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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 147 - 28 de Fevereiro de 2010

ORSON PETER CARRARA
orsonpeter@yahoo.com.br

Matão, São Paulo (Brasil)

 
 

Tudo de novo ou tudo novo?


A posição pessimista responderá ou perguntará, para começar o dia ou responder pelos compromissos do dia: Tudo de novo!? Já a posição otimista dirá: Tudo novo! 

Sim, é uma questão de ótica. Diante de um novo dia ou diante de uma tarefa ou compromisso, ao invés da reclamação de dizer que vai fazer tudo igual outra vez, não é melhor encarar como se novo fosse? Sim, encontrar motivação em tudo que faz como se fosse tudo novo! 

Encarando as providências e responsabilidades diárias como se novas fossem, dedicando a elas atenção e boa vontade, tudo flui com mais naturalidade. O contrário ocorre quando enfrentamos os compromissos com a má vontade de quem diz: tudo de novo? 

Aliás, você sabe como se comporta um pessimista? Ao levantar-se de manhã, senta-se na cama, olha para o relógio, põe as duas mãos na cabeça e diz: Vai começar tudo de novo? 

Já o otimista levanta-se, senta-se na cama, olha as horas e diz: Nossa! Já essas horas? Obrigado, meu Deus. Vamos em frente, que o dia vai pegar. E vai animado para o tudo novo daquele dia que começa. 

Isso me faz lembrar o personagem Horácio, do Maurício de Souza. Lembra-se dele? É um dinossaurozinho animado, sempre de boa vontade com as ocorrências. Em determinadas quadras de suas histórias, porém, viveu uma situação que bem cabe na presente reflexão: 

Estava nosso personagem na solidão de uma paisagem, quando uma nuvem baixa de poeira o envolveu completamente, escondendo-o de um leão faminto de passagem. Horácio reclamou do pó, o leão passou sem percebê-lo e a nuvem reclamou: seu ingrato! Não percebeu que o protegi?  

Assim ocorre conosco. Não percebemos que a rotina diária nos amadurece nas experiências. Por outro lado, as adversidades muitas vezes significam proteção que nem sempre percebemos, desviando-nos de ocorrências que podem ser dramáticas ou altamente prejudiciais. 

Por isso é preciso encarar a vida com boa vontade, pois vivemos para aprender. Levantar-se com bom ânimo, enfrentar com coragem os desafios diários e sempre procurar entender que o enfrentamento das situações tem finalidades educativas que nos amadurecem. 

Portanto, nada de medo. Prudência, sim, mas também ânimo, coragem, bom humor, boa vontade. 

Para que nossa vida não seja tudo de novo e, sim, tudo novo a cada dia.

 
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita