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Estudando as obras de Kardec
Ano 3 - N° 147 - 28 de Fevereiro de 2010

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Revue Spirite de 1865

Allan Kardec 

(Parte 10)

Damos prosseguimento ao estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1865. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 20 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. As sessões de doutrinação eram comuns em 1865?

Em alguns lugares, sim, como o Sr. Alexandre Delanne pôde constatar em visita a Barcelona, onde acompanhou a cura completa de uma senhora atingida por uma obsessão horrorosa, que datava de quinze anos pelo menos. Delanne descreveu também, na sequência, o tratamento realizado em outra sessão de um manobreiro chamado Joseph, que havia 18 anos sofria um processo obsessivo. Depois de relatar como se realizou o tratamento, Delanne acrescentou: “Que energia, que convicção, que coragem não são precisas para fazer semelhantes curas! A fé, a esperança e, sobretudo, a caridade, e só elas, podem vencer tão grandes obstáculos e afrontar tão temerariamente um grupo de tão temíveis adversários. Eu saí arrasado!” (Revue Spirite de 1865, pp. 138 e 139.) 

B. Que tipo de fenômeno Delanne presenciou em Carcassone?

Em Carcassone, em visita ao Sr. Jaubert, presidente do grupo espírita local, Delanne assistiu a outra ordem de fenômenos: os transportes. Assim que ele entrou no salão, uma chuva de drágeas caiu com ruído num canto da sala. A médium, que tinha o estômago inchado, tomou seu lápis e escreveu: “Dize a Delanne que ponha a mão no vazio de teu estômago e essa inflamação desaparecerá. Ora antes”. Aí caiu uma nova chuva, agora de bombons e no canto oposto àquele onde ocorrera o primeiro fenômeno. Delanne aproximou-se da doente, que apresentava uma inchação maior que na véspera. Impôs-lhe a mão e a inchação desapareceu como por encanto. Ocorreu então um terceiro derrame de drágeas. (Obra citada, pp. 139 a 141.)  

C. Que recomendação, no tocante às comunicações, fez em Lyon o Espírito de Pascal?

A Revue transcreveu três dissertações recebidas em Lyon, de autoria do Espírito de Pascal, que fez na ocasião inúmeras recomendações. Com respeito às comunicações mediúnicas, ele foi enfático: É preciso examinar as comunicações recebidas, submetendo-as à análise da razão e não tomando sem exame nem mesmo as inspirações que agitam a nossa alma. (Obra citada, pp. 144 a 149.) 

Texto para leitura 

107. Doutor Vignal disse, em seguida, que há muita diferença entre o desprendimento pós-morte e o desprendimento da alma ainda encarnada, como se dá durante o sono. “Hoje sou livre”, exclamou o Espírito, lembrando que durante a encarnação a matéria constringe a alma com seu sistema inflexível. (Págs. 134 e 135.)

108. A Revue publica duas cartas enviadas a Kardec pelo autor do opúsculo A confusão no Império de Satã, o Sr. Salgues, de Angers. Confessando ter sido anteriormente adversário das ideias espíritas, o Sr. Salgues reconhece o bem que o Espiritismo tem feito por toda a parte e se diz leitor atento dos escritos que tanto se espalham, para reafirmar a moralidade e os sentimentos religiosos, levados na via mais racional. (Págs. 136 e 137.)

109. Kardec lhe respondeu de forma carinhosa e, no final de sua carta, asseverou: “Se divergimos nalguns pontos de doutrina, vejo com verdadeira satisfação que um grande princípio nos une: `Fora da caridade não há salvação’.”(Pág. 138.)

110. Em carta a Kardec, o Sr. Delanne fala de sua visita a Barcelona, onde encontrou adeptos zelosos e fervorosos do Espiritismo. “Num grupo que visitei – refere o pai de Gabriel Delanne – vi dignos êmulos desse caro Sr. Dombre, de Marmande. Constatei a cura completa de uma senhora atingida por uma obsessão horrorosa, que datava de quinze anos pelo menos, muito antes que tivesse ouvido falar de Espíritos.”(Págs. 138 e 139.)

111. Delanne descreve, na sequência, o tratamento realizado em outra sessão de um manobreiro chamado Joseph, que havia 18 anos sofria um processo obsessivo, agora em vias de cura. O Espírito obsessor parecia ser da pior espécie, mas nunca disse o motivo de sua vingança, que impunha sofrimentos inenarráveis em sua vítima. Delanne relata na carta o que acontecia a Joseph nos momentos de crise. (Pág. 139.)

112. Premido pelo Sr. Delanne, o algoz desencarnado confessou enfim que aquele homem lhe havia roubado a mulher a quem amava. O doutrinador explicou que se ele quisesse  não  mais atormentar o manobreiro  e mostrasse um arrependimento sincero, ainda que mínimo, Deus lhe permitiria rever a pessoa amada. “Por ela – respondeu o Espírito – farei tudo.” Delanne pediu-lhe então que repetisse estas palavras: “Meu Deus, perdoai minhas faltas”. Ele hesitou, mas atendeu escrevendo: “Meu Deus, perdoai os meus erros!” O momento era crítico. Que iria acontecer? Tudo correu, no entanto, como o esperado e, operando enérgicos passes magnéticos em Joseph, que estava efetivamente esgotado como um lutador, o Sr. B... acabou acalmando-o completamente. (Pág. 139.)

113. Concluindo o relato, acrescentou Delanne: “Que energia, que convicção, que coragem não são precisas para fazer semelhantes curas! A fé, a esperança e, sobretudo, a caridade, e só elas, podem vencer tão grandes obstáculos e afrontar tão temerariamente um grupo de tão temíveis adversários. Eu saí arrasado!” (Pág. 139.)

114. Em Carcassone, visitando o Sr. Jaubert, presidente do grupo espírita local, Delanne pôde assistir a outra ordem de fenômenos: os transportes. Assim que ele entrou no salão, uma grande peça despida, apenas atapetada, uma chuva de drágeas caiu com ruído num canto da sala. A médium, que tinha o estômago inchado, tomou seu lápis e escreveu: “Dize a Delanne que ponha a mão no vazio de teu estômago e essa inflamação desaparecerá. Ora antes”. Aí caiu uma nova chuva, agora de bombons e no canto oposto àquele onde ocorrera o primeiro fenômeno. Delanne aproximou-se da doente, que apresentava uma inchação maior que na véspera. Impôs-lhe a mão e a inchação desapareceu como por encanto. Ocorreu então um terceiro derrame de drágeas. (Págs. 139 a 141.)

115. Comentando notícia publicada no Siècle a respeito da influência do uso imoderado do tabaco, que ocasionaria uma debilidade no cérebro e na medula espinhal, podendo daí resultar a loucura, a Revue adverte que, diante de tais perigos, não é de admirar que existam espíritas entre os loucos. Ocorre que, além das causas materiais, como a referida pelo Sr. Jolly na Academia de Ciências da França, há causas morais e é contra estas que os espíritas têm um poderoso preservativo em suas crenças. Com a influência do Espiritismo o número de casos de loucura por causas morais diminuiria incontestavelmente, diz a nota. (Págs. 142 e 143.)

116. A Revue transcreve três dissertações recebidas em Lyon e assinadas pelo Espírito de Pascal. Eis de forma resumida parte do que nelas se contém: A) É preciso examinar as comunicações recebidas, submetendo-as à análise da razão e não tomando sem exame nem mesmo as inspirações que agitam a nossa alma. B) A inspiração encerra dois elementos: o pensamento e o calor fluídico destinado a aquecer a alma do médium, dando-lhe o que chamamos de veia da composição. Se a inspiração encontrar o lugar ocupado por uma ideia preconcebida, o pensamento do Espírito comunicante fica sem intérprete e o calor fluídico se gasta em aquecer um pensamento que não é dele. C) A ideia, um dos dois elementos da inspiração medianímica, vem do mundo extrafísico e é a inspiração própria do Espírito. D) O calor fluídico é encontrado e tomado dos encarnados: é a parte quintessenciada do fluido vital em emanação, algumas vezes recolhido ao próprio inspirado, quando dotado de um certo poder fluídico ou medianímico, e o mais das vezes tomado em seu ambiente, na emanação de benevolência de que o inspirado esteja mais ou menos rodeado. É por isso que se diz que a simpatia torna eloquente. E) A ideia, sozinha, não basta, se não se lhe dá a força de exprimi-la. O calor é para a ideia o que o perispírito é para a alma. F) Deus não se vinga. É uma blasfêmia dizer que Deus age como os homens, porque estes, sim, se vingam. G) Deus não age assim. Ele entrava o impulso de uma paixão funesta, corrige o orgulho inato, endireita o egoísmo... Como pai, corrige, mas não se vinga jamais. H) Só porque o Espiritismo foi revelado, não acreditemos num cataclismo das instituições sociais. Desconfiemos, pois, dos Espíritos impacientes, que vos impelem para as vias perigosas do desconhecido. Lembremo-nos de que o Espírito humano se move e se agita sob a influência de três causas – a reflexão, a inspiração e a revelação. I) A reflexão é a riqueza de nossas lembranças, que agitamos voluntariamente. Nela o homem encontra o que lhe é rigorosamente útil para satisfazer as suas necessidades. J) A inspiração é a influência dos Espíritos extraterrenos, que se mistura mais ou menos às nossas próprias reflexões para nos impelir ao progresso. L)  A revelação é a mais elevada das forças que agitam o Espírito humano, porque vem de Deus e só se manifesta por sua vontade expressa. Ela é rara e ordinariamente dada como uma recompensa à fé sincera, ao coração devotado. (Págs. 144 a 149.)

117. Manifestando-se em Paris, Georges diz que a medianimidade é uma faculdade inerente à natureza do homem. Não é uma exceção, nem um favor, e está sujeita às variações físicas e às desigualdades morais. “Jamais se devem atribuir aos Espíritos, refiro-me aos Espíritos elevados, esses ditados sem fundo nem forma, que aliam à sua nulidade o ridículo de serem assinados por nomes ilustres”, diz Georges.  (Pág. 149.)

118. Mais adiante, diz ele que a ciência tem os seus pseudo-sábios e a medianimidade, os seus falsos médiuns. Existe, segundo Georges, diferença entre os médiuns inspirados pelos fluidos espirituais e os que agem apenas sob o impulso do fluido corporal, isto é, os que vibram intelectualmente e aqueles cuja ressonância física só conduz à produção confusa e inconsciente de suas próprias ideias, ou de ideias vulgares. (Págs. 149 e 150.) (Continua no próximo número.)

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita