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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 137 - 13 de Dezembro de 2009

RODINEI MOURA
rodimoura@uol.com.br
Matão, São Paulo (Brasil)

 

O mais poderoso antídoto


É muito comum nos momentos de dificuldades, e de qualquer gênero, atribuirmos aos Espíritos desencarnados a responsabilidade por estes reveses. 

A Doutrina Espírita, no entanto, esclarecedora e racional que é, vem iluminar nossa mente e contribuir com o nosso saber, através da sua literatura rica e simples, mas que sempre nos faz entender que somos nós mesmos, através de escolhas desta ou ainda de outras existências, os causadores de nossas dores ou alegrias. 

Em Missionários da Luz, por exemplo, o terceiro livro da brilhante Série André Luiz, de psicografia de Chico Xavier, temos uma preciosa lição a este respeito. Pois no capítulo VI da referida obra, cuja simplicidade do título talvez não empolgue quem esteja acostumado a julgar pela aparência, “A oração”, mas que nos mostra de maneira clara, incisiva, o quão simples seria livrar-nos da influência nefasta dos Espíritos que querem nos induzir ao erro se tivéssemos uma vontade firme e sincera. Já que, através da narrativa de André Luiz, podemos visualizar mentalmente a maravilhosa cena de uma jovem senhora que protege o seu lar da investida dos irmãos que costumamos chamar de obsessores, através da oração confiante e do pensamento reto. 

O seu marido ainda não edificou sua fé em bases sólidas, ainda vacila entre a Doutrina nova que conhecera e a maneira de ser materialista do passado. E por esta razão sua companhia espiritual é lamentável. É um alvo fácil dos vampirizadores, que chegam até ele atraídos por seus maus pendores. 

Mas que não conseguem adentrar o lar que é seu e de sua esposa, graças às fronteiras vibratórias traçadas pela energia viva emitida pela oração habitual, e que é reflexo de sua alma já conhecedora dos verdadeiros valores da vida, de sua nobre esposa. Orações acompanhadas de pensamentos puros e atitudes equivalentes. 

E o exposto é suficiente para nos fazer enxergar, quando nos sentimos vítimas de algum tipo de influência espiritual ou até mesmo das energias negativas emitidas pelos pensamentos dos encarnados, o quanto estamos longe de compreender e seguir a doutrina que abraçamos. 

Pois se o lar é o santuário das almas e pode ser protegido pela força deste remédio, cujos componentes podem ser encontrados dentro de cada um de nós, lá na essência do ser, o santuário de nossa mente também o pode. 

Manter não somente nosso lar de pedra, mas nosso templo do Espírito, que é corpo, como nossa própria mente livres de qualquer energia indesejada, sejam elas Espíritos ignorantes, doenças ou pensamentos negativos, depende somente de nós mesmos. 

Não podemos mais diante dos conhecimentos que a Doutrina Espírita já nos proporcionou, fazer uso das famosas Teorias Secundárias, que, segundo Cairbar Schutel, no seu livro Fundamentos da Reforma Íntima, são desculpas bem fundamentadas, com o manto da razão aparente, mas que não têm fundamentos cristãos e que usamos para justificar nossa reincidência no erro, perante nossa própria consciência. 

Nosso destino é simplesmente o conjunto das consequências de nossas escolhas. E a felicidade é a consequência daquele que já chamou para si esta responsabilidade. 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita