Caridade para
com o
trabalhador
espírita
Abraham Maslow
(1908 – 1979),
psicólogo
norte-americano
do século
passado,
elaborou a
pirâmide das
necessidades
humanas,
dividindo-a em 5
categorias:
fisiológicas, de
segurança,
sociais, de
estima e
realização
pessoal.
Didaticamente,
Maslow abordou
ponto
interessante e
credor de
reflexão. Sua
teoria, embora
tenha alguns
detratores,
reflete de
maneira prática
as necessidades
humanas e suas
implicações na
motivação do
indivíduo.
Aliás, vale
lembrar que nem
o próprio Maslow
estava
plenamente
satisfeito com
sua teoria.
Julgava faltar
algo, o elemento
básico: a
espiritualidade.
Natural o
pensamento de Maslow,
porquanto o
Homem não é
apenas carne e
osso, mas
também, e,
sobretudo, um
ser espiritual.
No entanto,
nosso objetivo
não é se
aprofundar nas
elucubrações do
pensador
norte-americano.
Gostaríamos de,
no presente
artigo, tratar
de tema
pertinente às
lideranças
espíritas e o
relacionamento
com os demais
trabalhadores da
Casa Espírita.
Perceba, caro
leitor,
independente de
nossa condição
social e
cultural, todos
temos
necessidades. A
própria
existência
humana impõe que
seja assim. As
necessidades
fisiológicas,
por exemplo, são
impositivos
naturais de
nossa volta ao
corpo físico.
Subordinados à
máquina
orgânica, temos
que aquiescer às
suas
necessidades,
quer queiramos
ou não.
Reforçando:
todos nós,
independente da
condição que
temporariamente
ocupamos, temos
necessidades,
incluindo,
portanto, o
trabalhador
espírita.
Sim, os
abnegados
servidores da
seara espírita
têm suas
necessidades e
enfrentam, como
seres humanos
que são, os
desafios da
existência.
São merecedores
de caridade,
precisam sentir
que são queridos
e que a Casa
Espírita também
está disposta a
suprir suas
necessidades.
Logo, forçoso
admitir que a
mesma caridade
destinada aos
assistidos das
instituições
espíritas deve
ser estendida
aos trabalhadores.
Aliás, é um
básico princípio
de justiça.
Entretanto, não
raro enxergamos
apenas o que
nossos limitados
olhos físicos
mostram. As
dificuldades
materiais
encarnadas na
miséria e
abandono são
vistas
claramente. Há,
porém, situações
que vão muito
além das
aparências. Há
pessoas que
choram sorrindo
e, quando isso
ocorre, muitas
vezes não
percebemos. É
preciso, pois,
estar atento e
ser um líder
espírita
participativo
para mostrar ao
grupo a
importância de
cada membro. É
necessário estar
atento para
observar as
necessidades dos
indivíduos. Em
alguns momentos
da existência
precisamos do
abraço, do apoio
ou mesmo dos
ouvidos dos
amigos. Relevante
que o
encontremos na
Casa Espírita,
em meio aos
amigos que sabem
as felicidades e
agruras da
existência
humana sob as
diretrizes
marcantes da
Imortalidade da
Alma.
Eis, então, um
oportuno
lembrete às
lideranças da
doutrina
codificada por
Kardec:
atentem-se
também para as
necessidades dos
voluntários das
instituições que
estão sob sua
coordenação.
Preocupem-se com
seus
trabalhadores,
se estão
motivados,
enfrentando
desafios ou
dificuldades.
Perguntem,
exponham, criem
laços de
amizades e o
saudável hábito
de preocupar-se
com o próximo
mais próximo.
Enfim,
lembrem-se de
que o problema
também bate à
porta de quem se
empenha em
abri-la aos
menos
favorecidos.
Caridade também
para com o
trabalhador
espírita, para
que nossas Casas
sejam lares
revestidos do
fraterno amor de
Cristo.
Pensemos nisso.