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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 140 - 10 de Janeiro de 2010

FRANCISCO REBOUÇAS
costareboucas@ig.com.br
Niterói, Rio de Janeiro (Brasil)
 

Os trabalhos espirituais da Casa
Espírita exigem comportamento
digno dos tarefeiros

 

É muito importante que nós espíritas estejamos cientes da importância da nossa participação no equilíbrio fluídico da instituição que freqüentamos, pois as atividades espirituais que ali são realizadas muito dependem da nossa participação efetiva com disposição, boa vontade, preparo e trabalho incessante no aperfeiçoamento individual e coletivo, para que alcancemos êxito e mereçamos cada vez mais a companhia e a confiança do mundo espiritual.

Incontáveis são as instruções que os Espíritos Superiores nos transmitem, nas diversas obras espíritas, com a finalidade de nos ajudar a crescer, amar e servir, sempre mais e melhor e, dentre elas, trazemos as instruções do querido Benfeitor Adolfo Bezerra de Menezes, que abaixo transcrevemos.

Bezerra fala sobre o Ambiente do Centro Espírita

Um Centro Espírita onde as vibrações dos seus frequentadores, encarnados ou desencarnados, irradiem de mentes respeitosas, de corações fervorosos, de aspirações elevadas; onde a palavra emitida jamais se desloque para futilidades e depreciações; onde, em vez do gargalhar divertido, se pratique a prece; em vez do estrépito de aclamações e louvores indébitos se emitam forças telepáticas à procura de inspirações felizes; e ainda onde, em vez de cerimônias ou passatempos mundanos, cogite o adepto da comunhão mental com os seus mortos amados ou os seus guias espirituais; um Centro assim, fiel observador dos dispositivos recomendados de início pelos organizadores da filosofia espírita, será detento da confiança da Espiritualidade esclarecida, a qual o levará à dependência de organizações modelares do Espaço, realizando-se então, em seus recintos, sublimes empreendimentos, que honrarão os seus dirigentes dos dois planos da Vida. Somente esses, portanto, serão registrados no Além-Túmulo como casas beneficentes, ou templos do Amor e da Fraternidade, abalizados para as melindrosas experiências espíritas, porque os demais, ou seja, aqueles que se desviam para normas ou práticas extravagantes ou inapropriadas serão, no Espaço, considerados meros clubes onde se aglomeram aprendizes do Espiritismo em horas de lazer”. (1)

Assim sendo, precisamos ter os devidos cuidados com as vibrações que disseminamos pelos diversos ambientes da nossa Casa Espírita, procurando participar com alegria e dignidade dos trabalhos realizados sob a inspiração e comando dos Amigos do invisível, mantendo o desejado equilíbrio emocional, cedendo nossos melhores fluidos, tornando-nos instrumentos úteis aos variados e delicados trabalhos que ali se processam.

Seja na tarefa da mediunidade de cura dos enfermos que buscam o auxílio espiritual das casas espíritas para suas enfermidades, seja na tarefa de conversar com as entidades desencarnadas sofredoras, ou ainda na sublime oportunidade de falar da consoladora mensagem espírita através da oratória, precisamos demonstrar, principalmente, preparo e fé, para estarmos aptos a captar e transmitir pela inspiração que nos será dada pelos instrutores espirituais os melhores recursos para a eficácia da tarefa a nós confiada.

Precisamos ouvir a advertência dos Emissários Celestes da espiritualidade esclarecida que nos recomendam o máximo respeito nas assembleias espíritas, onde jamais deverão penetrar a frivolidade e a indisciplina, a maledicência e a intriga, o comércio, o barulho e as atitudes menos dignas de qualquer jaez.

Quando não procedemos conforme nos instruem os Celestes Emissários, estamos nos sujeitando a atrair para tais atividades, e, portanto, para a nossa instituição, bandos de entidades hostis, malfeitoras e ignorantes do invisível, que virão interferir de forma negativa nos trabalhos ali realizados, pois os Espíritos Benfeitores não participam de atividades frívolas nem de ambientes incompatíveis com a prática da verdadeira caridade.


Referência:

(1) Dramas da Obsessão, de Bezerra de Menezes, psicografado por Yvonne A. Pereira - Editado pela FEB.
 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita