CHRISTINA NUNES
meridius@superig.com.br
Rio de Janeiro,
RJ (Brasil)
Materializações
espirituais
Nos fenômenos de
materialização,
os fatores
morais
constituem
elemento
decisivo de
organização. Não
estamos diante
de mecanismos de
menor esforço e,
sim, ante
manifestações
sagradas da
vida, em que não
se pode
prescindir dos
elementos
superiores e da
sintonia
vibratória.
(André Luiz)
Há pouco lia no
link
jornalístico do
G1 duas notícias
dizendo da
ocorrência de
fotografias
batidas em
situações
corriqueiras, em
dois países
diversos, nas
quais, para
susto dos
fotógrafos,
surgiram vultos
transparentes
embora
distintos. Numa,
de uma mulher
flutuante,
visível do dorso
para cima, na
outra, de um
padre do século
XVI.
O tema
materializações
espirituais
prossegue sendo
como um dos mais
fascinantes
dentre os
estudiosos e
simpatizantes
das revelações
espíritas,
causador de
assombro
principalmente
nos que ainda
principiam seu
entrosamento com
as realidades
deste mundo
maior,
subjacente ao
material, do
qual, contudo,
ainda não
lograram
acoplamento de
ordem vibratória
suficiente para
desfrutar com
maior amplitude
destes fenômenos
contundentes e
de molde à
supressão das
dúvidas quanto
ao convencimento
dos mais céticos
no tocante à
pujança da vida
espiritual que
nos cerca.
Os mentores de
escol presentes
na vasta
literatura
espírita, quanto
no histórico dos
trabalhos de
ordem mediúnica
idôneos levados
a cabo durante a
trajetória do
movimento
espírita, desde
a sua eclosão a
partir da
Codificação
Kardequiana, são
uníssonos no
aconselhamento
pautado nos
termos do
excerto acima,
observando
prioritariamente
os requisitos
severos de ordem
evolutiva e
vibratória a fim
de que tais
tentames se
verifiquem de
dentro da mais
impoluta
seriedade de
propósitos no
estudo e no
auxílio aos
reencarnados,
para que dons
preciosos da
Vida maior não
sejam
desperdiçados
nem sofram
abusos dos
inconsequentes
interessados em
tornar estas
coisas em
espetáculos de
buena dicha
para os imaturos
de espírito e
curiosos, nem em
fenomenologia
rasteira e
passível de
escândalos e
polêmicas
lastimáveis na
área chula do
sensacionalismo
barato.
Não, caros. Não
é, nunca foi, e
jamais deveria
ser esta a
proposta da
seara mediúnica
neste mundo
transitório de
aprendizado e
crescimento
íntimo, muito
embora alguns
mais desavisados
e invigilantes
se deixem
arrastar pelas
tentações de
ordem mais
baixa,
mercantilizando
dons que, em
última
instância, não
sobrevivem ao
observador mais
imparcial e
criterioso,
devido a mais
absoluta
ausência de
sintonia para
com a faixa da
espiritualidade
compromissada,
da vida
invisível,
apenas com o
amparo aos
reencarnados
bem-intencionados
que, fazendo bom
uso do que não
mais se revela
do que um
mecanismo
natural da
sensibilidade
extrapsíquica,
agem em prol de
se noticiar
sobre as
verdades mais
amplas da
existência,
cobrando-nos
responsabilidade
e maturidade
maiores nas
nossas
iniciativas e
atitudes para
com o próximo.
Nada obstante,
numa ou noutra
circunstância,
desde os tempos
incontáveis,
fatos sobre
fatos acontecem
de dentro da
mais espontânea
naturalidade,
para ainda uma
vez confirmar
aos céticos
renitentes que
muito mais
existe para além
do acanhado
alcance
perceptivo do
nosso arcabouço
material
corpóreo.
Pessoalmente, já
lhes ofereci em
textos
anteriores
testemunhos
pessoais de que,
à nossa mesma
revelia, os
habitantes da
invisibilidade
continuam
circulando por
aí, no espaço
interdimensões,
volta e meia se
tornando
visíveis em
decorrência
desta ou daquela
conjuntura mais
propícia. De
forma que não
será demais
mencionar da
senhora idosa
que me surgiu, e
à outra
funcionária de
um setor de
trabalho há
muitos anos
atrás, entrando
pela única porta
disponível do
toalete no qual
nos achávamos,
para diluir-se
no interior de
um dos
compartimentos
dos sanitários,
não tendo, em
hipótese nenhuma,
deixado o
recinto,
conforme
testemunhamos eu
e esta outra
senhora presente
na ocasião. A
velhinha, tão
visível e
aparentemente
palpável quanto
eu ou você,
passou pela
porta, olhou-me,
dirigiu-me um
sorriso leve...
