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Estudando a série André Luiz
Ano 3 - N° 146 - 21 de Fevereiro de 2010

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  
 

Entre a Terra e o Céu

André Luiz

(Parte 23)

Continuamos a apresentar o estudo da obra Entre a Terra e o Céu, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Como Zulmira reagiu ao pedido para que fosse mãe do menino Júlio?

Tomada por lágrimas de alegria e depois de inclinar-se sobre o menino, afagando-o com intraduzível ternura, ela disse em voz quase sufocada pela emoção: "Estou pronta! Devo a Júlio cuidados que lhe neguei... Louvo reconhecidamente a Deus por esta graça! Sinto que assim nunca mais se­rei assaltada pelo remorso de não haver feito por ele quanto me compe­tia!... Será meu filho, sim!... Conchegá-lo-ei de encontro ao peito! O' Senhor, ampara-me!..." (Entre a Terra e o Céu, cap. XXVII, págs. 169 a 171.) 

B. A nova existência de Júlio teria curta duração?

Sim. O ex-suicida sofreria o aflitivo desejo de permanecer na Terra; no entanto, suicida que fora, com duas tentativas de autoaniquilamento, por duas vezes deveria experimentar a frustração para valorizar com mais segu­rança a bênção da vida terrestre. "Depois de estagiar por muitos anos nas regiões inferiores de nosso plano, confiando-se inu­tilmente à re­volta e à inércia – elucidou o Ministro –, já passou pelo afogamento e agora enfrentará a intoxicação. Tudo isso é lastimá­vel, no en­tanto... quem aprenderá sem a cooperação do sofrimento?" Hi­lário alu­diu, então, ao martírio dos pais, e Clarêncio esclareceu: "Meus ami­gos, a jus­tiça é inalienável. Não podemos iludi-la. Com o desequilí­brio emocio­nal de Amaro e Zulmira, no pretérito, Júlio arrojou-se a escuro des­penhadeiro de compromissos morais e, na atualidade, reabili­tar-se-á com a cooperação deles. Ontem, o casal, por esquecê-lo, in­clinou-o à queda, hoje, por amá-lo, garantir-lhe-á o soerguimento". (Obra citada, cap. XXVIII, págs. 172 e 173.)

C. Por que fora simples o processo reencarnatório de Júlio?

Clarêncio esclareceu que a reencarnação de Júlio fora simples porque se tratava de uma encarnação com interesse tão-somente para ele mesmo e para os familiares que o cercavam. Se a existência do filho de Amaro estivesse destinada a influen­ciar a comunidade, se ele fosse detentor de méritos indiscutíveis, com responsabilidades justas nos caminhos alheios, o problema seria dife­rente. "Forças de ordem superior seriam fatalmente mobilizadas para a interferência nos cromossomos, garantindo-se o embrião do veículo fí­sico de maneira adequada à missão que lhe coubesse", ajuntou o Minis­tro. (Obra citada, cap. XXVIII, págs. 174 a 176.)

Texto para leitura  

79. Zulmira aceita ser mãe - Hilário aludiu então à questão da antipa­tia. Seria esta prejudicial nos processos reencarnatórios? Clarêncio elucidou: "Toda antipatia conservada é perda de tempo, em muitas oca­siões acrescida de lamentáveis compromissos. O espinheiro da aversão exige longos trabalhos de reajuste. Em várias circunstâncias, para cu­rar as chagas de um desafeto, gastamos muitos anos, perdendo o con­tacto com admiráveis companheiros de nossa jornada espiritual para a Grande Luz".

Os dias transcorreram e soube-se, então, que Odila passou a dispensar envolvente carinho a Amaro e sua esposa doente, que, à custa de muito esforço dela, restabeleceu afinal a saúde orgânica. Preparando o retorno do filho amado, Odila associou-se, de coração, à tarefa de restaurar a harmonia conjugal e o contentamento de viver. Foi assim que, passadas algumas semanas, o grupo recebeu de irmã Clara um convite para uma visita ao Lar da Bênção.

No dia aprazado, estavam ali, a postos, Blandina, Mariana, Clarêncio, Hilário e André, pales­trando animadamente em aposentos reservados na Escola das Mães, em torno do berço de Júlio. Decorrido algum tempo, Clara, Odila e Zulmira chegaram, envolvidas em luminosa onda de paz. Enlaçada pelos braços das duas entidades, a ex-obsidiada parecia feliz, apesar da impressão de medo e insegurança que lhe transparecia do olhar. Ao ver o menino, indagou: "Será Júlio, meu Deus?" – "É verdadeiramente Júlio! – con­firmou Odila – para ele te rogamos socorro! nosso pequeno precisa re­nascer, Zulmira! poderás auxiliá-lo, oferecendo-lhe o regaço de mãe?"

Tomada por lágrimas de alegria, Zulmira inclinou-se sobre o menino e, afagando-o com intraduzível ternura, falou em voz quase sufocada pela emoção: "Estou pronta! Devo a Júlio cuidados que lhe neguei... Louvo reconhecidamente a Deus por esta graça! Sinto que assim nunca mais se­rei assaltada pelo remorso de não haver feito por ele quanto me compe­tia!... Será meu filho, sim!... Conchegá-lo-ei de encontro ao peito! O' Senhor, ampara-me!..."

Zulmira, abraçada ao menino, pareceu, desde então, incapaz de qualquer sintonia com os demais Espíritos que ali se encontravam. Clarêncio sugeriu então que ela fosse restituída ao lar terrestre, para evitar maiores emoções, ficando marcada para o dia se­guinte a reencarnação daquele que, no passado, fora amante de Lina Flores e por ela se suicidara! (Cap. XXVII, págs. 169 a 171.) 

