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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 146 - 21 de Fevereiro de 2010

LUIS ROBERTO SCHOLL 
robertoscholl@terra.com.br
Santo Ângelo, Rio Grande do Sul (Brasil)
 

Alcoolismo e consequências


No livro Árdua Ascensão ¹ ditado da espiritualidade pelo grande romancista francês Victor Hugo, há um notável diálogo entre o Dr. Helio Garcia, juiz da comarca local e o Sr. Demétrio Patriarca, conhecido alcoólatra, contumaz provocador de arruaças, quando embriagado: 

“À margem do problema, gostaria de dizer-lhe, na condição de amigo, que o alcoolismo é uma enfermidade curável. Dependência orgânica e psicológica, tem conotação obsessiva, isto é, de interferência espiritual, já que antigos viciados se utilizam de pessoas conflitadas para as dominarem, dando curso aos seus despautérios antigos, ou pode ser inspirada por ferrenhos inimigos que desejam destruir aqueles a quem perseguem, recorrendo a este expediente infeliz. 

Um pouco de vontade para vencer a impulsão do vício, adiando a dose inicial; a prece de humildade, rogando a divina ajuda; a meditação a respeito do sentido da vida são antídotos eficientes contra a embriaguez alcoólica”. 

Após uma longa conversa, sentindo que o interlocutor ainda não estava aberto às novas ideias, conta o magistrado uma rica história: 

“Gostaria de narrar-lhe uma parábola oriental, atribuída a Maomé, o profeta que o mundo árabe considera como o maior de todos os emissários jamais vindos à Terra. Conta-se que o Tentador encontrou um homem que ambicionava a posse caso ele aceitasse uma das três seguintes propostas: matar a esposa, surrar a mãe até inutilizá-la ou embriagar-se. O candidato à abundância respondeu: ‘- Do que me adiantam um grande poder e riqueza, após matar minha esposa ou à minha mãe inutilizar, retribuindo-lhe todos os sacrifícios e dedicação afetiva com tão estúpida ação?’ ‘– Então, aceita embriagar-se, apenas uma vez?’ – propôs o Perverso. Acreditando que os efeitos da bebida logo cessariam e que o ato seria de curta duração, o ambicioso aquiesceu, negociando a fortuna, pelo embebedar-se. Tomou altas doses de vinho e aguardente, perdendo o controle e desequilibrando-se, lamentavelmente. Porque a esposa o admoestasse, ignorando o que se passava, ele agrediu-a, grosseiro, empurrando-a com violência, o que redundou em a mesma chocar-se contra a parede e perecer de fratura craniana, no mesmo instante. A mãezinha, que observara o desditoso incidente, correu a auxiliar a nora, enquanto ele, desarvorado e odiento, reagiu, agredido-a e produzindo-lhe fraturas ósseas e hemorragias que a inutilizaram. O homem, que se negara, no exercício da razão lúcida, a praticar apenas um mal, quando embriagado descambou para a dolorosa realização de todos os males”. 

E, para encerrar o colóquio admoestador, recomenda o nobre jurista:

“Medite, meu amigo, a bebida alcoólica é má companheira, levando a sua vítima a terminais sem retorno possível”.

 

Referência:

(1)  FRANCO, Divaldo. Árdua Ascensão. Pelo Espírito Victor Hugo, 6. ed. Salvador, Ed. LEAL, 1985, p.110 e 113.


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita