MARCELO BORELA DE
OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
Entre a Terra e o Céu
André Luiz
(Parte
16)
Continuamos a apresentar
o
estudo da obra
Entre a Terra e o Céu,
de André Luiz,
psicografada pelo médium
Francisco Cândido Xavier
e
publicada em 1954 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Quantos centros de
força regem a fisiologia
do perispírito?
São sete os centros de
força, em cujo comando
está o "centro
coronário", em que
assenta a ligação com a
mente, visto que é ele
que recebe em primeiro
lugar os estímulos do
Espírito. Logo após, vem
o "centro cerebral",
contíguo ao primeiro,
que ordena as percepções
de variada espécie,
percepções essas que, na
carne, constituem a
visão, a audição, o tato
e a vasta rede de
processos da
inteligência que dizem
respeito à palavra, à
cultura, à arte, ao
saber. Em seguida, temos
o "centro laríngeo", que
preside aos fenômenos
vocais. Logo após, o
"centro cardíaco", que
sustenta os serviços da
emoção e do equilíbrio
geral; o "centro
esplênico",
correspondendo no corpo
denso ao baço, regulando
a distribuição e a
circulação adequada dos
recursos vitais; o
"centro gástrico", que
se responsabiliza pela
penetração dos alimentos
e fluidos em nossa
organização e, por fim,
o "centro genésico", em
que se localiza o
santuário do sexo, como
templo modelador de
formas e estímulos.
(Entre a Terra e o Céu,
cap. XX, pp. 126 a 128.)
B. A mente pode afetar a
harmonia dos centros de
força?
Sim. Apontando a
garganta doente de
Júlio, Clarêncio
explicou: "Quando a
nossa mente, por atos
contrários à Lei Divina,
prejudica a harmonia de
qualquer um desses
fulcros de força de
nossa alma, naturalmente
se escraviza aos efeitos
da ação desequilibrante,
obrigando-se ao
trabalho de reajuste.
No caso de Júlio,
observamo-lo como autor
da perturbação do
centro laríngeo,
alteração que se
expressa por enfermidade
ou desequilíbrio a
acompanhá-lo fatalmente
à reencarnação".
(Obra citada, cap. XX e
XXI, pp. 128 a 130.)
C. O perispírito do
selvagem apresenta
diferença em comparação
com as almas mais
evoluídas?
Sim. O veículo
perispirítico do
selvagem deve ser
classificado como
protoforma humana,
extremamente condensado
pela sua integração com
a matéria mais densa.
Está para o organismo
aprimorado dos Espíritos
enobrecidos, como um
macaco antropomorfo
está para o homem
bem-posto das cidades
modernas. Em criaturas
dessa espécie, a vida
moral está começando a
aparecer e o
perispírito nelas ainda
se encontra enormemente
pastoso. Despenderão
séculos e séculos para
se rarefazerem, usando
múltiplas formas, de
modo a conquistarem as
qualidades superiores
que, em lhes sutilizando
a organização, lhes
conferirão novas
possibilidades de
crescimento
consciencial.
(Obra citada, cap. XXI,
pp. 131 e 132.)
Texto
para leitura
58. Os centros de
força -
Clarêncio tornou claro
que quanto mais a
criatura se eleva, no
rumo das gloriosas
construções do Espírito,
maior é a sutileza do
corpo espiritual, que
passa a combinar-se
facilmente com a
beleza, com a harmonia e
a luz reinante na
Criação Divina. "Tal
seja a viciação do
pensamento, tal será a
desarmonia no centro de
força, que reage em
nosso corpo a essa ou
àquela classe de
influxos mentais",
esclareceu o Ministro,
que detalhou, na
sequência, a fisiologia
do perispírito, regido
por sete centros de
força, comandados pelo
"centro coronário",
considerado pela
filosofia hindu como
sendo o "lótus de mil
pétalas", por ser o mais
significativo em razão
do seu alto potencial de
radiações, uma vez que
nele assenta a ligação
com a mente e é ele que
recebe em primeiro lugar
os estímulos do
Espírito. Dele emanam as
energias de sustentação
do sistema nervoso e
suas subdivisões, como
responsável que é pela
alimentação das células
do pensamento e
provedor de todos os
recursos
eletromagnéticos
indispensáveis à
estabilidade orgânica. O
"centro coronário" é,
por isso, o grande
assimilador das energias
solares e dos raios da
Espiritualidade
superior capazes de
favorecer a sublimação
da alma. Logo após, vem
o "centro cerebral",
contíguo ao primeiro,
que ordena as percepções
de variada espécie,
percepções essas que, na
carne, constituem a
visão, a audição, o tato
e a vasta rede de
processos da
inteligência que dizem
respeito à palavra, à
cultura, à arte, ao
saber. Em seguida, temos
o "centro laríngeo", que
preside aos fenômenos
vocais, inclusive às
atividades do timo, da
tireoide e das
paratireoides. Logo
após, o "centro
cardíaco", que sustenta
os serviços da emoção e
do equilíbrio geral; o
"centro esplênico",
correspondendo no corpo
denso ao baço, regulando
a distribuição e a
circulação adequada dos
recursos vitais; o
"centro gástrico", que
se responsabiliza pela
penetração dos alimentos
e fluidos em nossa
organização e, por fim,
o "centro genésico", em
que se localiza o
santuário do sexo, como
templo modelador de
formas e estímulos.
