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Considerando
que o
Espiritismo
é uma
religião
eminentemente
educadora e
que o
Espírito
reencarna
para
aperfeiçoar-se,
você não
acha que as
atividades
que visam à
evangelização
da criança
têm deixado
de receber o
apoio na
proporção da
importância
da tarefa?
Por que não
há um
incentivo
maior, da
parte dos
Espíritos,
no sentido
de chamar a
atenção dos
dirigentes
de entidades
espíritas
para a
evangelização
infantil, a
fim de que
apoiem esse
trabalho?
Raul
Teixeira:
Sim, quase
sempre
encontramos
pouca
atenção por
parte de
muitos
dirigentes
espíritas
para com a
evangelização
infanto-juvenil.
Vale a pena
enfatizar a
questão das
escalas de
valores que
têm os
indivíduos
e, em função
deles, as
instituições
ou setores
de
atividades
que eles
dirigem.
Tais escalas
estabelecem
o que
poderemos
chamar de
missão da
instituição.
Enquanto o
objetivo dos
espíritas
não
corresponder
aos
objetivos do
Espiritismo,
essas
atividades
não terão
bom
desenvolvimento.
Muitos
dirigentes
dão
grandíssimo
valor às
sessões
mediúnicas
(há centros
que se
orgulham de
terem
dezenas
delas, em
dias
variados da
semana),
outros se
esmeram nas
atividades
sociais
junto aos
pobres e
estropiados,
possivelmente
porque não
vejam
sentido na
orientação
dos que
estão
recomeçando
as próprias
experiências
no planeta.
A muita
gente passa
despercebido
o fato de
que as
entidades
atendidas
nas sessões
mediúnicas,
como
sofredoras
ou como
obsessoras,
ou muitas
daquelas que
comparecem
repletas de
necessidades
de toda a
ordem, são
exatamente
aquelas às
quais não se
oportunizou
a orientação
para a vida,
as
instruções
espirituais
ou a
evangelização,
se quisermos
tratar
assim. Não
vale a pena,
então,
deixarmos as
crianças e
os jovens ao
abandono das
preciosas
lições de
renovação
espiritual,
a fim de
que, no
futuro, não
se tenham
muitas almas
a serem
atendidas
nas sessões
mediúnicas
ou nos
trabalhos de
assistência
material.
Parece-me um
contrassenso
ver
confrades
espíritas
que não
valorizam
esses
labores
espirituais
profiláticos.
De parte dos
Espíritos,
não têm eles
mais como
tentar
despertar os
encarnados
das suas
ilusões ou
da sua
letargia. Há
anos, o
Espírito
Estêvão,
Guia
Espiritual
do saudoso
médium
capixaba,
Júlio Cezar
Grandi
Ribeiro,
escreveu
numa
mensagem uma
frase que a
Federação
Espírita
Brasileira
tomou como
slogan
para as suas
campanhas
evangelizadoras:
A criança
e o jovem
reclamam
orientação
no bem.
Evangelize,
coopere com
Jesus.
Temos
recebido
incontáveis
instruções
do Mundo
Espiritual
enfatizando
a grandeza
da
evangelização
ou
espiritização
da criança e
do jovem,
seja nos
textos de
Emmanuel, de
Joanna de
Ângelis, de
Estêvão, de
Camilo e de
tantos
outros
Benfeitores
que luxuriam
esse
escrínio de
luz das
orientações
imortais que
nos chegam
na Terra.
Cabe aos
espíritas
estarmos
atentos para
as mesmas,
refletir a
respeito
delas e as
colocarmos
na pauta das
nossas
ocupações e
serviços na
Seara.