CELSO MARTINS
limb@sercomtel.com.br
Rio de Janeiro,
RJ (Brasil)
Temas atuais
Não é que o
Espiritismo
tenha resposta
completa para
todos os
problemas...
Kardec, em O
Livro dos
Médiuns,
chega a dizer
que a Doutrina
Espírita de modo
nenhum tenta
explicar o que é
notoriamente
fantasioso, o
que é do
lendário tão ao
gosto dos
crédulos. Ele,
no mesmo livro,
mostra mensagens
apócrifas.
Logo...
O que não
invalida dizer
que nossa
Doutrina
Consoladora
possa apresentar
diversos ângulos
pelos quais os
problemas
humanos podem e
devem ser
analisados à luz
da razão e do
bom senso,
escudando-se o
expositor, na
tribuna ou nos
seus escritos,
não apenas nas
obras básicas,
mas também na
literatura
não-espírita
específica.
Um pouco depois
de desencarnar
de leucemia,
vencido um
câncer de
pulmão, o
dinâmico
confrade Altivo
Pamphiro,
fundador, em
1961, do Centro
Espírita Léon
Denis, no
subúrbio de
Bento Ribeiro,
no Rio de
Janeiro (RJ),
saiu pelo
Departamento
Gráfico do
referido CELD o
meu E o mundo
não acabou,
pouco depois
espalhado por
todo o Brasil
(creio que mais
de 15 mil
exemplares),
pelos confrades
do Clube do
Livro Espírita
do Lar Fabiano
de Cristo,
vinculado à
Capemi (sob os
cuidados do
dinâmico
esperantista
César Soares dos
Reis).
Anteriormente,
os originais
datilografados
estiveram nas
mãos de um
editor,
sinceramente não
sei até que
ponto espírita,
de Minas Gerais;
e só porque
citei uma frase
de Coelho Neto
(que de há muito
venho repetindo
por achá-la a
legítima
expressão da
verdade
histórica na
área da economia
política),
segundo a qual o
carrasco pode
suprimir o
criminoso, mas a
miséria mantém o
crime, este
editor só de
obras mediúnicas
um tanto
umbandistas
(nada contra a
literatura
umbandista!)
alegou que esta
frase é
marxista.
Já li o livro de
Léon Denis sobre
o Socialismo e o
Espiritismo; já
li algo nos anos
50 do político
espírita Eusínio
Lavigne,
político de
Salvador (BA), e
encontro um
certo ponto
comum entre os
socialistas e os
espíritas,
tirando
evidentemente a
teoria da
conquista do
poder pela via
armada e o
ateísmo dos
marxistas. Mas
acho que temas
sociais podem
ser analisados
pelos espíritas,
sim, como o
fizeram um
Deolindo Amorim,
um José
Herculano Pires
e um Humberto
Mariotti. Não
que vamos
transformar
nossas tribunas
em palanques
partidários, nem
nossos mensários
em jornais a
serviço deste ou
daquele
candidato nas
vésperas das
eleições.