CLAUDIA SCHMIDT
claudia2704@gmail.com
Santo Ângelo,
Rio Grande do
Sul (Brasil)
Caridade, o amor
em ação
Alguém já ouviu
falar de uma
árvore que, além
de dar frutos,
dava comida:
feijão, arroz,
carne, salada?
Pois é, essa
árvore existiu e
era uma árvore
muito especial,
porque foi o
início de uma
linda história.
Era uma vez Dona
Maria, uma
senhora muito
bondosa. Em
frente de sua
casa havia uma
linda árvore.
Dona Maria, que
era espírita,
preocupava-se
com as pessoas
que passavam
fome perto de
sua casa. Ela,
então, arrumou
um jeito de
ajudar: todos os
dias ela
pendurava na
árvore em frente
de sua casa um
saco. Dentro do
saco,
cuidadosamente
arrumados em
caixas de leite
previamente
limpas, ela
colocava comida:
arroz, feijão,
pão, carne e o
que mais
houvesse para o
almoço em sua
casa.
Com o tempo,
Dona Maria
percebeu que o
saco de comida
desaparecia
assim que era
colocado na bela
árvore em frente
de sua casa.
Curiosa, um dia
ficou espiando e
viu que um
menino, com mais
ou menos seis
anos de idade,
usando uma roupa
rasgada,
esperava pela
comida e sentava
à sombra da
árvore para
saboreá-la.
Tito comia com
vontade a comida
de Dona Maria,
pois em sua
casa, muitas
vezes, não havia
o que comer. Ele
morava com a
mãe, viúva, e
com mais três
irmãos maiores.
Dona Maria
resolveu, então,
se aproximar do
menino, a fim de
auxiliá-lo.
Puxou conversa,
prometeu para o
dia seguinte um
bolo de
chocolate se o
menino tomasse
banho e, assim,
aos poucos, eles
foram se
conhecendo
melhor.
Logo os dois
estavam
almoçando juntos
e Dona Maria
caprichava na
comida para que
o menino
crescesse forte
e saudável.
Quando a mãe de
Tito adoeceu e
não pôde
trabalhar, Dona
Maria preparou
mais comida,
para que também
houvesse almoço
para os outros
irmãos e a mãe
de Tito.
Nos anos que se
seguiram, Dona
Maria incentivou
Tito a estudar,
deu a ele
material
escolar, e
acompanhou seus
progressos
escolares.
A família de
Tito também foi
encaminhada para
receber auxílio
no Centro
Espírita que
Dona Maria
frequentava,
recebendo
roupas,
alimento,
orientação
profissional e
espiritual. Dona
Maria se tornou
amiga da mãe de
Tito, Dona Rute,
que passou a
trabalhar na
casa de Dona
Maria,
auxiliando nas
tarefas do lar.
As duas amigas
frequentavam
juntas o grupo
de estudos no
Centro Espírita
e Tito
frequentava, com
alegria, as
aulas de
evangelização
espírita. O
menino crescia
em idade e em
saber: era um
aluno dedicado e
sempre mostrava,
orgulhoso, o
boletim para
Dona Maria, que
ficava contente
em perceber que
o menino
estudava
bastante e era
um aluno
exemplar. O
tempo passou, a
amizade dos dois
se fortaleceu e
logo Tito era um
adolescente.
Alguns anos
depois, quando
Tito arrumou o
primeiro
emprego, Dona
Maria foi a
primeira a saber
que ele iria
trabalhar na
fábrica perto de
sua casa. Foi
assim também
quando ele
começou a
trabalhar no
Centro Espírita,
para alegria de
Dona Maria.
Enquanto Dona
Maria se tornava
uma velhinha
muito simpática,
Tito se
transformava em
um adulto, e,
cada vez mais,
em um homem
responsável,
caridoso, um
verdadeiro homem
de bem.
Quando Dona
Maria adoeceu,
Tito e a
namorada
cuidaram dela
durante muito
tempo. E foram
eles que
escutaram as
últimas palavras
que Dona Maria
pronunciou nesta
encarnação:
– Que bom que
vocês estão
comigo, hoje. É
mesmo verdade, o
bem que se faz
sempre retorna
pra gente.