80. Júlio volta ao lar terreno - No dia seguinte, Clarêncio informou, de forma concisa, como seria o processo reencarnatório de Júlio. O ex-suicida sofreria o aflitivo desejo de permanecer na Terra; no entanto, suicida que foi, com duas tentativas de autoaniquilamento, por duas vezes deveria experimentar a frustração para valorizar com mais segu­rança a bênção da vida terrestre.

"Depois de estagiar por muitos anos nas regiões inferiores de nosso plano, confiando-se inu­tilmente à re­volta e à inércia – elucidou o Ministro –, já passou pelo afogamento e agora enfrentará a intoxicação. Tudo isso é lastimá­vel, no en­tanto... quem aprenderá sem a cooperação do sofrimento?" Hi­lário alu­diu ao martírio dos pais, e Clarêncio esclareceu: "Meus ami­gos, a jus­tiça é inalienável. Não podemos iludi-la. Com o desequilí­brio emocio­nal de Amaro e Zulmira, no pretérito, Júlio arrojou-se a escuro des­penhadeiro de compromissos morais e, na atualidade, reabili­tar-se-á com a cooperação deles. Ontem, o casal, por esquecê-lo, in­clinou-o à queda, hoje, por amá-lo, garantir-lhe-á o soerguimento".

Quando se avizinhava a madrugada, o grupo socorrista voltou à casa de Amaro. Odila trazia nos braços o filho irrequieto e gemente, enquanto Clarên­cio, Clara, Blandina, Mariana, Hilário e André rodeavam a ambos, em silêncio. Ao penetrar a sala humilde, Júlio emudeceu. O Ministro ex­plicou: "O doentinho encontra grande alívio em contacto com os flui­dos domésticos. O reequilíbrio da alma no ambiente que lhe é familiar no mundo constitui base firme para o êxito da reencarnação".

Em se­guida, penetrou, sozinho, a câmara conjugal, para certificar-se quanto à conveniência de se confiar o pequenino à sua futura mãe. Pas­sados al­guns minutos, Clarêncio voltou à sala e convidou os demais para en­trar. Enternecedor espetáculo desdobrou-se à vista de todos. Zulmira, em Espírito, estendeu-lhes braços fraternos. Estava bela, ra­diante de alegria... E, quando recebeu Júlio, conchegando-o ao peito, pareceu-lhes sublimada Madona, aureolada por maternidade vitoriosa. Odila cho­rava. O Ministro ergueu, então, os olhos para o Alto e orou, em voz comovedora. (Cap. XXVIII, págs. 172 e 173.) 

81. A reencarnação de Júlio - "Senhor, abençoa-nos!... De almas entre­laçadas na esperança em teu infinito amor e no júbilo que nasce da obediência aos teus desígnios, aqui nos achamos, acompanhando um amigo que volta à recapitulação!", disse Clarêncio em sua prece, pedindo forças para o amigo submeter-se resignado à cruz que lhe seria a sal­vação. "O' Pai, sustenta-nos – prosseguiu o Ministro – na grande es­trada redentora em que o obstáculo e a dor devem ser nossos guias, fortalece-nos o bom ânimo e a serenidade e modela-nos o coração para que saibamos servir-te em qualquer circunstância!... Sobretudo, Se­nhor, rogamos-te auxilies a nossa irmã que investe sagradas aspirações femininas no apostolado maternal! Santifica-lhe os anseios, multi­plica-lhe as energias para que ela se honre contigo na divina tarefa de criar!..."

A palavra de Clarêncio, saturada de paternal amor, le­vara todos à comoção, especialmente Zulmira, que, atraída pelo poder magnético da oração, avançou com o menino colado ao regaço até junto do Ministro, e ajoelhou-se. André lembrou-se da passagem evangélica da viúva de Naim com o filho morto aos pés do Cristo, e chorou. Tocado por aquele gesto espontâneo de confiança e fé, Clarêncio transfigurou-se. Jorro estelar descia da Altura, inflamando-lhe a fronte, e da des­tra que acariciava a irmã genuflexa projetavam-se raios de safirina luz... Em seguida, sustentando-a nos braços, ele a reergueu, condu­zindo-a ao leito com a criança. Júlio dormia placidamente e, abraçado ao colo materno, parecia fundir-se nele. O fenômeno reencarnatório ali era demasiado simples. O corpo sutil do menino como que se justapunha aos delicados tecidos do perispírito maternal, adelgaçando-se gradati­vamente. Clara e as demais companheiras oscularam a futura mãe, que tentava recuperar o corpo denso, conduzindo consigo o pequeno confor­tado e desfalecente. Odila encarregou-se da assistência a Zulmira e Clarêncio prometeu seguir, de perto, os serviços naturais daquela gra­videz incipiente.

Ao sair, Clarêncio esclareceu que a reencarnação de Júlio fora simples, porque se tratava de uma encarnação com interesse tão-somente para ele mesmo e para os familiares que o cercavam. Toda­via, se a existência do filho de Amaro estivesse destinada a influen­ciar a comunidade, se ele fosse detentor de méritos indiscutíveis, com responsabilidades justas nos caminhos alheios, o problema seria dife­rente. "Forças de ordem superior seriam fatalmente mobilizadas para a interferência nos cromossomos, garantindo-se o embrião do veículo fí­sico de maneira adequada à missão que lhe coubesse", ajuntou o Minis­tro. (Cap. XXVIII, págs. 174 a 176.) (Continua no próximo número.)
 

 


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