ÂNGELA MORAES
anjeramoraes@hotmail.com
Bauru, São Paulo
(Brasil)
O amor é o que
amor faz
“Fazei aos
homens tudo o
que queirais que
eles vos façam,
pois é nisto que
consistem a lei
e os profetas.”
(Mateus, cap.
VII, v.12.)
No Evangelho de
Jesus, o AMOR é
a base de todos
os
ensinamentos.
Nas religiões
não-cristãs, ele
é a harmonia
entre o espírito
e seu passado.
Nos livros de
auto-ajuda é
chamado de
motivação,
entusiasmo. Nas
tarefas
rotineiras do
dia a dia, é o
que combate a
depressão. Nas
difíceis
batalhas do
nosso espírito,
ele é o que nos
nortearia o rumo
a seguir. E
mesmo sabendo de
tudo isso,
muitas vezes nos
esquecemos de
que o amor é
algo para ser
vivido,
praticado,
demonstrado,
realizado. James
C. Hunter, autor
de “O monge e o
executivo”,
lembra que “o
amor é o que
amor faz”. E
acrescenta: “AMOR
NÃO É COMO NOS
SENTIMOS EM
RELAÇÃO AOS
OUTROS, MAS COMO
NOS
COMPORTAMOS”.
Ou seja, amar é
agir, e ação é
algo que nos
pertence. E,
agindo com amor,
conheceremos a
cura para
diversos males
da alma, como:
- CULPA – Um dos
sentimentos mais
terríveis que
assola o
espírito é a
culpa, derivada
de nossos erros
pretéritos e a
consciência que
temos dele, em
dolorido
arrependimento.
Não temos como
voltar no tempo
para refazer a
história, mas
podemos tentar
corrigir os
passos futuros,
aliviando-nos a
consciência. Foi
o que ensinou o
apóstolo Pedro
quando disse que
“o amor cobre
uma multidão de
pecados” (I
Pedro, 4:8).
Mas o amor é o
que amor faz,
então precisamos
colocar o amor
nas palavras,
usando de
respeito e
cordialidade;
nos gestos, com
gentileza e
simpatia; na
maneira de
compreender os
outros, com
paciência e
tolerância; nas
ações, colocando
muitas vezes a
necessidade do
outro diante da
de si próprio.
Em uma versão
protestante da
Bíblia (tradução
João Ferreira de
Almeida), a
passagem diz “a
caridade cobre
uma multidão dos
pecados”. Ou
seja: amor em
ação = caridade!
- SOLIDÃO –
Quantos
depoimentos
ouvimos sobre a
solidão na
juventude, a
solidão a dois
no casamento, a
solidão na
terceira idade.
Mas não para
quem age com
amor. Quem se
sente só,
normalmente
exige o amor de
outrem, mas não
dedica o seu
próprio. E
dedicar amor
significa
dedicar tempo:
quantas
instituições que
cuidam de
crianças
carentes
precisam de
voluntários – de
todas as idades
– para todas as
funções, desde
ajudar no
preparo das
refeições, até
aulas de reforço
ou monitoramento
para atividades
de lazer?
Quantos asilos
abrigam idosos
carentes de um
ouvido amigo e
palavras de
encorajamento?
Quantos de
nossos
familiares não
estão
precisando,
neste momento,
de uma ajuda,
talvez numa
tarefa
doméstica, ou de
uma conversa
motivadora? O
espírito Sanson,
em O Evangelho
Segundo o
Espiritismo
(p.189) revela
que “amar (...)
é considerar
como sua a
grande família
humana”. E como
o amor é o que
amor faz, quem
ama agindo, não
tem tempo para
sentir-se só.
- DESÂNIMO – A
palavra “ânimo”,
no Michaelis, é
sinônima de “Alma,
espírito,
mente”. Quando
sentimos
verdadeiro
desânimo da
vida, é como se
a alma tivesse
desaparecido,
deixando no
lugar imenso
vazio. Por que?
Porque o amor
deixou de ser
praticado.
Perdeu-se o
comportamento
amoroso no dia a
dia. Amar também
é sinônimo de
CUIDAR. Cuide
com amor da sua
casa, zelando
pela boa
conservação dos
seus pertences;
tenha prazer em
enfeitar a mesa
do jantar, ainda
que o menu seja
o simples prato
cotidiano e a
visita for
apenas os de
casa; cuide com
carinho de suas
plantas. Cuidar
com amor é o
segredo para
combater o
desânimo, ou
seja, encher de
‘alma’ nossas
ações e
sentimentos.