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Joias da poesia contemporânea
Ano 3 - N° 137 - 13 de Dezembro de 2009
 

 

A primeira pedra

Francisca Clotilde Barbosa Lima

 

A multidão tumultua

Em cada canto da praça.

Algemado, em plena rua,

É um homem triste que passa...

 

Há gritos no Sol a pino...

São vozes a descompor:

– “Donde vieste, assassino?

Celerado! Matador!... ”

 

– “Fera solta! Condenado!

Gatuno! Monstro! Quem és?”

E o infeliz disse, cansado,

Mal se aguentando nos pés :

 

– “Por Deus, poupai-me a lembrança!

Basta a aflição que me corta...

Eu fui aquela criança

A quem cerrastes a porta."

 

“Fui o pequeno mendigo

Que todos vistes passar!

Vede a miséria em que sigo,

Sem a esperança de um lar!... ’

 

“Faminto, descalço e roto,

A minha vida era assim...

Cresci na lama do esgoto,

Nunca tive alguém por mim...”

 

Bebendo o pranto que rola,

Suspirou, em conclusão :

– “Debalde pedia escola,

Debalde pedia pão.”

 

Toda a praça silencia.

Somente vibram no ar

Os soluços da agonia

De pobre mãe a chorar...

 

Francisca Clotilde Barbosa Lima nasceu em S. João de Inhamuns, hoje Tauá, Ceará, em 19 de outubro de 1862 e faleceu em Aracati, Ceará, em 8 de dezembro de 1935. Poetisa, contista e romancista, exerceu o magistério até os últimos dias de sua existência terrena, tendo sido a primeira mulher a lecionar na primeira Escola Normal do Estado do Ceará. O poema acima integra o livro Antologia dos Imortais, obra  psicografada pelos médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita