas na
hora exata e
correta cheguei
ao Espiritismo
por minha
vontade própria.
O Consolador:
Qual foi a
reação de sua
família?
Nenhuma reação
que suscite
algum
comentário.
Sempre respeitei
a opinião das
pessoas, e com
isso recebi
igual respeito
merecido. Minha
família no
momento ignora
minha religião,
mas, quando
converso com a
minha mãe sobre
esse assunto, o
ponto de partida
e o ponto final
são sempre o
mesmo: amar a
Deus sobre todas
as coisas.
Aliás, aprendo
muito com a
religião da
minha mãe.
O Consolador:
Dos três
aspectos do
Espiritismo -
ciência,
filosofia,
religião - qual
mais o atrai?
Gosto muitíssimo
de estudar a
doutrina
partindo do
aspecto
científico.
O Consolador:
Que livros
espíritas que
tenha lido você
considera
indispensáveis
ao confrade
iniciante?
Gosto muito do
livro Doenças
da Alma, do
Dr. Roberto
Brólio, e com
certeza d´O
Evangelho
segundo o
Espiritismo.
O Consolador:
Você considera o
Espiritismo uma
religião?
Sim, para mim o
Espiritismo
também é uma
religião. Dentro
da ciência e
filosofia é que
está a moral.
Por causa disso,
lembremos o que
disse Allan
Kardec em O
que é o
Espiritismo:
“O Espiritismo
é, ao mesmo
tempo, uma
ciência
experimental e
uma doutrina
filosófica. Como
ciência pratica,
consiste nas
relações que se
podem
estabelecer com
os Espíritos,
enquanto que,
como filosofia,
compreende todas
as consequências
morais que
decorrem dessas
relações”.
O Consolador: Na
aplicação dos
passes
magnéticos, que
orientação vocês
seguem na Casa
que você
coordena?
Na Life
Spiritist
Society
continuamos
trabalhando com
o passe comum,
que é a
imposição das
mãos, que
funciona muito
bem para a
realidade do
grupo no
momento.
O Consolador:
Como vê a
discussão em
torno do aborto?
Como mero
estudante do
Espiritismo,
entendo que o
aborto é
impraticável,
mas continuo
acreditando que
as pessoas terão
seu momento
certo para
entender que,
praticando o
aborto, somente
estarão fazendo
mal a si
próprias.
O Consolador:
Você tem tido
contato com o
movimento
espírita
brasileiro?
Na realidade,
não temos muito
contato com o
movimento
espírita
brasileiro, mas
sempre que
possamos estamos
usando material
vindo do Brasil
em nossas
reuniões.
Particularmente,
acho o movimento
espírita no
Brasil cheio de
ferramentas boas
para a
divulgação da
doutrina em todo
o mundo.
O Consolador:
Como está
estruturado o
movimento
espírita na
Dinamarca?
Novamente, é
importante
ressaltar que
trabalhamos
conforme as
nossas condições
e necessidades.
Cada país é uma
realidade
diferente. Aqui
na Dinamarca
estamos
convivendo com
pessoas que em
geral não
acreditam em
Deus, mas que,
por outro lado,
são
supercaridosas.
Procuramos
focalizar mais a
parte moral,
para que sejamos
aceitos em um
contexto geral e
com respeito.
O Consolador:
Quantos grupos
espíritas
existem no país?
Atualmente
existem dois
grupos espíritas
na Dinamarca.
Particularmente
não tenho
conhecimento de
como se originou
o movimento
espírita por
aqui. Prefiro
acreditar que
tudo está sendo
conduzido com
base no
Espiritismo
codificado por
Allan Kardec.
O Consolador:
Como é em
Copenhague a
aceitação das
pessoas com
relação à
Doutrina
Espírita?
As pessoas aqui
a aceitam com
muito respeito,
como eles
procedem
normalmente,
respeitando a
tudo e a todos.
Mas, de uma
certa forma,
eles preferem
não se envolver.
O Consolador:
Existem
dificuldades em
desenvolver o
trabalho
espírita fora do
Brasil? Se sim,
quais são elas?
Eu
particularmente
nunca senti
nenhuma
dificuldade em
desenvolver o
meu trabalho de
espírita fora do
Brasil. Onde
morei, procurei
me doar o máximo
que pude para
disseminação da
doutrina,
procurando
respeitar sempre
os limites das
pessoas,
principalmente
os estrangeiros.
O Consolador:
Como você vê o
nível da
criminalidade e
violência que
parece aumentar
no Brasil e no
mundo e como
nós, espíritas,
podemos cooperar
para que essa
situação seja
revertida?
Tudo isso é uma
fase que, de
certa forma, irá
passar um dia.
As pessoas irão
se conscientizar
no momento
certo, mesmo que
isso dure muitas
existências aqui
no planeta
Terra. Cada um
tem o seu
momento. O que
nós espíritas
podemos fazer é
sempre pedir em
oração e nas
nossas vibrações
em nossos grupos
para todos esses
Espíritos que
ainda se
encontram
agarrados à
criminalidade e
à violência. Só
assim poderemos
cooperar com a
mudança.
O Consolador: Em
face dos
problemas que a
sociedade
terrena está
enfrentando,
qual deve ser a
prioridade
máxima dos que
dirigem
atualmente o
movimento
espírita no
mundo?
O estudo, sempre
focalizado no
AMOR.
O Consolador:
Para finalizar,
diga-nos o que é
o Espiritismo
para você. Qual
é a importância
dele em sua
vida?
O Espiritismo é
tudo em minha
vida. Eu me
transformei e
aprendi a amar
mais depois que
conheci o
Espiritismo.
Sempre
comentamos no
horário do café
no nosso grupo
espírita aqui na
Dinamarca: – O
que seríamos de
nós se não
tivéssemos a
Life Spiritist
Society?
Concluímos,
então, que somos
imensamente
gratos por
estarmos
reencarnados
aqui neste
planeta,
cumprindo o
nosso período
reencarnatório
e, melhor ainda,
vivendo na
Dinamarca.