Uma confreira paulista
pergunta o que acontece com
a alma de uma pessoa que
padece o mal de Alzheimer e
se pode haver casos em que
sintomas semelhantes aos da
doença sejam provocados, não
pela enfermidade, mas por um
processo obsessivo.
O chamado mal de Alzheimer
caracteriza-se clinicamente
pela perda progressiva da
memória. De acordo com os
especialistas, o cérebro de
um paciente com a doença de
Alzheimer, quando visto em
necropsia, apresenta uma
atrofia generalizada, com
perda neuronial específica
em certas áreas do hipocampo
e também em regiões
parieto-occipitais e
frontais. A perda de memória
causa a estes pacientes um
grande desconforto em sua
fase inicial e
intermediária. Na fase
adiantada não apresentam
mais condições de
perceber-se doentes, por
falha da autocrítica. Não se
trata de uma simples falha
na memória, mas sim de uma
progressiva incapacidade
para o trabalho e o convívio
social, devido às
dificuldades para reconhecer
pessoas próximas e os
objetos. Um paciente com
doença de Alzheimer pergunta
a mesma coisa centenas de
vezes, mostrando sua
incapacidade de fixar algo
novo. Palavras são
esquecidas, frases são
truncadas, muitas
permanecendo sem
finalização. Trata-se, pois,
de enfermidade com causas
orgânicas definidas pela
ciência médica, sem nenhuma
relação com a obsessão
propriamente dita, embora em
certos processos obsessivos
possam ocorrer situações
parecidas com os efeitos do
mal de Alzheimer, fato que
só poderá ser esclarecido em
casos concretos, em que se
aliem o tratamento médico e
o tratamento espiritual.
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