(Cap. XX, págs. 126 a
128)
59. Como Júlio se
harmonizará -
Após asseverar que nosso
veículo sutil, tanto
quanto o corpo denso, "é
criação mental no
caminho evolutivo",
Clarêncio afagou a
garganta doente de
Júlio, e aduziu: "Quando
a nossa mente, por atos
contrários à Lei Divina,
prejudica a harmonia de
qualquer um desses
fulcros de força de
nossa alma, naturalmente
se escraviza aos efeitos
da ação desequilibrante,
obrigando-se ao
trabalho de reajuste.
No caso de Júlio,
observamo-lo como autor
da perturbação do
centro laríngeo,
alteração que se
expressa por enfermidade
ou desequilíbrio a
acompanhá-lo fatalmente
à reencarnação". E como
ele sanará tal
deficiência? A essa
pergunta de André,
Clarêncio respondeu:
"Nosso Júlio, de atenção
encadeada à dor da
garganta, constrangido
a pensar nela e
padecendo-a,
recuperar-se-á
mentalmente para
retificar o tônus
vibratório do centro
laríngeo,
restabelecendo-lhe a
normalidade em seu
próprio favor". E
ajuntou: "Júlio
renascerá num
equipamento fisiológico
deficitário que, de
algum modo, lhe
retratará a região
lesada a que nos
reportamos. Sofrerá
intensamente do órgão
vocal que, sem dúvida,
se caracterizará por
fraca resistência aos
assaltos microbianos,
e, em virtude de o nosso
amigo haver menosprezado
a bênção do corpo
físico, será defrontado
por lutas terríveis, nas
quais aprenderá a
valorizá-lo". De retorno
ao círculo de trabalho e
de estudo, André estava
encantado com os
esclarecimentos de
Clarêncio acerca do
perispírito, que era
preciso, evidentemente,
aprofundar. De fato, diz
André, na vida
espiritual passamos a
apreciar, com mais
segurança, o corpo
abandonado à terra, mas
"somos desafiados pelos
enigmas do novo
instrumento que passamos
a utilizar". Hilário,
por sua vez, estava
também ansioso por novas
informações a respeito.
(Cap. XX, págs. 128 e
129; cap. XXI, pág. 130)
60. Perispírito do
selvagem -
Clarêncio asseverou que,
para que tivéssemos na
Crosta um vaso tão
aprimorado e tão belo,
quanto o corpo humano,
"a Sabedoria Divina
despendeu milênios de
séculos, usando os
multiformes recursos da
Natureza, no campo
imensurável das
formas..." Assim, para
que venhamos a possuir o
sublime instrumento da
mente em planos mais
elevados, não podemos
esquecer que Deus se
vale do tempo infinito
para aperfeiçoar e
sublimar a beleza e a
precisão do corpo
espiritual "que nos
conferirá os valores
imprescindíveis à nossa
adaptação à Vida
Superior", aditou o
Ministro. Hilário aludiu
ao importante papel das
enfermidades na
regeneração das almas e
André ponderou que cada
"centro de força"
exigirá absoluta
harmonia, perante as
Leis Divinas que nos
regem, para que possamos
ascender no rumo do
Perfeito Equilíbrio,
observações que
Clarêncio apoiou,
ajuntando: "Sim, nossos
deslizes de ordem moral
estabelecem a
condensação de fluidos
inferiores de natureza
gravitante, no campo
eletromagnético de nossa
organização,
compelindo-nos a natural
cativeiro em derredor
das vidas começantes às
quais nos imantamos".
Nesse ponto, Hilário
formulou uma pergunta
interessante: Um homem
puramente selvagem que
pratica delitos
indiscriminados, terá
nos tecidos sutis da
alma as lesões que um
europeu supercivilizado
apresentaria? O Ministro
sorriu e esclareceu:
"Assim como o
aperfeiçoado veículo do
homem nasceu das formas
primárias da Natureza,
o corpo espiritual foi
iniciado também nos
princípios rudimentares
da inteligência. É
necessário não confundir
a semente com a árvore
ou a criança com o
adulto, embora surjam na
mesma paisagem de vida".
E acrescentou: "O
instrumento
perispirítico do
selvagem deve ser
classificado como
protoforma humana,
extremamente condensado
pela sua integração com
a matéria mais densa.
Está para o organismo
aprimorado dos Espíritos
algo enobrecidos, como
um macaco antropomorfo
está para o homem
bem-posto das cidades
modernas. Em criaturas
dessa espécie, a vida
moral está começando a
aparecer e o
perispírito nelas ainda
se encontra enormemente
pastoso". "Despenderão
séculos e séculos para
se rarefazerem, usando
múltiplas formas, de
modo a conquistarem as
qualidades superiores
que, em lhes sutilizando
a organização, lhes
conferirão novas
possibilidades de
crescimento
consciencial." (Cap.
XXI, págs. 131 e 132)
(Continua no próximo
número.)