FRANCISCO
REBOUÇAS
costareboucas@ig.com.br
Niterói, Rio de
Janeiro (Brasil)
Médiuns sim,
úteis, talvez!
Todos nós somos
médiuns, isto é,
estamos em
constante
contato com os
seres vivos da
espiritualidade,
influenciando-os
e sendo por eles
influenciados.
Dessa forma,
torna-se
imprescindível
saber de que
forma poderemos
tirar o melhor
proveito dessa
situação de
intermediários
entre os dois
planos da vida
que jamais cessa
para o Ser, a
partir do
instante da sua
criação.
Isto porque,
somos
esclarecidos
através das
obras da
codificação do
Espiritismo,
mais
particularmente
pelo contido em
O Livro dos
Médiuns, que
esse contato se
faz através da
mediunidade de
que somos
portadores, uns
em grau mais
avançados, isto
é, por serem
portadores de
uma mediunidade
mais ostensiva,
e outros em grau
menos
perceptível, em
razão do
desenvolvimento
que cada um haja
realizado nas
diversas
encarnações que
tivemos ao longo
dos séculos.
Faz-se
necessário,
portanto, que o
interessado
busque se
empenhar no
estudo sério e
constante da
doutrina
espírita, para
entender que por
mais que
estejamos
preparados para
o exercício
decente da
mediunidade,
ainda assim,
estaremos
sujeitos a
enganos e
equívocos, pois,
médium perfeito
como muitos de
nós nos
julgamos, ainda
estamos bem
longe de ser.
“227. Se o
médium, do ponto
de vista da
execução, não
passa de um
instrumento,
exerce, todavia,
influência muito
grande, sob o
aspecto moral.
Pois que, para
se comunicar, o
Espírito
desencarnado se
identifica com o
Espírito do
médium e esta
identificação
não se pode
verificar senão
havendo, entre
um e outro,
simpatia e, se
assim é lícito
dizer-se,
afinidade. A
alma exerce
sobre o Espírito
livre uma
espécie de
atração, ou de
repulsão,
conforme o grau
da semelhança
existente entre
eles. Ora, os
bons têm
afinidade com os
bons e os maus
com os maus,
donde se segue
que as
qualidades
morais do médium
exercem
influência
capital sobre a
natureza dos
Espíritos que
por ele se
comunicam. Se o
médium é
vicioso, em
torno dele se
vêm grupar os
Espíritos
inferiores,
sempre prontos a
tomar o lugar
aos bons
Espíritos
evocados. As
qualidades que,
de preferência,
atraem os bons
Espíritos são: a
bondade, a
benevolência, a
simplicidade do
coração, o amor
ao próximo, o
desprendimento
das coisas
materiais. Os
defeitos que os
afastam são: o
orgulho, o
egoísmo, a
inveja, o ciúme,
o ódio, a
cupidez, a
sensualidade e
todas as paixões
que escravizam o
homem à matéria.”
¹
Precisamos
atentar também
para o fato de
que estagiamos
na presente
oportunidade em
um planeta de
provas e
expiações, o que
justifica a
maior incidência
da influência
dos Espíritos
imperfeitos e
ignorantes sobre
seus habitantes,
pois o próprio
planeta segue
também, como
cada indivíduo
aqui
reencarnado, sua
trajetória
evolutiva, na
escala dos
mundos.
O Espiritismo
nos chama a
atenção para que
estejamos sempre
em vigília, e em
prece, pois,
mesmo nos
tornando
médiuns
simpáticos aos
bons Espíritos,
não estaremos
livres da
influência e da
ação maléfica e
enganosa dos
maus Espíritos
em nossos
pensamentos,
palavras e atos,
conforme
esclarecimentos
que seguem.
10ª - Se ele só
com os bons
Espíritos
simpatiza, como
permitem estes
que seja
enganado?
"Os bons
Espíritos
permitem, às
vezes, que isso
aconteça com os
melhores
médiuns, para
lhes exercitar a
ponderação e
para lhes
ensinar a
discernir o
verdadeiro do
falso. Depois,
por muito bom
que seja, um
médium jamais é
tão perfeito que
não possa ser
atacado por
algum lado
fraco. Isto lhe
deve servir de
lição. As falsas
comunicações,
que de tempos a
tempos ele
recebe, são
avisos para que
não se considere
infalível e não
se ensoberbeça.
Porque o médium
que receba as
coisas mais
notáveis não tem
que se gloriar
disso, como não
o tem o tocador
de realejo que
obtém belas
árias movendo a
manivela do seu
instrumento."
²
Meditemos, pois,
em todas as
ações que
praticamos no
dia-a-dia de
nossas vidas
para observar se
estamos sendo
veículos do bem,
na utilização de
nossa
mediunidade na
Seara de Jesus,
ou se, ao
contrário,
estamos sendo
soldados a
serviço da
sombra,
consolidando o
império do mal
em nossa
sociedade.
Que Jesus nos
guarde em sua
paz, hoje e
sempre.
Referências:
(1) O Livro
dos Médiuns
– FEB - Cap. XX,
item 227.
(2) Idem, idem –
Cap. XX, item
10.