ÂNGELA MORAES
anjeramoraes@hotmail.com
Bauru, São Paulo
(Brasil)
Amar é...
Quando sabemos
que estamos
amando? No
início da
gostosa fase dos
namoricos,
encontros e
reencontros,
quando
finalmente
firmamos um
compromisso um
pouco mais
sério, qual o
sentimento que
nos indica a
hora de dizer o
primeiro “eu te
amo”? Quando a
saudade da
pessoa dói
demais? Quando
não podemos
viver sem ela?
Quando sua
companhia torna
o dia completo e
as horas as mais
agradáveis?
Se somos assim
com nossos
sentimentos
falhos e pueris
da vida, que
dirá sobre o
nosso sentimento
para com Deus?
Será que já
evoluímos nosso
sentir para um
compromisso mais
sério com o amor
magnânimo do
Pai? Já dissemos
a Ele, com o
coração cheio de
amor, “Eu te
amo”? Será que
já compreendemos
que, com ele,
nosso dia é
completo e
nossas horas as
mais
agradáveis?
“Amar a Deus
sobre todas as
coisas”, disse
Jesus, com a
simplicidade de
seu espírito
repleto desse
sentimento que
nós, mesquinhos
e imperfeitos,
estamos talvez
longe de
compreender.
Talvez também
por isso um
fabricante de
figurinhas
pré-adolescentes
fez muito
sucesso nos anos
90, com as
famosas “Amar
é...”. Em cada
pacotinho, três
graciosas
figurinhas
traziam exemplos
práticos de como
o amor se
manifestava nas
atitudes do
casalzinho, como
“Amar é... ficar
feliz quando ela
está feliz”.
Assim, levando a
divertida e
pragmática
fórmula para o
mais importante
mandamento
bíblico,
poderíamos ter
uma visão mais
prática do que é
amar a Deus em
atitudes.
Vejamos:
AMAR A DEUS
É...
– Perceber que
Ele está por
perto nas
coincidências do
dia-a-dia;
– Sentir que
alguma voz nos
acalma quando o
espírito parece
desmoronar;
– Ter afeição
pelas suas
criaturas;
– Observar que
as pessoas que
vieram para sua
família são
exatamente
aquelas que você
deveria – ou
sonhava –
reencontrar;
– Agradecer pelo
café ter um
cheirinho tão
bom e o nosso
corpo ter o
olfato
desenvolvido
para perceber
isso;
– Ter calma de
que as coisas
vão se resolver
da melhor
maneira
possível;
– Ter certeza de
que você não
está sozinho;
– Querer bem
àqueles que o
mundo geralmente
julga mal;
– Ter ternura
por aqueles que
precisam dela, e
nem sempre
encontram nas
mães do mundo;
– Perdoar o
outro filho
D’Ele, que ainda
não entendeu a
Lei;
– Aceitar as
coisas boas e
ruins, confiante
de que todas as
experiências
foram
cautelosamente
escolhidas por
Ele
especialmente
para o seu
aprendizado;
– Fazer todos os
esforços para
vê-lo feliz,
fazendo o que
Ele te pediu em
relação aos
semelhantes...
Ah! Quantas
opções! E
quantas outras
mais cada um de
nós poderia
acrescentar
nesta lista,
tendo em vista a
imensidão de
momentos em que
Deus nos toca
com seu amor e
nós temos a
oportunidade de
retribuir! Mas
Jesus fez também
uma ressalva:
“Amar a Deus
SOBRE TODAS AS
COISAS”.
Emprestando
novamente a
fórmula das
figurinhas:
AMAR A DEUS
SOBRE...
– Os vícios
– O dinheiro
– Nossa
ansiedade de que
as coisas
aconteçam agora
– A necessidade
de ter razão
– As vontades e
os caprichos do
eu
– As paixões
mundanas
“Que não amemos
de palavras ou
de língua, mas
de obras e de
verdade”, disse
o apóstolo João
(3:18). Ou seja,
amar é um verbo
de ação. Amar é
agir. Que
saibamos enfim
identificar nos
muitos minutos
do nosso dia as
imensas
oportunidades de
nos ligarmos a
Deus, agindo com
amor, vivendo
com amor,
amando-O em
nossas atitudes.
Que saibamos,
enfim, e
possamos dizer,
como naquele
difícil e
emocionante
momento dos
recém-namorados,
nosso primeiro
dos muitos “eu
te amo” que
falaremos ao Pai
daqui para a
frente.