O mais
poderoso antídoto
É muito comum nos
momentos de
dificuldades, e de
qualquer gênero,
atribuirmos aos
Espíritos desencarnados
a responsabilidade por
estes reveses.
A Doutrina Espírita, no
entanto, esclarecedora e
racional que é, vem
iluminar nossa mente e
contribuir com o nosso
saber, através da sua
literatura rica e
simples, mas que sempre
nos faz entender que
somos nós mesmos,
através de escolhas
desta ou ainda de outras
existências, os
causadores de nossas
dores ou alegrias.
Em Missionários da
Luz, por exemplo, o
terceiro livro da
brilhante Série André
Luiz, de psicografia de
Chico Xavier, temos uma
preciosa lição a este
respeito. Pois no
capítulo VI da referida
obra, cuja simplicidade
do título talvez não
empolgue quem esteja
acostumado a julgar pela
aparência, “A oração”,
mas que nos mostra de
maneira clara, incisiva,
o quão simples seria
livrar-nos da influência
nefasta dos Espíritos
que querem nos induzir
ao erro se tivéssemos
uma vontade firme e
sincera. Já que, através
da narrativa de André
Luiz, podemos visualizar
mentalmente a
maravilhosa cena de uma
jovem senhora que
protege o seu lar da
investida dos irmãos que
costumamos chamar de obsessores, através da
oração confiante e do
pensamento reto.
O seu marido ainda não
edificou sua fé em bases
sólidas, ainda vacila
entre a Doutrina nova
que conhecera e a
maneira de ser
materialista do passado.
E por esta razão sua
companhia espiritual é
lamentável. É um alvo
fácil dos
vampirizadores, que
chegam até ele atraídos
por seus maus pendores.
Mas que não conseguem
adentrar o lar que é seu
e de sua esposa, graças
às fronteiras
vibratórias traçadas
pela energia viva
emitida pela oração
habitual, e que é
reflexo de sua alma já
conhecedora dos
verdadeiros valores da
vida, de sua nobre
esposa. Orações
acompanhadas de
pensamentos puros e
atitudes equivalentes.
E o exposto é suficiente
para nos fazer enxergar,
quando nos sentimos
vítimas de algum tipo de
influência espiritual ou
até mesmo das energias
negativas emitidas pelos
pensamentos dos
encarnados, o quanto
estamos longe de
compreender e seguir a
doutrina que abraçamos.
Pois se o lar é o
santuário das almas e
pode ser protegido pela
força deste remédio,
cujos componentes podem
ser encontrados dentro
de cada um de nós, lá na
essência do ser, o
santuário de nossa mente
também o pode.
Manter não somente nosso
lar de pedra, mas nosso
templo do Espírito, que
é corpo, como nossa
própria mente livres de
qualquer energia
indesejada, sejam elas
Espíritos ignorantes,
doenças ou pensamentos
negativos, depende
somente de nós mesmos.
Não podemos mais diante
dos conhecimentos que a
Doutrina Espírita já nos
proporcionou, fazer uso
das famosas Teorias
Secundárias, que,
segundo Cairbar Schutel,
no seu livro
Fundamentos da Reforma
Íntima, são
desculpas bem
fundamentadas, com o
manto da razão aparente,
mas que não têm
fundamentos cristãos e
que usamos para
justificar nossa
reincidência no erro,
perante nossa própria
consciência.
Nosso destino é
simplesmente o conjunto
das consequências de
nossas escolhas. E a
felicidade é a
consequência daquele que
já chamou para si esta
responsabilidade.