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Estudando as obras de Kardec
Ano 3 - N° 143 – 31 de Janeiro de 2010

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Revue Spirite de 1865

Allan Kardec 

(Parte 6)

Damos prosseguimento ao estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1865. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 22 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. Pouco depois de desencarnar, que disse o dr. Demeure sobre sua condição no mundo espiritual?

Morto a 26 de janeiro de 1865, o doutor Demeure comunicou-se na Sociedade Espírita de Paris no dia 30 seguinte, quando disse o seguinte: “Como sou feliz! Não sou mais velho nem enfermo; meu corpo era apenas um disfarce imposto; sou jovem e belo, belo dessa eterna juventude dos Espíritos cujas rugas não mais sulcam o rosto, cujos cabelos não embranquecem sob a ação do tempo”. Nos dois dias seguintes ele comunicou-se novamente e revelou que já se encontrava a postos na ajuda aos enfermos. (Revue Spirite de 1865, pp. 80 a 83.)

B. Que lição nos deixou o caso do médium Hillaire?

Reportando-se ao caso do médium Hillaire, que se perdera devido à vaidade e ao orgulho, Kardec disse que a parte essencial do Espiritismo não são os fenômenos, mas a aplicação de seus princípios morais. É nisto que se reconhecem os Espíritas sinceros. Há espíritas que, infelizmente, não levam esse pensamento a sério e essa é a razão por que nem todos os adeptos do Espiritismo são perfeitos. Hillaire pertencia a essa classe, por isso faliu. A Providência o havia dotado de notável faculdade, com cujo auxílio fez muito bem, mas poderia fazer ainda muito mais se não tivesse, por sua fraqueza, rompido a missão. (Obra citada, pp. 89 a 91.)  

C. Por que Deus fez da destruição recíproca dos seres vivos uma lei e, ao mesmo tempo, uma necessidade essencial à vida?

Tratando do assunto, Kardec lembra que a verdadeira vida, tanto do animal, quanto do homem, não está no envoltório corporal; está no princípio inteligente que sobrevive ao corpo. Esse princípio inteligente – a alma – necessita do corpo para se desenvolver pelo trabalho que deve realizar sobre a matéria bruta. O corpo se gasta nesse trabalho, mas a alma, não; ao contrário, dele sai mais forte, mais lúcida e mais capaz. E aduziu que, pelo espetáculo incessante da destruição, Deus ensina aos homens o pouco caso que devem fazer do envoltório material e suscita neles a ideia da vida espiritual, fazendo-os desejá-la como uma compensação. (Obra citada, pág. 95.) 

Texto para leitura

60. Comentando as mensagens transmitidas pela Sra. Foulon, Kardec chama atenção do leitor para dois pontos. O primeiro é a possibilidade, revelada por ela, de um Espírito passar da Terra a outro planeta mais elevado, desde que reúna condições espirituais para esse salto no processo reencarnatório. O segundo é a confirmação do ensinamento de que depois da morte estamos menos separados dos entes queridos do que durante a existência corpórea. (Pág. 80.)

61. Morto a 26 de janeiro de 1865, o doutor Demeure, médico homeopata muito distinto em Albi, comunicou-se na Sociedade Espírita de Paris no dia 30 seguinte. Disse o amigo a Kardec: “Como sou feliz! Não sou mais velho nem enfermo; meu corpo era apenas um disfarce imposto; sou jovem e belo, belo dessa eterna juventude dos Espíritos cujas rugas não mais sulcam o rosto, cujos cabelos não embranquecem sob a ação do tempo”. (Págs. 80 e 81.)

62. Nos dois dias seguintes o dr. Demeure comunicou-se novamente e revelou que já se encontrava a postos na ajuda aos enfermos. Kardec faz a seguinte observação: “A poucos dias de distância, ele cuidava dos doentes como médico e, apenas desencarnado, apressa-se em ir cuidar deles como Espírito. Que se ganha em estar no outro mundo, perguntarão certas pessoas, se ali não se goza de repouso?” Em resposta, o Codificador explica que a atividade espiritual não é um constrangimento, mas uma necessidade, uma satisfação para os Espíritos, que procuram as ocupações que tenham ligação com suas aptidões e possam ajudar o seu adiantamento. (Págs. 82 e 83.)

63. A Revue reporta-se ao processo que envolveu o médium Hillaire, de Sonnac (Charente-Inférieure), o qual permitiu que a vaidade e o orgulho lhe subissem à cabeça e acabou se perdendo. Levado o caso ao Tribunal, este condenou Hillaire a um ano de prisão e multas, embora as testemunhas, em número de 20, tivessem atestado a veracidade dos fenômenos atribuídos ao médium. Comentando o desfecho do lamentável caso, Kardec diz que o Espiritismo não saiu apenas são e salvo daquela prova, mas também “com as honras da guerra”. (Págs. 84 a 88.)

64. Em verdade, o julgamento não proclamou a veracidade das manifestações de Hillaire, mas não as considerou fraudulentas. O médium foi condenado por outro motivo. Quanto à doutrina, ali obteve um sufrágio brilhante, visto que – adverte Kardec – o Espiritismo está menos nos fenômenos materiais do que em suas consequências morais. (Pág. 88.)

65. Em mensagem dirigida especialmente aos espíritas devotados no caso Hillaire, Kardec reitera que a parte essencial do Espiritismo não são os fenômenos, mas a aplicação de seus princípios morais. É nisto que se reconhecem os Espíritas sinceros. Há espíritas que, infelizmente, não levam esse pensamento a sério e essa é a razão por que nem todos os adeptos do Espiritismo são perfeitos. Hillaire pertencia a essa classe, por isso faliu. A Providência o havia dotado de notável faculdade, com cujo auxílio fez muito bem, mas poderia fazer ainda muito mais se não tivesse, por sua fraqueza, rompido a missão. (Págs. 89 a 91.)

66. Concluindo a mensagem, Kardec adverte: “Não podemos condená-lo, nem absolvê-lo; só a Deus pertence julgá-lo por não haver cumprido a tarefa até o fim”. “Irmãos, estendamo-lhe a mão de socorro e oremos por ele.” (Pág. 91.)

67. Na seção de livros, a Revue noticia o lançamento do livro Um Anjo do Céu na Terra, escrito por Benjamin Mossé, rabino em Avignon, no qual a caridade é ensinada pelos mais tocantes fatos. (Págs. 91 a 94.)

68. O número de abril focaliza logo na abertura o tema destruição recíproca dos seres vivos, uma lei natural que não parece, à primeira vista, conciliar-se com a bondade de Deus. O que se pergunta é: Por que o Criador lhes teria feito uma necessidade se entredestruírem para se alimentarem uns à custa dos outros? (Pág. 95.)

69. Ora, responde Kardec, a verdadeira vida, tanto do animal, quanto do homem, não está no envoltório corporal; está no princípio inteligente que sobrevive ao corpo. Esse princípio inteligente – a alma – necessita do corpo para se desenvolver pelo trabalho que deve realizar sobre a matéria bruta. O corpo se gasta nesse trabalho, mas a alma, não; ao contrário, dele sai mais forte, mais lúcida e mais capaz. (Pág. 95.)

70. Pelo espetáculo incessante da destruição, Deus ensina aos homens o pouco caso que devem fazer do envoltório material e suscita neles a ideia da vida espiritual, fazendo-os desejá-la como uma compensação. (Pág. 95.) (Continua no próximo número.)

 


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