GERSON SIMÕES
MONTEIRO
gerson@radioriodejaneiro.am.br
Rio de Janeiro,
RJ (Brasil)
Após a morte do
Cristo
A maior prova de
que a alma, após
a morte,
continua
vivendo, foi
dada por Jesus,
ao aparecer para
Maria Madalena
na condição de
Espírito
materializado,
três dias depois
de sua
desencarnação.
Essa aparição à
ex-pecadora se
deu exatamente
diante do seu
túmulo vazio,
ocasião em que
pediu que ela
não o tocasse,
pois ainda não
havia subido às
regiões
celestiais, ou
melhor, ao
Paraíso.
Segundo a
Bíblia, o Cristo
permaneceu entre
nós durante
quarenta dias,
período no qual,
além de aparecer
a Madalena,
mostrou-se
também a
diversos
simpatizantes do
Cristianismo
nascente, entre
os quais: Maria,
mãe de Thiago, e
Maria Salomé,
ambos quando se
dirigiam ao
sepulcro.
Posteriormente,
Jesus foi visto
ainda depois de
morto por dois
discípulos, na
Estrada de
Emaús; pelos
onze discípulos,
por duas vezes
no cenáculo,
oportunidade em
que Tomé tocou
seu Espírito
materializado;
por eles
novamente, perto
do Lago de
Tiberíades; e na
Montanha da
Galileia. Na
oportunidade,
Ele foi visto
por cerca de
quinhentos dos
seus
seguidores.
Depois de falar
para esta
pequena
multidão, o
Cristo seguiu
com os apóstolos
para o Monte das
Oliveiras. Lá,
ao término de
suas últimas
instruções,
levantou as
mãos, e,
enquanto os
abençoava,
elevou-se aos
planos
superiores da
vida espiritual,
após quarenta
dias de sua
morte no madeiro
infamante.
Diante de tudo
isso, como
conciliar todos
esses fatos com
a promessa do
Cristo a Dimas,
o chamado “bom
ladrão”, no alto
da cruz: “Em
verdade te digo
que hoje estarás
comigo no
Paraíso”, se,
como vimos, Ele
só subiu
quarenta dias
depois da sua
desencarnação?
Ora! Levando-se
em conta o fato
de que o Mestre
jamais mentiria,
é necessário
compreender que
Dimas rendeu-se
a Jesus, ao
arrepender-se de
todo o mal que
havia feito.
Nesse instante,
o bom ladrão
encontrou a paz
interior, o
paraíso, que é,
na verdade, um
estado de
consciência, e
não um local
determinado no
espaço. Eis por
que o Cristo, ao
dizer “hoje
estarás comigo
no Paraíso”,
estava afirmando
o que de fato já
estava
acontecendo com
Dimas a partir
daquele momento.