E desapareceu
toalete adentro,
não tendo saído
sob nenhuma
hipótese!
Noutra ocasião,
alguns anos
depois, fui
fotografar o meu
filho, na época
pequeno, num
momento de
descontração no
qual brincava na
sala da avó...
E, para meu
espanto, na
revelação me
apareceu, ao seu
lado, um gato
translúcido,
embora nítido,
de olhos
arregalados na
sua direção,
cercado de uma
espécie de aura
azulada...
Houve outra vez
em que um
determinado
objeto
quebrou-se na
sala de nossa
residência e
resolvemos catar
os pedaços
pensando em
restaurá-lo.
Achamos todos;
faltava apenas
um pequeno, a
parte de trás
daquele
elefantinho de
marfim... Que,
após mais de
meia hora gasta
naquela procura
enervante por
todos os
recantos do
cômodo, foi-nos
aparecer noutro
lugar do
apartamento: na
cozinha, sobre
um ângulo de
mesa, onde
jamais poderia
ter chegado
"voando", dada a
distância
inviável entre
ambos os
ambientes...
Meu mentor
desencarnado,
Caio Fábio
Quinto, de vez
em quando me
aplica elegantes
puxões de
orelhas
quando, em
ocasiões de pane
espiritual, e
mesmo depois de
todos estes anos
de vivências,
estudos e de
trabalho em
parceria
mediúnica nas
obras
psicografadas –
atividades
durante as quais
outro tanto de
episódios
insólitos já me
brindaram,
favorecendo-me
convicção e
confiança –
ainda me flagro
a solicitar
deles a graça de
uma participação
em reunião
espírita deste
teor, muito
embora alegando
uma espécie de
coroamento dos
meus estudos e
compromissos com
a assistência
espiritual da
minha tarefa
mediúnica
particular.
Noutro dia, de
fato, quando me
entretinha com
ele em espécie
de conversa
mental sobre o
assunto após a
leitura do
clássico
espírita
Materializações
Luminosas,
explicou-me uma
vez mais acerca
dos indicativos
de suas
presenças, a
partir do
invisível,
funcionando
sempre como
extraordinário
alento a fim de
que não
esmoreçamos na
missão da qual
viemos
investidos neste
mundo:
– "Preste
atenção na
quantidade de
coisas que já
lhe aconteceram
durante todos
estes anos, e
que certamente
não ocorrem com
muitos, pelo
estado de
inconsciência no
qual se
encontram
mergulhados.
Note a duração
do alento que
lhe
proporcionou. É
um poço sem
fundo; vocês
requisitarão
sempre mais e
mais, apenas por
uma razão, minha
querida: o
alento vem de
dentro. Como bem
alertaram os
nossos Maiores,
as
materializações
e efeitos
físicos possuem
importância
secundária na
hora de lhes
garantir
segurança íntima
e confiança.
Pois somente as
suas condições
espirituais lhes
poderão
assegurar
certeza e
firmeza no
capítulo da
percepção da sua
convivência
antecipada
conosco, no
universo mais
amplo. De nada
lhes adiantarão
materializações
momentâneas no
ambiente de
confinamento
sensório onde se
acham se via
sintonia e
melhoria de si
mesmos vocês não
captam a nossa
presença, que
prescindem de
efeitos com
repercussões
meramente
visuais em dados
momentos. Ou
todos os
artefatos em
parafina: mãos,
flores e
objetos; o prato
que explodiu na
sua cozinha; a
lata que se pôs
a deslizar
sozinha sobre
aquela mesa, e
todo o vasto
repertório
catalogado pelos
seus confrades
idôneos seriam
de molde a lhe
reconfortar por
si – nunca em
detrimento,
contudo, da
qualidade
irrefutável de
tudo que vimos
objetivando e
realizando"...
Fica a reflexão,
por ora, pois
voltaremos ao
assunto...