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Clássicos do Espiritismo
Ano 3 - N° 147 - 28 de Fevereiro de 2010

ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
 

Memórias do Padre Germano

Amália Domingo Sóler

 (Parte 9)

Damos continuidade nesta edição ao estudo do clássico Memórias do Padre Germano, que será aqui estudado em 20 partes. A fonte do estudo é a 21ª edição do livro, publicada pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Padre Germano tornou-se cético com respeito ao valor das religiões?

Sim. O fato que o levou ao ceticismo com relação às religiões foi o desejo de seus superiores de comercializar em favor da Igreja a água que jorrava da Fonte da Saúde, tida como milagrosa pelos fiéis da região. Germano escreveu: “No início, todas <as religiões> são lagos cristalinos; depois, convertem-se em pântanos lodosos, porque penetra nelas a exploração das misérias humanas, ficando a ideia primordial de aparecidas imagens, que, quase sempre, pedem um templo ao pé de uma fonte”. (Memórias do Padre Germano, pp. 162 e 163.)

B. A reencarnação fazia parte das crenças do Padre Germano?

Sim, e ele não ocultava seu pensamento até mesmo ante seus superiores, aos quais escreveu dizendo que seus paroquianos, as almas simples daquela pequena comunidade, haveriam de regressar à Terra tantas vezes quantas fossem necessárias ao progresso de seus Espíritos. (Obra citada, pág. 165.)

C. Germano concordou com a comercialização da Fonte da Saúde?

Não. Sua resposta aos superiores foi bem clara: “Templos de terra, efêmeros como tudo que é terreno, não darei um passo para os edificar, porque, sob as suas abóbadas, o homem sente frio!” E aditou: “Cristo escolheu, antes, o cume dos montes e os frágeis barquinhos para neles fazer suas prédicas, provando-nos, assim, que a cátedra do Espírito Santo não necessita de lugares privilegiados; que, para anunciar aos homens o reino da verdade, na época da justiça, bastava haver apóstolos do Evangelho”. Fechando sua resposta, Padre Germano acrescentou: “Se me for possível, antes de partir deste vale de lágrimas, hei de construir uma casa, não para Deus, que de casas prescinde, mas para os pobres, para os mendigos atribulados, para as crianças órfãs, para os velhos enfermos, para todos, em suma, que padeçam do alquebramento do corpo ou do espírito”. (Obra citada, pp. 165 e 166.)  

Texto para leitura 

68. O cap. 15, intitulado “Para Deus Nunca é Tarde”, mostra as vacilações de Rodolfo e a importância de Maria na renovação dos hábitos do rapaz, que, como sabemos, sempre fora muito apegado à sensualidade e aos desejos da carne. Maria aproveitou o momento certo para, na presença do Padre, dizer a Rodolfo que ele tudo reduzia à sensualidade, “quando o apetite da carne é, dos agentes da Natureza, o que deve ocupar o mais limitado tempo dos trabalhos”. (P. 158)

69. As palavras de Maria, plenas de fé na imortalidade e na Providência Divina, reanimaram tanto o rapaz que ele, sorrindo prazeroso, perguntou: “E que devo fazer para começar minha tarefa?” “Olhai -- replicou Maria --, hoje mesmo tive uma ideia: vi uma pobre mulher extenuada de fadiga, com três filhinhos que a acompanham na sua miséria. A pobrezinha, a julgar pela aparência, pouco poderá viver na Terra... Que será dessas pobres criancinhas se a caridade lhes não der generoso abrigo e assistência? Levantemos, pois, um asilo para os órfãos pobres: -- a mais pequena das vossas joias, o broche mais simples do vosso manto, valerá muito mais do que o terreno necessário para tal fim”. (PP. 160 e 161)

70. Rodolfo concordou de imediato com a proposta e prometeu ajudá-la, pondo à sua disposição seus avultados haveres. “Farei quanto quiserdes -- afirmou-lhe o moço --, porque tenho, como dizeis, frio nalma e quero cobrir-me com o divino manto do amor...” (PP. 161)

71. No cap. 16, designado “O Melhor Templo”, Padre Germano transcreve, pesaroso, carta de seus superiores em que estes  lhe sugerem a comercialização em favor da Igreja da água que  jorrava da Fonte da Saúde e a reedificação da velha igreja. Esse fato o levou a ser um cético no tocante ao valor das religiões, de que ele dizia: “No início, todas <as religiões> são lagos cristalinos; depois, convertem-se em pântanos lodosos, porque penetra nelas a exploração das misérias humanas, ficando a ideia primordial de aparecidas imagens, que, quase sempre, pedem um templo ao pé de uma fonte”. (PP. 162 e 163)

72. Na resposta que enviou aos seus superiores, Padre Germano  foi enfático:  “Templos de terra,  efêmeros como tudo que é terreno, não darei um passo para os edificar, porque, sob as suas abóbadas, o homem sente frio!” E aditou: “Cristo escolheu, antes, o cume dos montes e os frágeis barquinhos para neles fazer suas prédicas, provando-nos, assim, que a cátedra do Espírito Santo não necessita de lugares privilegiados; que, para anunciar aos homens o reino da verdade, na época da justiça, bastava haver apóstolos do Evangelho”. (P. 165)

73. Na sequência da carta, Padre Germano foi bastante claro: “Não espereis que eu dê um passo para reedificar minha velha igreja, pois cogito de levantar outros templos mais duradouros. Sabeis quais são? -- São os Espíritos dos meus paroquianos, as almas simples destes camponeses, que hão de regressar à Terra tantas vezes quantas forem necessárias ao progresso do seu Espírito”. (P. 165)

74. Fechando sua resposta, Padre Germano acrescentou: “Se me for possível, antes de partir deste vale de lágrimas, hei de construir uma casa, não para Deus, que de casas prescinde, mas para os pobres, para os mendigos atribulados, para as crianças órfãs, para os velhos enfermos, para todos, em suma, que padeçam do alquebramento do corpo ou do espírito”. (P. 166)

75. No cap. 17, sugestivamente denominado “Uma Vítima de Menos”, Padre Germano conta como livrou da clausura a jovem Angelina, filha de antiga pecadora que, vez por outra, vinha-lhe confessar seus pecados, fazendo constante propósito de se emendar, mas reincidindo sempre neles, visto como o que se aprende na infância não se esquece nem na velhice. (P. 168)

76. A Condessa A..., mulher sem coração, tivera um caso com o Marquês B..., do qual nasceu Angelina. Mentindo ao pai sobre a vida da filha, a Condessa internou-a num convento e desejava, como resgate de seus erros, que a moça concordasse com a vida de clausura. Para convencê-la, viera rogar os serviços do Padre Germano, mediante régia recompensa. (PP. 169 a 171) (Continua na próxima edição.)


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita